Prólogo

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Alanis

Minha filha acabara de nascer e eu não poderia estar mais feliz, estando com as duas pessoas que eu mais amo nesse mundo: Luan e minha pequena Leen.

- Eu irei te proteger para sempre, minha filha - digo olhando Eileen dormir tranquilamente em seu berço. 

Acabo adormecendo na poltrona ao lado. Acordo algumas horas depois, com alguém gritando meu nome.

- ALANIS!!! - Luan entra no quarto se apoiado no batente da porta, com um olhar assustado e coberto de sangue, dele e de mais alguém ou algo. - PRECISAMOS IR AGORA! - Diz, sua respiração estava descontrolado, juntamente com seus batimentos, seus olhos estavam praticamente fechados.

- MINHA DEUSA! LUAN! - Consigo pegá-lo, antes que o mesmo se estatele no chão, estava perdendo muito sangue e quase não conseguia se manter acordado. - San... 

- Não... - Sua voz agora não passava de um sussurro. - Pegue nossa filha e fuja.... Para o mais longe possível - Tosse, saindo um pouco de sangue de sua boca. - Eles estão aqui.... vão matá-la.

- Deixe-me curá-lo, por favor.. - Suplico com a voz embargada pelo choro - Não consigo viver sem você.... - abraço-o, chorando convulsivamente.

- Eu... te amo companheira.. - Coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e dá um sorriso fraco. - Proteja nossa filha... - diz pausadamente, enquanto sua vida, a vida do amor da minha vida, deixava seu corpo.

- Eu também te amo... - nessa hora meu choro foi abafado, pelo choro da minha pequena.

Eu sabia exatamente do que Luan estava falando, os rastros da Caça às Bruxas a tão famosa Inquisição, estava aparecendo. E eu precisava proteger minha filha. Me levanto, deixando um beijo úmido e demorado em sua testa. Me dirijo ao berço, Eileen chorava desesperadamente, como se ela sentisse o que eu estava sentindo naquele momento.

- Somnum...- Digo, fazendo-a cair no sono, o feitiço não duraria muito tempo. Pego uma mala e coloco dentro dela somente o necessário para nós duas. Olho o porta retrato de nossa família, acima da cômoda do meu quarto, retiro a foto e a guardo em minha bolsa. 

........ Alguns minutos depois.......

Já estava com Eileen no colo, enrolada em uma manta quente e segurava a mala com outra mão. Olhei o corpo desfalecido do meu companheiro no quarto de nossa filha, mas não me permiti chorar. Queria levá-lo comigo, mas eu não tinha energia suficiente para tele transportar nós três, queria dar a ele um enterro digno. Me agacho ao seu lado e acaricio seu rosto.

- Que você chegue em segurança até a Deusa meu bravo e corajoso lobo. - Encosto meus lábios nos seus, agora já frios e permito as lágrimas caírem. Me levanto escutando passos do lado de fora da casa...

- Acho melhor se entregar criatura do demônio! - alguém grita.

Aperto minha filha contra meu peito e olho mais uma vez para Luan.

- Adeus meu amor - fecho os olhos me lembrando de minha antiga casa - Teleportation.

Quando abro os olhos novamente, estava de frente para a pequena casa em que cresci, o sol fraco de uma manhã de inverno estava começando a aparecer, a rua estava deserta para a minha sorte e somente os pinheiros mantinham suas folhas. Dei um sorriso fraco... Eu estava de volta. Percebo a porta a minha frente se abrir e revelar minha avó.

- Alanis?! - Diz assustada. Entrego Eileen, antes de cair e tudo ficar escuro ao meu redor.


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P.S.: A casa da Alanis é a primeira a esquerda.

NOTAS DA AUTORA

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Beijinhos!!

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