smarty.

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LONDRES, 2019, BRIGHTON.

Eram 17:30. O jovem de 20 anos, Harry Edward, esperava ansiosamente por seu namorado no gramado da faculdade, eles finalmente se veriam após 14 dias de espera. Para Harry, porém, aqueles catorze dias haviam sido uma infernal eternidade. Louis era um grande empresário, conhecido por toda a Inglaterra. Londres, para ser mais específico. Portanto, passava alguns períodos longe de casa. Longe das carícias do namorado. Não porque queria, obviamente, mas aquele era seu trabalho. Estavam juntos haviam exatos dois anos. Louis conheceu o jovem Harry num dia qualquer, indo para a cafeteria que costumava ir frequentemente. Ou ao menos seria se o novo barista de 18 anos não tivesse atraído toda a sua atenção. Louis costumava ser um tanto quanto egoísta e exigente em relação aos homens e mulheres que já tinha dormido, geralmente pessoas de alto nível. Mas alí, ele foi pego de surpresa com o sorriso doce, uma voz suave e cachos aparentemente bastante macios do garoto.   

—Harry, naquele dia em que me perguntou ''O que deseja, Senhor?'' tive vontade de dizer ''Você''.-brincava Louis no terceiro encontro do casal, fazendo Harry gargalhar.

Apesar de nunca ter verdadeiramente amado alguém,-houveram as paixões adolescentes, obviamente, mas nada tão forte-Harry desejava passar o resto de sua vida ao lado de seu amado. Muitos jovens que se envolviam com o milionário Tomlinson, eram tentados por desejo e dinheiro. Quase todos, na verdade. Menos Harry. Ele era tentado por amor. E então, enfeitiçado pelo amor que dava e recebia, no ano seguinte Harry passou à viver no luxuoso apartamento de seu tão amado Louis William. 

—Você é o meu Sol, menino. Viva comigo e dê luz à esse apartamento. -Pediu Louis. 

Naquele ano, Harry entrou numa das melhores universidades de Brighton. Louis só queria a melhor educação para seu garoto preferido, por mais que Harry odiasse coisas caras demais e lidar com alunos riquinhos e estúpidos. Louis não podia culpá-lo. Harry veio de uma família simples. Diferente de Louis, que cresceu nas extravagância dos Tomlinson. 

—E então, menino? Como está sendo o primeiro dia? -Naquele dia, Louis ligou da empresa para Harry. Naquela hora, Harry estaria na hora do intervalo.  

—Eu quero que me tire daqui. Eu odeio esse lugar, esse lugar me odeia. -Harry respondeu, sério.

—Amor, tá falando sério? -Louis questionou com um tom carregado de preocupação. Queria que seu menino se sentisse bem independente de tudo.

—Ora essa, óbvio que não, Loueh! -Harry voltou a seu suave tom, seguido por uma gargalhada. —Fiz dois novos amigos. Niall e Liam. -Louis ficou orgulhoso de seu menino. Harry era inteligente e gentil, todos o adoravam. E se não, era por inveja. Harry era certamente um garoto adorável, também um aluno exemplar. Ou pelo menos era, até aquela semana.

Secretamente, Harry adorava o lado violento e malicioso que em certos momentos de sexo surgia em Louis, mas era tudo controlado demais. E ele não queria que ele se segurasse, queria apanhar. Queria ser punido. Portanto, ele iria fazer por onde.

Naquela semana, Harry matou três aulas com Niall. Harry questionou para si se poderia ser apenas uma, mas realmente não dava. Harry era adorado por seus professores, deixariam a primeira aula passar. Na segunda, apenas o chamariam na diretoria. Na terceira, ligariam horrorizados para Louis. Ainda pior-ou melhor- seria se um dos monitores o vissem bebendo. No dia exato da volta de Louis, Harry colocou seu plano em ação. Seria cruel pôr Niall naquela situação, mas não seria nada comum se bebesse sozinho. Explicaria para Lou que Niall não o influenciara em nada. Sabia que Lou pensaria principalmente nessa possibilidade. Teria tempo de sobra para provar que não depois.

Louis o pegou de carro no gramado da universidade, estava sozinho. Seu menino sorria radiante. Assim que Louis desceu do carro, se encostando no capô, de braços cruzados e um sorriso sem mostrar os dentes, Harry entendeu o que ele queria. E então correu até os braços do mais velho, sentindo finalmente os braços de Louis em sua cintura. Por mais puto que o de olhos azuis estivesse, amava voltar para casa. E Harry era sua casa. Assim como Louis era a dele.

SMARTY-larry// ONE-SHOT.Onde histórias criam vida. Descubra agora