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Nos conhecemos há oito anos, namoramos por cinco, terminamos dez vezes (ou mais). Como disse, ela era destemida e corajosa, e eu, um pobre covarde. Ela era intensa e romântica. Eu era apenas romântico. Um romântico que servia apenas para escrever um amontoado de frases bonitas num papel e nada mais. Nem demonstrava meus sentimentos por ela, confesso. E juro, juro por Deus que se eu pudesse fazer agora mesmo, não o faria. Não sei o porquê. Esse mundo não é para mim porque ele é o mundo dos corajosos. Se você não for, não sobrevive; e se não morrer pelas coisas injustas que aqui acontecem, decerto morrerá de amor, assim como acontece comigo agora. Na verdade, ninguém morre de amor. Isso é bobagem. Estou morrendo por ser covarde e não pertencer a este mundo.

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