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No dia seguinte da noite em que dançamos, ficamos deitados na cama, cansados. Fitávamos o teto branco. Ela comentou comigo algumas coisas do passado, nós rimos relembrando. Era como se aquele teto branco fosse uma grande tela onde passava nossos momentos, assim eu imaginava. Lembramos do dia em que nos conhecemos, do primeiro pedido de namoro, do segundo, do terceiro...
Lembramos da vez em que planejamos ter filhos e desistimos instantes depois porquê não concordamos com os nomes. Ela queria pôr o meu, Jaime. Horrível. Eu quis pôr o dela, Natália. Ela não gosta. Lembra natal. Ela também não gosta. Me pergunto até hoje como amo uma pessoa que não gosta do natal, mas tudo bem, eu não gosto de um monte de coisa.

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