˖⃗ ↬ 𝘍𝘭𝘶𝘹𝘰 𝘥𝘢 𝘢𝘨𝘶𝘢 ♪

37 2 0
                                    

Pov.Autora
Brasil, 23:16 - segunda-feira.
Estrada 61

As mãos seguravam firmes no acelerador.

O brilho no retrovisor do capacete refletia a luz de postes nos cantos da estrada,não que iluminasse alguma coisa.

A garota pilotava em alta velocidade na quela noite fria, sem se importar com a escuridão ou com a falta de presenças humanas. Via os borrões das árvores passarem rápidamente, mas não era como se esses simples detalhes tirassem sua atenção assim tão fácil.

Pensava e questionava-se, fazia perguntas como que se alguém lhe responderia, totalmente perdida em seu próprio universo, por isso, não se importava com as coisas ao seu redor... ela pensava em coisas bem diferentes do que de custume.

"Aquela garota... ela é bem intrigante, decidida, mas bem medrosa e lerda haha, parace ser atrapalhada, mas é tão adorável, e claro! Atrevida de mais, um docinho bem ácido, do jeito que eu gosto. Ela está longe de ser o que eu procuro, porém... ela tem potencial, não é como se ela fosse um caso perdido, quero lapida-la pessoalmente, terá um resultado satisfatório no final.
E vale pontuar que ela é gatinha também, nha,nhaaa! Vai dar pra explorar bem esse ponto, Talvez ela seja uma boa escolha. Sim, irei pensar, não é uma tarefa fácil chama-la para..."

Desligou-se de seu mundinho, a garota havia sido abordada pela polícia. Dois policiais de trânsito, mesmo a estrada estando deserta havia policiais nos cruzamentos.

Era a blitz. Os homens fizeram um breve sinal para que a garota parace a moto. Logo em seguida ergueram os queixos e a voz em tom sério, autoritário:

ㅡ ei mocinha, olhe essa velocidade. Você tem idade para pilotar?? ㅡ Um dos policiais gritou, um olhar severo tentando mostrar superioridade, se aproximando da moto alheia. ㅡ você está sendo irresponsável, menina.

ㅡ você está indo bem mais rápido que o normal, pode ser perigoso mesmo que a rua esteja deserta, respeite o limite de velocidade! Tem placas na estrada, você é cega? ㅡ o outro não era diferente. Estava pronto para aplicar uma multa na garota. ㅡ cadê a sua carteira de motorista? Documentos também. Se acha que vai fazer o que quer, está enganada.

ㅡ ts...

A garota rangiu os dentes tirando o capacete, balançou os cachos agora soltos. O estresse remuia dentro de si, odeia ter seus pensamentos interrompidos, principalmente por caras tão mal educados. Puxou no bolso de trás da calça um cartão de metal com uma gravura de um losango, dentro do losango havia um quadrado e dentro do quadrado um pontinho. Tudo moldado no pedaço de metal, um cartão tanto quanto estranho e peculiar. Mas não para os policiais.

Era só um pedaço de metal, não? Talvez, o sentimento de satisfação seria caloroso em uma noite tão gélida.

ㅡ ah, isso não é o suficiente...? ㅡ comentou a garota mostrando o cartão diante dos olhos autoritários dos policiais, que agora, já haviam se perdido no metal reluzente em suas mãos. ㅡ só um instante, irei pegar os documentos também.

ㅡ oh não é necessário! ㅡ um dos homens ditou de imediato.

Já mudaram de idéia? Tão rápido...

ㅡ ...mil perdões, senhorita... pode seguir seu caminho... ㅡ continuou. Um pingo de suor escorreu da testa. O superior tomou um tom de voz incomodado e surpreso, bem mais baixo do que antes, dando espaço de fala para seu companheiro.

ㅡ m-mas, tome cuidado com a velocidade por favor. Só estamos fazendo nosso trabalho... enfim, não precisa mostrar nada, tenha uma boa noite senhorita... ㅡ o outro conseguiu se virar melhor em suas palavras. Não é um bom dia para tomarem chumbo, engoliu o nó na garganta, guardando o bloquinho de notas no bolso traseiro da própria calça. ㅡ ah, e nos desculpe pelos modos...

: 𝐕𝐄𝐍𝐔𝐒; 𝘚𝘦𝘮 𝘤𝘩𝘢𝘯𝘤𝘦𝘴 ! ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora