Capítulo 10

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POV Addison

Pouco tempo depois que Derek saiu eu me senti mal, estava em pé próxima a janela quando minhas mãos começaram a suar, e minha cabeça girar, eu sentei no sofá e peguei meu celular em busca do número da Amélia, de forma tola pois depois de 3 tentativas desisti, deduzi estar com Carina.

Eu estava com frio, bastante tonta, não ia ligar pra Derek, por causa dele estou assim. Depois de muita luta comigo mesmo passei a mão na barriga e sussurrei "o jeito é chamar sua mãe" liguei pra Meredith que no segundo toque me atendeu de forma tão formal, até estranhei, porém falei que precisava de ajuda e ela falou que estava vindo e desligou. Comecei a fazer meu exercício de respiração, e me acomodei melhor com as costas encostada no "braço" do sofá e as pernas esticadas. Alisava diversas vezes a barriga, meu maior medo desde que descobri que essa gravidez de risco é perder meu filho que eu amo incondicionalmente.

Minha boca estava seca, eu estava suando porém sentia frio. Não demorou nem 20 minutos e ouvi uma batida na porta.

- Está aberta! - Falei alto. Vi a porta ser aberta lentamente.

- Addison? - Meredith entrou procurando e quando me viu no sofá, bateu a porta e veio correndo. Ela abaixou ao meu lado deixando um singelo beijo na minha barriga.

- Você pode pegar um pouco d'água para mim?

- Claro! - Ela se levantou indo até a cozinha e eu continuei respirando devagar, parecia que só o calor do corpo de Meredith já estava me fazendo bem. Logo ela voltou e me entregou o copo novamente se agachando ao meu lado. Ela encostou de leve no meu braço.

- Você está gelada, não quer ir pro hospital? Eu te levo - Ela parecia estar em desespero. - Eu não sei o que fazer, melhor hospital? ou maternidade? Crianças nascem prematuras, você pode estar em trabalho de parto. - Eu ri

- Calma, Meredith. - Bebi a água e ela me olhava atentamente. - Só conversa comigo, isso vai passar. É normal.

- Tem certeza?- Eu assenti e ela sentou no chão ficando bem próxima a mim no sofá. - Hum, vamos falar do quê?

- Que tal do bebê? Sempre me acalma. - Ela sorriu, e droga! Meredith tem o mesmo sorriso sexy, e era tão verdadeiro.

- Acho muito louco isso. - Ela soltou e o sorriso aumentou. Eu a olhei confusa.

- O que é muito louco?

- Desde que eu soube que o filho é realmente meu, eu o amo como se fosse tudo que eu tenho na vida. - Eu sorri. -E, tipo, Lexie vai construir a família dela, você vai ser minha só no futuro, então, ele é mesmo tudo que eu tenho agora. Essa pequena Extensão de mim. - Eu ri, mas então processei as palavras dela.

- Eu vou ser sua no futuro? - Ela riu e colocou a mão na minha barriga, e ali permaneceu fazendo carinho, eu e Meredith reacendemos nossa intimidade muito do nada e sem perceber.

- Vai. Você só não sabe. Mas vai. É o destino.- Riu convencida e eu gargalhei.

- Você é muito convencida, Meredith. - Ela revirou os olhos. - E quanto ao nome? Já pensou em algum? - Meu sorriso foi gigante.

- Desde que descobri o sexo, quero colocar o nome do seu pai, quero que nosso filho se chame Rafael, se você concordar claro. - Eu não sabia medir o sorriso de Meredith.

- Você está brincando comigo? É claro que eu concordo. - Ela beijou minha barriga.

- Fico feliz por isso.

- Vai ser um lindo garoto. Rafael Grey Montgomery falou e movimentou as mãos como se estivesse escrevendo.Eu bati no braço dela.

- Ele vai se chamar Rafael Montgomery Grey. - Falei me sentando normal no sofá e Meredith se sentou ao meu lado.

- Por que seu nome primeiro, posso saber? - Ela fingiu ficar brava.

- Porque é mais bonito. - Gargalhei quando ela abriu a boca em indignação. Então ela se aproximou de mim e abaixou até minha barriga, colocou uma de suas mãos e falou com o bebê.

- Filho, fala pra sua mãe que você gosta mais do sobrenome da mom. Fala pra ela. _ Foi no instante que ela riu que sentimos algo diferente, dentro de mim, pela primeira vez, o bebê se mexeu. Ao som da voz de Meredith. Eu me emocionei.

- Ele se mexeu!! - Falei empolgada. - Nosso garoto se mexeu! - Grey esboçava um sorriso lindo. A puxei para um abraço e foi espontâneo mas correspondido na hora. Estar nos braços de Meredith de novo fazia eu me sentir protegida, em paz, me sentir no meu lar.

Ela afastou um pouco e nos fez ficar cara a cara, nossas respirações estavam sendo sentidas uma pela outra. Num impulso, fui beijada e deixei, um beijo cheio de saudade, um beijo que transmitia muito sentimento. Quando o ar se fez necessário, ela se afastou sem jeito.

- Me desculpa, eu não deveria ter feito isso. - Eu a encarei bem séria e a puxei pelo pescoço para um outro beijo, era o beijo cheio de desejo, cheio de segundas intenções, malícia. Mais uma vez fomos separadas pelo ar que se fazia necessário.

- Desculpe, Grey. Eu acho melhor você ir.

- Eu vou, mas você sabe que você me quer tanto quanto eu te quero. - Ela estava certa. Mas tinha Derek.

- Meredith... - Não diga nada. Esteja pronta amanhã as 19h.

- Não vou sair com você. - Falei.

- Mas meu filho vai. Ou vai me proibir?

- Isso é jogo sujo. - Ela riu, beijou minha barriga e olhou dentro dos meus olhos.

- Esse é o meu jogo. - Ela levantou e disse que se eu precisasse de algo era só ligar, eu disse que ligaria e depois de muito carinho ela decidiu ir. Droga, eu tô muito apaixonada. Ela sorriu uma última vez e abriu a porta.

- Grey? O que você está fazendo aqui?

A extensão de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora