love

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Acordei com o som da TV, ó céus, deixei ela ligada, pelo menos não sou eu que pago a conta de energia do hotel ou até mesmo eles não cobram pela mesma. Com O dia de hoje só faltavam apenas 5 dias para eu voltar para o Brasil, pensei que seria mais fácil voltar para o meu país de origem, mas estou começando a perceber que não.

As vezes me lembro do café da Manhã que só minha mãe faz, as vezes me lembro dos meus amigos, da minha escola, da minha família. Porém mesmo assim eu não consigo ficar feliz em voltar, me sinto péssima, aqui eu tenho o Noah, mais será que ele vale isso tudo? É um questionamento que faço desde o dia que nos beijamos pela primeira vez. Nossa relação tem dado certo nessa última semana, ele me conforta e as vezes eu tenho medo desse sentimento.

Ultimamente esse "as vezes" vem me perseguindo e eu não gosto de nada disso. Não gosto de me sentir confusa em relação a tudo e todas, quero ser forte, quero dominar meus sentimentos, mais parace que cada vez mais eu não consigo. Hoje eu não tenho nada para fazer, já que meus compromissos com o NU acabaram.

Sinto falta da temperatura do Brasil, principalmente do meu Ceará, o calor, nunca pensei que falaria isso, já que odeia calar, porém aqui nos EUA é tudo estranho. As pessoas, a sensação, na verdade tudo. Foi um desafio intenso ter vindo aqui pros EUA sem minha amiga, zem falar direito a língua e por cima acabei me envolvendo com meu ídolo.

Pensando nessas coisas, estou indo em direção ao banheiro, nossa nunca imaginei que eu tomava tantos banhos, me peguei rindo pela primeira do dia. O banheiro daqui não é tão grande, mais também não é tão pequeno, possui apenas um chaveiro, um espelho junto com a pia e um vaso sanitário. No total, ele é maior que o da minha casa.

A água cai em direção ao meu corpo, dançando, conforme a batida da música que está tocando em meu celular, estou molhando o meu cabelo, então fecho os olhos e navego nos meus pensamentos, por um certo momento que estou viajando. Meu coração se aperta quando me lembro do Noah, da minha mãe e da Anto, pessoas que  são importantes de diferentes significados  na minha vida. Durante os últimos minutos de banho resolvi ir em uma cafeteria, afinal, os cafés americanos são tão estranhos que me deu curiosidade para esperimenta-los.

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Estou andando pelas ruas de NY-what? as vezes eu não consigo acreditar- elas são simplesmente lotadas, o calor humano é visível, resolvi ir em uma cafeteria perto do hotel, mais mesmo assim distante o suficiente para eu caminhar um pouco. -as pessoas americanas costumam ser tão simpáticas assim? Ou é imaginação minha? É cada garota de olho tronxo pra mim, eu em..nam- Atravesso a rua para conseguir chegar até o meu referencial, estou faminta. Chegando no local me deparo com pessoas conversando, comendo, lendo, estudando e algumas dormindo, estranho.

A cafeteria se chama star...star...star não sei o que, que nome difícil, não é culpa do meu inglês claro, mais da cafeteria do local que colocou esse nome nele. O local é grande, charmoso e confortável. Na parede um cartaz grande mostra os tipos de cafés, como assim? Pra mim só existia apenas café normal. É louco pensar que cada país possui sua cultura. Após uns minutos me questionando e pensando sobre qual tipo de café eu deveria escolher, resolvi pedir o café tradicional do local.  Não demorou 10 minutos pra ficar pronto, graças a Deus. Ao lado da cafeteria encontrei uma padaria, resolvi comprar duas rosquinhas, que por sinal estavam perfeitas.

NY era literalmente perfeita, eu estava em uma sincronia de outro universo com minhas rosquinhas e meu cafezinho- que por sinal estava ótimo- quando sinto um toque gelado em minhas costas, rapidamente me viro pra ver quem era, quando me deparo com duas garotas, ambas loiras, sorrindo em minha direção, sem saber o que fazer também sorrio, a loira mais alta inicia a conversa , de inico pareciam ser simpáticas.

- Oi você é a pérola né? - por incrível que pareça elas eram brasileiras,- pro meu alívio, ufa, eu não ia precisar falar em Inglês com estranhos- balancei a cabeça em afirmação, sim eu era a pérola, mais ela estavam procurando qual pérola? Existem tantas, antes de eu continuar intacta, a outra garota continuou- quer dizer, a minha amiga Tá perguntado se você é a Pérola Lacerda, a fã do Now United que gravou um quadro com o Noah e que é a...- antes que ela terminasse a pergunta, a garota que deu início a conversa pigarreou e olhou de soslaio para a amiga, creio que essa leve tucida tenha sido proposital.

- Sim sou a fã do Now United que gravou o quadro com o Noah- falei sem jeito, fui surpreendida pela sensação de medo, de angústia, será que elas iriam me bater? Ou, ou sei lá, me xingar?. Percebendo minha leve apreensão, a loira mais alta falou cortando o silêncio perturbador.

- Um... eu me chamo Nataly e essa é a Carla- apontou para a amiga -naquele momento me lembrei da Antonella, estava com tantas saudades- Nós duas somos do Brasil, acho que percebeu né ? - falou sem jeito, hum até que essa Nataly e sua amiga Carla aparentavam ser legais- Queríamos te dizer que amamos o quadro de verdade. Estamos vendo o quanto de ataques que vem recebendo, porém, não se abale, é o sonho de qualquer fã viver o que você está vivendo, acho que a maioria dos ataques que você vem recebendo é apenas recalque - começo  a rir com a hipótese, recalque de mim? Fala sério- Olha pepe, você merece tá aqui, como qualquer outro fã que tivesse conseguido a oportunidade. Sei que alguns do ataques também são por causa da sua relação com o Noah, mais se verdade eu torço por vocês.- escutar aquilo de uma fã do NU, naquele momento era muito significante pra mim, Carla concordava com tudo que a amiga falava, sempre sorrindo em minha direção, percebendo que eu estava prestando atenção na mesma, resolveu falar.

- É... Bom, não viemos aqui para perguntar o que você tem com o Noah - Sim, vocês vieram- só queremos te dizer que estamos gratas por você representar tão bem o fandom do Now United, estamos muito felizes com essa oportunidade.

Após mais alguns minutos de papo as amigas se despediram de mim, nossa, não esperava por isso, realmente estou tão mais aliviada agora, antes eu pensava que cem por cento do fandom me odiava, agora eu acho que tem alguns que gostam de mim.

~

  Voltei pro hotel cantarolando, quando abri a porta me deparei com um Noah dormindo- poxa, que angelical- sem querer fazer muito barulho tentei ser o mais discreta possível, entrei, fechei a porta e tudo okay até aí. Continuo dando passos discretos pelo quarto até a mesa  porém,  não sou nada bruta e acabei batendo a bolsa com um pouco de força na mesa, - me xingei de todos nomes possível , meu plano foi por água a baixo- esse simples fato fez o Noah acordar.

- meu baby...- o mesmo falou se sentando e esfregando os olhos- voltou rápido em? - o mesmo falou sorrindo(sarcasmo Noah Urrea sério?)

-desculpas não estar aqui pra te recepcionar baby, porém eu fui na cafeteria, depois...- fui interrompida pelo mesmo, odeio isso e ele sabe.

- eu não quero saber pra onde você foi amor- senti os batimentos do meu coração acelerarem, meus lábios secarem, minhas pernas perderem forças, meu rosto ficar vermelho e eu gaguejar- o que foi amor?- o mesmo falou se levantando e se aproximando de mim,- já que eu estava imóvel- Noah hoje estava querendo me provocar, isso é nítido- por que você está tão vermelha? Falei algo que não gostasse? - de repente o mesmo falou colocando as mãos em rosto e me olhando com uma cara de preocupação.

-N-na-não - gaguejei, merda.

-ótimo assim não? Estava preocupado- Noah celou nossos lábios com três celinhos e depois voltou para a cama, voltando a agir naturalmente. -Ok, ele tinha acabado de me chame de amor, waw.-

Fiquei sem saber o que falar, está sem palavras. Até o Kyle me mandar uma mensagem, quebrando todo nosso clima.

"Show do Now United, próxima semana, sua presença é essencial Pérola Lacerda. Somos gratos por participar do nosso projeto, nada como não encerra-lo da melhor forma não? Obrigada por tudo" - Kyle Hanagami

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Você é mais que uma fã - NOAH URREAOnde histórias criam vida. Descubra agora