Prólogo

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Pensei que tivéssemos tempo, tivéssemos nossas vidas
Agora você nunca vai envelhecer, envelhecer
Não disse adeus, agora eu estou parado no tempo
Ficando mais frio, mais frio
Uma última palavra
Um último momento
Para perguntar por que você me deixou aqui, para trás
Você disse que ia envelhecer comigo

-You Said You'd Grow Old With Me
- Michael Schulte

Gatilho•

10 anos atrás.

Tyler narrando.

Mamãe tinha conversado comigo hoje de manhã, sobre meu aniversário, que era no próximo mês. Estava prestes a fazer oito aninhos, ela disse que já tinha um tempinho que ela vinha fazendo algumas economias,
pra fazer uma festinha para mim.
Seria para apenas o papai e á mamãe, fiquei muito feliz com a ideia da mamãe.

Meus pensamentos são interrompidos pelo papai que entra pela porta cambaleando e trombando nas coisas. Ele sempre fica assim quando bebe.
Odeio seu comportamento quando ele bebe.

- Meia noite, que caralhos você faz acordado; não é hora de criança estar acordada. - papai diz aos gritos parecendo estar realmente muito bravo.

- Estava te esperando pra contar sobre a ideia da mamãe sobre meu aniversário. - digo tentando fazer ele ficar mais calmo.

mais papai estava irredutível e parecia não me escutar.

- cadê a sua mãe, aquela filha da puta.- papai grita com os punho fechados. 

Vejo mamãe descendo desesperada pela escada.

- Não pode chegar em casa bêbado e ficar xingando pela casa, principalmente na frente do nosso filho, deveria ao menos ter mais respeito.

Papai sobe as escadas e puxa mamãe pelo cabelo, arrastando ela pela escada.

Ele estava furioso. Não queria que ele batesse na minha mãe, mais eu sabia que se eu me metesse nisso ia sobrar pra mim como das últimas vezes; Odeio saber que ele iria machucar minha mãe e que eu não podia fazer nada.

Não passa muito tempo e começo a escutar gritos do quarto do papai.

Queria ter um telefone pra ter a chance de ligar pra polícia, mais não sei aonde posso encontrar um.

Os grito dela e demais pra mim, eu preciso ligar pra alguém.

Corro pro quarto da mamãe e do papai, eu tinha que encontrar algum telefone, pra ligar para alguém ou melhor pra polícia.

Mechendo em umas de suas camisas encontro uma camiseta com um telefone no bolso.
Puxo ele do bolso, pronto para ligar para polícia.

Com as mãos tremendo disco o número da polícia , lembrando quando alguns policiais foram fazer uma palestra na minha escola,   a última coisa que eles falaram foi o número da polícia, que pôr algum motivo ficou gravado na minha memória.

Estou chorando e gritando ao telefone, conversando com algum policial, que fala a todo momento que a polícia já tá vindo pra cá.

Mais os gritos da mamãe estão altos. Eu quero sair do telefone ir até lá e fazer alguma coisa, mais o policial me pede a todo momento para eu ficar no quarto trancado.

O som da sirene das polícias soam no meu quarto. E provavelmente na casa toda, só consigo agradecer a Deus que eles chegaram rápido.

Vou até a janela do meu quarto, com passos rápidos. A polícia e a ambulância estão lá, eles estão arrombando a porta.

coloco o telefone na cama e sai correndo até a porta; Giro a maçaneta do quarto devagar.
Saio do quarto com passos lentos, consigo ver papai saindo do seu escritório algemado, ele estava com alguns políciais a sua volta.

Médicos passando com uma maca entrando no escritório.

Eu só consigo ficar parado, paralisado em frente a porta do meu quarto.

Quando meu olhar foca na mamãe, que sai em uma maca desacordada com o rosto ensanguentado, não consigo segurar o choro quando vejo mamãe naquela situação.

Corro em direção dos médicos que estão levando a maca descendo a escada, mais alguém pega em meu braço me parando.

Estão falando alguma coisa mais eu não consigo escutar nada além do meu choro, é apenas esse som que escuto.

Mamãe é colocada dentro da ambulância, ela está cercada de paramédicos.

Eu não consigo parar de tremer e
não consigo parar de chorar.

Sinto alguém direcionar meu corpo em direção á uma outra viatura.

(...)

O sol já está presente e eu ainda estou acordado na poltrona ao lado da cama da mamãe.

Algumas pessoas já vieram até mim,
pra me perguntar de alguém que possa vim ficar aqui comigo.

Mais a única pessoa que me lembrei era uma prima do meu pai;
Eles me perguntaram se eu sabia o número dela mais não tínhamos contato com ela a tanto tempo. Eu nem sei se é o mesmo número.

Olhar para o rosto da minha  mãe e ver como papai a deixou quebra o meu coração.

Enquanto eu fui no banheiro eu ouvi alguns médicos falando que talvez ela não sobreviva;
Eu só fiquei em choque, não sabia o que fazer só falava pra mim mesmo que ela não podia me deixar.

Quando saí do banheiro subi na cama e fiquei deitado ao seu lado até que o médico chegou novamente pra dopar ela de remédios.

Parece que o papai foi preso.
Uma mulher disse que vai ocorrer uma aldiência, para decidir quanto tempo ele vai ficar preso

Eles conseguiram contato com a minha tia, eles disseram que ela está vindo para cá; ainda bem que não vou ficar mais aqui sozinho.

3 dias depois.

Eu não estava preparado. Eu juro que não saí do lado dela nenhum  dia.  
Eu jurei que estava  ficando bem, eu achava que ela ia sair dali bem, que ela iria me levar pra tomar sorvete.
Que a gente ia para o cinema.
Se passaram três dias comigo achando  que ela estava melhor.
Mais o sol se pós e o seu batimentos cardíacos pararam aos poucos.
Me lembro perfeitamente dos médicos abrindo a porta correndo até a mamãe que estava lá deitada entre a vida e a morte. Mais as malditas linha daquele  monitor cardíaco ficaram retas, eles tentaram reanimar ela, mais ela me deixou, me deixou para trás sem ninguém.

- Capítulo não revisado.

                           Notas _______________________________________
Bom, tá aí o prólogo. Acho que foi muita emoção para apenas um prólogo não é?

Bom eu sei que demorei. ( Até demais)
Mais eu estava em semana de prova e também tive alguns problemas pessoais. Bom saibam que eu não desisti, e espero que quem estiver lendo minha história não desista de mim.

Até o próximo. Xoxo

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