HENRY

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A Semana passou voando e chegou sexta o dia que marquei com Sophie para conferir a coreografia, confesso que estou nervoso, não sei porque concordei com isso, foi no calor do momento depois de tomar o banho de chuva com ela, eu realmente gostaria de poder dançar, mas sabia que era impossível, porém em um momento de impulso concordei em dar uma olhada na coreografia que ela tinha montado. Por sorte Sam e Liz estariam junto, afinal eles também precisavam ver as coreografias deles, meu dia passou se arrastando não prestei atenção nas reuniões de hoje.

-Henry, estou de saída, vamos? - Sam colocou a cabeça para dentro da minha sala. -Liz vai nos encontrar lá.

-Estou pronto, vamos descer juntos- Falei tocando a cadeira em direção a porta.Estava ansioso para ver aquela baixinha, desde segunda não saia da minha cabeça. Aquela atitude de tomar banho de chuva comigo me deixou sem palavras, será que ela não se importava com a minha deficiência,ela me olhava com intensidade, não consegui descifrar seu olhar, mas sabia que não sentia pena da minha condição, não tinha esse olhar e suas atitudes não eram de alguém que me via com um deficiente, sentia que ela me via como um homem, tanta coisa passou pela minha cabeça durante a semana, cheguei a cogitar que Sophie me via como um pessoa normal. Fui no meu carro e Sam no dele, quando chegamos Liz estava estacionando, entramos juntos. A moça da recepção informou que Sophie estava na última sala a esquerda ensaiando. Nada tinha me preparo para o que vi através daquele vidro, era uma espécie de sala de espera mas que dava para ver a sala inteira, tinha cadeira, acredito que ali a pessoas assistiam as aulas e ensaios.

Foi quando vi um rapaz e ouvia á música começar, ele se posiciona e começa a dançar, nesse momento eu á vejo com os cabelos soltos, um vestido colado ao corpo mas a parte de baixo era mais curta na frente e comprida atrás de um tecido muito leve, estava linda, ela também começa a dançar, meu coração dispara com cada movimento que ela faz, eles começam a dançar juntos e sinto uma pontada no peito, a forma como ele a segura rodopiando, Cristo o que foi isso, Sophie tem namorado? A forma como ele a pega tenha muita intimidade envolvida, eu não acredito que não percebi que ela tinha um namorado, fico sem ar quando penso nessa possibilidade. Ele a pega no ar, meu Deus que dança é essa, como asssim, certeza que eles são namorados pegar alguém dessa maneira por mais que seja uma dança, vai muito além. Estou me corroendo de cíumes, meu rosto está muito sério e sei que estou vermelho,Sam está ao meu lado e não para de me olhar com um sorrisso cínico estampado. 

-O que foi?- pergunto com raiva.

-Nada, ela dança muito não é? -Sam olha pra mim e aponta com a cabeça para frente.

-Por que não me disse que Sophie tinha namorado? - estou furioso com meu irmão.

-Ela não tem. - Sam fala sem olhar para mim.

-Como não, e esse cara dançando com ela?

-Não são namorados Henry, são parceiros de dança.- Quem me responde é Liz. 

Eu olho novamente para aquela cena, Sophie realmente dança muito. Meu Deus ele precisa pegar ela nessa posição. -Bufo e reviro os olhos. Mas quando ele á pega de cabeça para baixo naquela posição eu enlouqueço. Ok, sei que não tenho esse direito de sentir cíumes, mas estou morto de cíumes, com um sentimento de posse.Mas não consigo tirar os olhos dela, nunca vi alguém dançar assim, Sophie é incrível.Em alguns momentos fiquei com medo dele derrubar ela no chão.Olhando de canto sentia meu irmão e cunhada se olharem, eu não conseguia disfarçar meu incomôdo, eu não olhava para eles, sabia que Sam iria encher meu saco com isso mais tarde, mas não me importava só queria que a dança acabasse logo. Não sou nenhum machista, nunca fui de sentir cíumes, mas com Sophie é diferente. Ela dança com intensidade seus movimentos são perfeitos.Meu Deus que mulher linda! A dança era linda, mas senti alívio quando acabou, soltei o ar que não sabia que estava segurando. Sophie olha para o vidro e sorri. Esse sorriso me desmonta, ela vem ao nosso encontro.

QUANDO O AMOR ACONTECE!CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora