Maktub

|| 17 ||

Maratona 04/10

Maju💮

Já não aguentava ficar ali, meu filho tinha conseguido dormi e a Manu estava assustada.

Tadinha dessa menina já sofreu tanto nas vida.

Lembro quando o Rei me contou da história dela.

Ele tinha 12 anos quando a achou abandonada numa caixa de papelão num beco sujo, tinha meses de vida.

Ele disse que assim que botou seus olhos nela sentiu que teria que protegê-la de tudo, como ser fosse uma princesinha.

Era nítido o amor imenso que ele sentia pela irmã, mesmo não dividindo o mesmo sangue, seriam eternamente ligados.

Me pergunto sempre quem teria a coragem de fazer isso com uma criança ou pior com um bebê de meses de vida.

Existem pessoas que não tem coração mesmo, entregando outras que tem um imenso dentro do peito.

E esse é o caso do Rei, mesmo com aquela pose de machão dele, tem um ótimo coração

Manu: Ele vai vim, vai nos achar e nos levar pra casa - me olhou sorrindo tristemente - ele te ama sabia, te ama como nunca amou ninguém, você é a luz dele, ele mudou completamente desde que te conheceu - falou provavelmente lembrando de algum momento que o lhe disse algo - ele ficou péssimo quando você foi embora, tava numa fossa feia pra porra, ele não fez nada com aquela garota Maria Júlia, acredite nele, ele jamais faria algo que te magoar

Maju: Claro que vai aparecer - suspirei - eu também o amo, fiquei muito magoada com no que aconteceu no passado, mas era pra ser assim, Maktub, estava escrito ou melhor tinha que acontecer - respirei fundo pensando - vou fazer uma promessa ok - ela assentiu e eu suspirei antes de falar - eu juro pela minha falecida vó que se ele aparecer eu esqueço do passado e perdoou ele e dou uma chance de nós acontecer de novo, você tá de prova da minha promessa - sorri levemente pra ela que assentiu

Manu: Quero ser madrinha tá bom, cunhada - arregalei os olhos e ri - na primeira vez que isso aconteceu era mais assustador, não tinha ninguém, agora parece menos ruim sabe, não sei explicar direito - assenti a abraçando e sentindo lágrimas me molharem e chorei junto

Ficamos assim por longos minutos até sermos interrompidas por palmas, nos largamos e vimos aquele nojento a nossa frente.

JF: Que lindo o momento familiar, mas sinto ter que interromper, acho que tá na hora de nós divertimos meninas - deu um sorriso nojento

Não, não, não!

Por favor Bruno chega logo, não me abandone.