O2.

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Harry Pov

Oh Merlin, eu não tenho um minuto de paz!

Desde os meus 11 anos quando descobri que sou um bruxo, e com isso vindo toda a história da morte dos meus pais e Voldemort, sempre imaginei que o lord das trevas fosse o maior culpado por tanta coisa ruim ter acontecido comigo, mas infelizmente eu estava errado.  Cheguei a suspirar aliviado depois que Voldemort foi derrotado, imaginei que qualquer perigo ou coisa fora do comum pudesse não mais acontecer.

Até que em pouco tempo surge a notícia, eu sou um Veela.

Oh Merlin, o que eu fiz pra merecer isso?  Já não basta a experiência de um louco tentando me matar por todos aqueles anos?  Já não bastava ter aturado aqueles meus tios horríveis e todas as pessoas que foram mortas por minha causa?  O único problema nem era apenas por ser um Veela, mas por ter ciência de quem seria meu companheiro.

Ninguém menos do que Draco Malfoy.

Pelo menos uma coisa agora era certa, eu iria morrer em breve!  Hermione fez o favor de ficar horas me explicando como os Veelas funcionavam, e assim percebi que Veelas não conseguem viver sem seu companheiro depois de encontrá-lo.  Na verdade conseguem, mas preferem a morte do que sentir um intenso e horroroso vazio o tempo todo.

E isso era algo que eu temia desde muito tempo.

Eu apenas não cheguei implorar por amor e carinho, principalmente uma família, por ter os Weasley do meu lado sempre me apoiando em tudo.  Mas a simples possibilidade de ser rejeitado não machucava apenas o Veela, mesmo que essa pessoa seja justamente meu inimigo de anos.  

Como eu sei que é ele?  Simples, no momento da grande batalha algo se agitou em mim quando vi Malfoy correndo em minha direção para me entregar a varinha.  Se Voldemort não estivesse ali eu sem dúvida ficaria alguns bons minutos apenas encarando o garoto de olhos platinados completamente admirado.  Desde quando Malfoy tinha se tornado tão bonito e interessante?

Depois disso foi só ladeira abaixo.

Nunca mais nos aproximamos desde aquele momento e isso me deu dores horríveis durante dias, mas agora em Hogwarts, depois de ter passado a viagem inteira ao seu lado eu me sinto bem melhor, só espero que ele não tenha notado.

Depois da situação constrangedora de acordar com a cabeça encostada sobre seu ombro, que inclusive próprio Malfoy permitiu que eu permanecesse daquela maneira até o final da viagem, nos despedimos e cada um foi para a sua mesa no grande salão.  Dia seguinte, como de costume a mesa da casa dos leões estava bem agitada, mas absolutamente nada desviava minha atenção do loiro que se encontrava sozinho em um canto da mesa das serpentes.  Não, aquilo não era justo, se Draco não tivesse me entregado a varinha à tempo sabe-se lá o que poderia ter acontecido não apenas comigo, mas por todos.

Lucius estava longe de ser uma pessoa boa, mas Draco de certa maneira havia sido um herói, por que ninguém estava reparando nisso?

Falando em reparar, eu não tinha percebido que estava praticamente estraçalhando uma torrada que tinha pego agora pouco.  Aqueles simples pensamentos me tiravam do sério, me davam uma forte vontade de atravessar aquele a salão e sentar ao lado de meu companheiro, mesmo sabendo que isso atrairia olhares curiosos de todo o salão, até mesmo dos professores.

─── Harry, seja lá o que você estiver pensando a pobre da torrada não tem culpa!  ─ Comentou Rony que sentado ao meu lado fazia uma careta olhando diretamente para a torrada esmigalhada em minha mão.

Suspirei pesadamente e soltei as migalhas sobre meu, batendi minhas mãos uma na outra em seguida para limpá-las.  Mas nada, absolutamente nada daquilo fazia com que eu desviasse meu olhar de Malfoy.

Surpresa Veela [DRARRY]Onde histórias criam vida. Descubra agora