Vivemos em um mar de emoções, sendo elas raiva, amor, ódio, tristeza, alegria, paixão, somos vulneráveis a qualquer um deles mesmo não querendo, somos previsíveis mesmo que não percebemos, eu não sabia que ficaria mais quebrada do que já fui....
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- pelo amor de Deus olhe pra você- dizia minha mãe - como vai arrumar alguém sendo assim - apontou para meu corpo de cima a baixo, abaixo minha cabeça e respiro fundo para não começar a chorar
- Eu não Estou querendo arrumar ninguém mãe- repondo com a voz chorosa, como pode uma mãe acabar com a saúde mental de uma filha por puro capricho
Ela me encarou sorriu abriu o armário da cozinha e pegou uma barrinha de cereal, esticou ela na minha direção e eu peguei
- eu sou sua mãe, tenho dois filhos e não tenho o corpo igual ao seu que não tem se quer um filho - passou a mão nos cabelos - você só tem apenas 17 anos e parece uma...- respirou fundo com raiva - vai começar uma dieta imediatamente Olivia -gritou me fazendo encolher
Aquilo já era rotina, meu corpo não agradava minha mãe, o fato dela ser uma ótima bailarina e magra demais ao meu ver, ela sempre me fazia sentir inferior...
Eu não era gorda demais só tinha apenas quadril largo, peitos fartos, não era alta tinha apenas 1.58 de altura, meus cabelos não era loiro como os dela é meu olhos não era verde também como os delas eu era idêntica ao meu pai.
- se nessa idade já têm tantas estrias assim - apontou o dedo em minha direção e meus olhos marejaram - imagina quando tiver um filho - ela me deu as costas e em desabei
Aquilo me machucava muito, eu me sentia horrível, meu estômago embrulho e eu corri para o banheiro...
Depois que meus pais se separaram minha vida virou um verdadeiro inferno, meu pai está em los Angeles com meu irmão, eu fiquei em San Diego com minha mãe, estava no meu último no colégio faltava dois meses para me forma e então iria para faculdade...
Comecei a chorar tanto, que o ar me faltou, minhas mãos tremia minhas pernas também, meu corpo sucumbia a dor, meu peito queimava, minha visão estava turva, eu não conseguia falar apenas liguei para ele.
- oi princesa - meu pai atendeu
- pai - foi a única coisa que eu consegui falar
-filha oque houve? - sua voz calma e serena me perguntou
-ta doendo pai tá doendo muito - dizia chorando
- Olivia - meu pai fez uma pausa - respira fundo filha- e assim eu tentava fazer - filha consegue me dizer cinco coisas que você consegue enxergar ? -perguntou calmo e é eu respirei novamente
- meu chuveiro, o box, meu reflexo, minhas mãos, as gavetas e as toalhas -falo respirando fundo
-otimo- ele diz - agora me diz quatro coisas que você consegue sentir
- meu cabelo, a pia, o chão e minha blusa - digo ficando mais calma
- ok - ele diz - princesa agora quero que me fale três coisas que você consegue ouvir ?
- a tubulação, o barulho da água, e os carros na tua - digo me sentando na cama
- agora me diga duas coisas que você sente o cheiro - ele falou calmo
- a essência de rosas do difusor e do meu perfume - digo prestando atenção
- um gosto que está na sua boca - disse meu pai mais uma vez
- balinha de menta- digo soltando uma risada fraca
- está melhor princesa- meu pai perguntou e eu sorri novamente
- obrigada, não sei oque seria de mim sem você- digo olhando para o teto do meu quarto
- eu que não sei oque seria da minha vida sem você e do seu irmão, eu amo vocês, obrigado por ter me ligado Olivia - fez uma pausa - você não está sozinha filha pode me liga sempre que estiver tendo crises - ele disse e eu fecho os olhos novamente
- eu se pai - digo - eu também te amo, estou com saudades - respiro fundo - só e difícil lidar com a mamãe você entende
- eu sei princesa mais tenha calma - ele respirou - essa semana irei te ver ok ?
- ok - respondo ele é assim eu desligo
Eu realmente tinha muita sorte de ter meu pai, nos éramos melhores amigos, eu confiava nele de olhos fechados, ele me entendia e sempre me ajudava, não estava tendo um ano legal após a separação deles
