Tattoo » L.H [PAUSA]

XI. Round and round

# Caroline's POV #

Continuo à andar em círculos e a cada pensamento e idéia que tenho, uma opinião concreta caminha para trás. Odeio não poder entender nada que se passa ao me redor e essas informações passeam perante à mim, literalmente, debaixo do meu nariz.

É óbvio, com uma grande seta, que Luke e Harry são ligados por alguma motivo... Uma gangue, se não me engano, e provavelmente Victoria também faça parte, até Jason talvez. Os dois/quatro estão procurando alguma coisa a ver com o assassinato do pai do Luke, tudo isso se interliga maravilhosamente bem. Mas há algo que não se encaixa, entre tantas alunas e companheiras de quarto que Victoria poderia escolher, ela escolheu justamente à mim. E a garota que talvez Luke fala seja eu, mas se o pai da suposta garota foi o que assassinou seu pai, talvez não seja eu... E é por isso que eu vou descobrir tudo isso.

Marco o número de Luke e aguardo até que o mesmo atenda.

— Caroline? Qual o problema?

— Nenhum. Apenas acho que existe algumas coisas que você deve esclarecer

— Tipo quais? Acho que já está tudo esclarecido!

— Hein? Não está nada esclarecido para mim, por que esse assunto ainda dá voltas à minha cabeça.

— Vem ter comigo ao prédio B.

— Estou a caminho!

* * * * * * * * * *

Avisto a sinueta alta de Luke e rapidamente chego ao seu pé.

— Hum... Olá?!

— Oi! Então o que você queria que eu te dissesse?

— Apenas a verdade, por favor? Posso te ajudar no que quiserdes.

Luke olha-me pensativo e abana positivamente o rosto em resposta.

— Antes... Há algo que eu deva te mostrar.

Ele agarra minha mão e guia-me para outra direção, passamos por alguns becos e ruas esquisitas.

O vento ficava cada vez mais forte, e o contraste do som e a luz davam um ar mais sombrio para as ruas abandonadas.

— É aqui! — Luke aponta para um beco estreito e esquisito — Precisamos entrar aqui, no coração do tráfico.

Dou de ombros.

— Não fique com medo

Dou um risinho irônico e olho-o confiante.

— Não estou com medo.

Luke me dá um sorriso. Sinto uma gota cair no meu rosto.

— Vai começar a chover. Vem,  entra!

Assinto e adentramos o beco. O som aumentava a cada passo que dávamos. O beco levou-nos para uma rua mais larga e movimentada, haviam vários carros estacionados perto de uma casa enorme que se localizava do lado direito, a rua era sem saída. Adiante existia uma estrada que aparentava ser usadas para corridas ilegais onde não circulava nenhuma outra pessoa, e deduzo não estar na hora que a corrida aconteça.

Já dentro da casa, Luke leva-me por diversos caminhos até chegarmos a uma espécie de escritório vazio.

— O que seria isso? — Indago curiosa

— É aqui onde eu trabalho.

— Fala sério. Vai me dizer que você é o grande chefe? E é isso que você queria me mostrar?