ɪᴍᴀɢɪɴᴇ - ᴀɴɪᴍᴇs

Shota Aizawa - Final

Eraser Head

Yamada gritou ao entrar no escritório, recebendo um olhar furioso de Aizawa antes de rapidamente abaixar a cabeça e continuar a examinar os papéis e seu telefone.

"O que parece que estou fazendo?" Ele latiu.

"Tendo uma crise de terceira idade", ele respondeu, caminhando para ver exatamente o que ele estava fazendo, o que não melhorou a situação.

Alguém que não conhecesse Aizawa ou a situação iria presumir que ele estava roubando respostas de testes ou propriedade intelectual dos alunos, ao invés de um pai desesperado tentando interceder na vida amorosa de sua filha. O que era pior ou melhor dependendo da pessoa. Para Present Mic, foi hilário.

"Você está realmente trabalhando nisso por causa de uma nota?"

"... houve um segundo."

"UM SEGUNDO! DEIXA EU VER!" ele exigiu, estendendo a mão para o telefone, que ele conseguiu roubar rapidamente.

Embora ele fosse o tio legal desde quando você era uma garotinha o procurava como um segundo pai, ele não teve nenhum problema em se meter nisso. Inferno, ele tinha sido seu advogado durante a descida contínua de Aizawa à loucura por causa do pequeno papel rosa.

Ele começou a rir, "quem escreveu isso foi ousado e suave. Se eu recebesse um recado de alguém no colégio como este, eu seria seu em um segundo."

"Não estou ajudando," Aizawa cortou, pegando o telefone de volta para continuar.

"Não estou tentando", retorquiu Yamada, "não quero participar desse comportamento obsessivo, a menos que seja assistir e fazer comentários, porque você está perdendo o controle e é realmente fofo vê-lo ficar tão nervoso assim."

Aizawa rosnou em resposta enquanto olhava para o papel final.

Nem uma única correspondência.

E pela primeira vez Hizashi Yamada estava certo.

Quem quer que fosse o seu admirador secreto tinha que estar na Classe 1B. Ele adivinhou que fazia sentido ver alguém todos os dias e desenvolver sentimentos por ela gradualmente ao longo do tempo. Mas ficaria ainda mais difícil saber qual garoto poderia ser. Ao contrário de sua classe, ele não podia verificar toda a caligrafia e não os conhecia pessoalmente o suficiente para fazer um palpite sobre o admirador...

De repente, sua mente estava pensando em maneiras de convencer Vlad King a lhe dar acesso a qualquer preenchimento escrito em sua classe, apenas o suficiente de cada aluno para que ele pudesse analisar sua caligrafia. Talvez trombasse com ele quando estivesse segurando sua papelada e, quando a deixasse cair, trocaria por falsificações. Ou se alguém ou algo o distrair enquanto ele examina os papéis em sua mesa, o microfone pode ser uma boa distração, ele nunca se cala.

Então ele percebeu que estava planejando uma forma de livrar-se de uma paixão adolescente.

Yamada estava certo duas vezes agora, ele estava ficando obcecado demais com essas cartas. Deve ter sido o fim do mundo ou ele realmente estava louco.

"Como é que você nunca me escreve cartas como esta?" Yamada perguntou.

Ele olhou para ele, fechando o arquivo e guardando-o.

"Quem quer que tenha escrito isso não está apenas sentindo amor de cachorro ou excitação hormonal adolescente bem-formada, isso é cheio de paixão madura," comentou Yamada.

Aizawa cerrou a mandíbula e começou a ranger os dentes, ativando sua peculiaridade de frustração na esperança de silenciar Yamada. "Sério... não... ajudando..."