- Por favor, tomem cuidado. – Disse Gina quase chorando. Ela era bem durona, difícil ver cair uma lágrima de seus olhos, mas aquele parecia ser um bom momento para chorar.
- Nós voltaremos logo. – Falou Arthur sorrindo, como se quisesse nos tranquilizar.
- Uma ou duas semanas no máximo. – Concluiu tia Molly.
- DUAS SEMANAS? – Gritou Ron.
- Isso vai ser perigoso, não podemos ir com vocês? – Insistiu Harry.
- Não, vocês irão ficar aqui. Sem brincadeiras exageradas, sem sair de perto da casa, nada de chamar mais pessoas para virem para cá, não podemos confiar em ninguém nessa época, e PRESTE ATENÇÃO, sem magia desnecessária.
- Que época? – Perguntei.
- Sim, que época? Por que vocês não dizem o que está acontecendo? – Hermione perguntou logo depois de mim.
- Não podemos dizer nada sobre isso por enquanto, mas agora temos que ir, já está ficando tarde demais. Amo vocês, e independente do que acontecer, NÃO SE ATREVAM A IREM A HOGWARTS, quero vocês seguros em casa. – Disse Molly.
Nos despedimos deles, e algumas lágrimas rolaram pelo rosto de Ron e Gina, obviamente todo mundo estava triste por Arthur e Molly terem que ir, e ainda por mais por não sabermos o que de fato está acontecendo, mas sei que tudo ficará bem.
[...]
Cada um jogado em um canto da casa, Hermione estava lendo algum livro que eu não conseguia ver do que se tratava, e ela parecia muito concentrada para perguntar, Ron e Harry jogavam xadrez de bruxo na mesa da cozinha e Gina estava sentada assistindo, bem entediada aparentemente, eu estava jogada no sofá os observando, e os gêmeos deviam estar dormindo ou planejando alguma pegadinha.
Aparentemente não faríamos nada o resto da noite, então me levantei e fui subindo as escadas, até o último andar da casa, uma coisa que poucos sabem é que a janela da parte de trás da casa dá para o telhado, quando era pequena eu e os gêmeos costumávamos vir aqui para comer doces escondidos, porque sinceramente, quem procuraria no telhado?
O céu estava estrelado, e era noite de lua cheia, o que eu amava. Me sentei ali, e observei a grande infinidade de estrelas, umas com a intensidade mais forte, outras mais fracas.
- Sabia que estaria aqui.
- Fred? – Perguntei assim que o vi passando pela janela.
- É, oi, te procurei com os outros, mas não a achei, suspeitei que estivesse aqui. – Respondeu se sentando ao meu lado.
"Hm" Respondi voltando meu olhar ao céu.
- Lembra quando vínhamos aqui? – Ele estava tentando puxar assunto.
- Lembro.
- E eu lembro também que você tinha uma constelação favorita e toda noite você me puxava até aqui e me obrigava a observar ela junto com você, a gente se deitava e você me contava a história dela, qual era o nome mesmo?
- Órion, constelação de Órion. – Respondi.
- Essa mesma, você amava me contar sobre ela...E eu amava ouvir.
Eu ainda estava "brava" com ele, mas ele insistia em puxar assunto, e eu não estava com cabeça para conversar sobre nosso relacionamento, então era melhor falar sobre estrelas.
- Qual era mesmo a história?
- Sério Fred? Você odiava me ouvir contando sobre ela, você bufava quando eu começava a falar. – Disse o olhando.
- Me conte sobre, eu prometo não bufar dessa vez.
Dessa vez eu é que bufei, ele não estava interessado, só queria que as coisas voltassem ao normal.
- Ártemis, não sabendo que se tratava de Órion, acertou a cabeça do gigante com um dardo, o que acabou matando-o . Ao perceber que era seu querido Órion, Ártemis o colocou entre as estrelas, junto a seu cão, Sirius...
- Órion se tornou uma constelação. – Fred me interrompeu. – Aparecendo com seu cinto, uma espada, a pele de um leão e uma clava. – Ele completou a história.
- Isso...Você se lembra...
- É...
O clima ficou diferente. O silêncio se estabeleceu, eu e ele encarávamos fixamente as estrelas.
- Olha Anne, eu queria muito falar com você so...
- Fred não faz diferença ok? Tanto faz o que você acha que somos.
- Anne, eu te amo, de ver...
- Caralho Fred para de dizer "eu te amo" como se fosse qualquer coisa. – Eu disse me virando e o encarando. - Pelo menos uma vez você pode ser maduro o suficiente e entender que essa frase não resolve tudo.
- Fodasse Anne.
- O que? – Perguntei sem entender.
- Fodasse tudo, eu te amo mais do que qualquer coisa, eu apenas sou inseguro de admitir isso, eu tenho medo de que você encontre alguém melhor e é por esse motivo que eu finjo que não me importo que tenha algo rolando entre a gente, e eu não sei porque faço isso. Você é a primeira garota que fez com que eu me apaixonasse e eu odeio isso, odeio esse sentimento de ser completamente bobo por alguém, e eu fico completamente sem jeito quando tô perto de você, e você me faz ficar confuso e... – Ele deu uma pausa e respirou, as palavras saíram de sua boca em uma velocidade como se aquilo tivesse "entalado em sua garganta" a muito tempo.
- Fred, eu...não sei o que dizer.
Eu realmente estava de certa forma surpresa com aquilo.
- Não diga nada. – Ele respondeu se virando e encarando novamente as estrelas.
Já ouviu aquela expressão "um beijo vale mais do que mil palavras" ? Vamos ver se está correta mesmo.
Cheguei mais perto dele, colocando a mão em sua nunca, fazendo com que assim ele encarasse meus olhos, um arrepio percorreu todo meu corpo e assim, juntei nossos lábios. Ele correspondeu o beijo bem rápido, e assim entramos em uma sincronia única.
A falta de ar apareceu, fazendo com que beijo finalizasse, mas ainda com nossas testas coladas, Fred soltou a frase que fez com que meu coração acelerasse "eu nunca amei alguém como amo você Anne Hathaway." Juntei nossos lábios novamente, desse um selinho longo e separei novamente dizendo "e eu nunca amei alguém como amo você Fred Weasley."
oi gente, parece que anne e fred vão se relacionar bastante esta noite, cenas do próximo capítulo rs:)
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SORTE A MINHA - Fred Weasley
Fanfiction+18 | Fred Weasley | Uma história que promete muitas revelações, romances, brigas. Um relacionamento sem confiança não costuma dar certo, não é mesmo? Além do mais, com um dos caras mais galinhas de Hogwarts! E se adicionássemos drama, romance, e m...