+18| 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺
Em meio aos corredores encantados de Hogwarts, Anne Hathaway e Fred Weasley sempre foram melhores amigos - até que um sentimento inesperado bagunça tudo.
Entre travessuras, feitiços e corações teimosos, os dois...
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ANNE HATHAWAY
George estava parado no canto do cômodo com as mãos no bolso. Pude ver um pouco mais de seu rosto quando se aproximou de mim e a luz da lua finalmente refletiu no ruivo. Era fácil identificar os gêmeos depois de muito tempo convivendo com os dois.
— Sabe como é! — Afirmou levantando os ombros. — Todos estavam meio bêbados e eu só queria ficar um pouco sozinho.
— Sei como é. — Respondi encarando a janela e limpando uma lágrima que escorreu pelo meu rosto involuntariamente.
— Anne. — Me chamou e olhei em sua direção enquanto o mesmo se sentava em minha frente. — Queria que as coisas não estivessem assim.
Antes de responder, respirei fundo.
— Eu também George, eu também. — Respondi com um nó gigante na garganta, querendo chorar por horas.
— Fred sente muito. — Disse e em um piscar de olhos, meu coração se acelerou de uma forma inexplicável. Até seu nome mexia comigo. — Ele está completamente diferente, parece outra pessoa.
— E por que eu teria motivo nisso? — Perguntei sabendo que eu tinha sim uma parte de culpa, afinal, também era meu fardo o grupo estar todo separado.
— Fred sente muito sua falta, Anne. — A voz de George soou firme, mas carregada de uma verdade inegável. — O jeito como ele te olha não mudou, os olhos dele ainda brilham quando te vê, sempre brilhou.
Cruzei os braços, tentando esconder o aperto no peito. — Não diga isso só para fazer com que eu me sinta melhor. Ele está com Angelina.
George suspirou, como se tivesse esperado por essa resposta.
— Ele não a ama, Anne. Ele só aceitou ir ao baile com ela porque foi chamado. Se quer saber a verdade, ele nem queria ir. — Respondeu enquanto coçava a cabeça, nervoso. — Fred não aguentou te ver sendo recebida por Oliver.
Engoli em seco. Meu coração se recusava a ceder, mas algo dentro de mim implorava para acreditar.
— Posso te contar uma coisa? — Perguntou o ruivo em minha frente me fazer embrulhar todo o estômago.
— Claro. — Disse depressa, quase atropelando as letras.
— Me promete que não conta para ninguém? — Perguntou receoso.
— George, pelo amor de Merlin... — Falei sem aguentar mais aquele suspense.
Ele se aproximou um pouco mais, a voz agora um sussurro carregado de peso.
— Fred chora todas as noites, não tem uma noite se quer que eu não o escute choramigando pelo quarto. — Jogou isso em minha cara sem mais nem menos. — Ele sente sua falta, sente falta da amizade que tinham. E ele sabe que errou, sabe que não deveria ter te beijado, por mais que ele quisesse. — Continuou. Ele se culpa por isso. Mas o medo de piorar as coisas o impede de tentar consertar.