𝐈 𝐖𝐀𝐍𝐍𝐀 𝐁𝐄 𝐘𝐎𝐔𝐑𝐒.

nove das coisas mais bonitas do mundo

𝐀 𝐅𝐎𝐑𝐂̧𝐀 𝐃 𝐇𝐀𝐕𝐈𝐀 𝐑𝐄𝐒𝐎𝐋𝐕𝐈𝐃𝐎 ficar revezando pra verificar se aquela criatura invisível aparecia novamente, haviam se separado em duplas, na qual Tristan de imediato pediu para fazer dupla com Beatrice, e afinal, o que ela teria a perder? Aceitou sem mais nem menos.

Agora, faltava alguns minutos para ser a vez de Arthur e Joui ficarem acordados ficando de olho em qualquer barulho estranho daquela casa, Beatrice parecia tranquila por fora, mas tremia de medo por dentro, sabia das habilidades daquele monstro e que se duvidar ele estaria em sua frente com sua invisibilidade e ela nem percebe, com esse pensamento, olhou pro corredor num reflexo antes de pegar a sua balestra, logo ouvindo Tristan pegar suas armas também, juntamente de Orpheu, seu urutau de estimação, que deixou suas asas um pouco mais abertas para a mulher pegar um canivete amarrado no local em fácil acesso.

— O que foi? Ele tá ai? - o homem se levantou do sofá, arrumando seu casaco nos ombros e falando baixo por ter Fernando dormindo ao seu lado.

— N-não... - Beatrice respondeu sussurrando também. — Desculpa o susto, eu só tô meio assustada com a hipótese dele poder estar em qualquer lugar invisível que nenhum de nós tá vendo. - soltou sua balestra de volta ao seu lado, o urutau ao seu lado também pareceu se tranquilizar.

— Ah... - olhou para Portinari tentando fixar seus olhos no dela, queria mostrar que ele estava ali e que estava tudo bem, e, ao ver que falhou, se sentou ao seu lado. — Não precisa ficar desse jeito, eu sei que esse demônio é invisível e os caralho, mas você devia colocar na sua cabeça que também não é impossível acabar com ele. - aumentou um pouco a voz, não precisava mais falar tão baixo por estar mais longe dos outros agentes que estavam descansando, visto que ela estava na janela afastada da sala.

— Eu sei, é só que... Sei lá, tenho medo dele conseguir fazer o que ele fez com você com mais alguém e a gente não ter a mesma sorte que tivemos na sua situação.

— Ele não vai fazer nada, a gente 'tá formando um plano bom pra pegar ele, não 'tá? Se ele aparecer agora a gente só grita pra acordar todo mundo e a gente improvisa. Nós somos uma boa equipe, seja otimista, Sardinha. - se ele soubesse cada surto interno acontecia dentro de Beatrice toda vez que ele a dava algum apelido aleatório...

— Você tem razão. Obrigada por estar aqui.

— Que nada, tô contigo sempre. - Portinari não pôde esconder o sorriso. — Uma curiosidade pra você pensar ai ao invés de pensar nesse bicho...

— Lá vem... - Beatrice disse, rindo baixo.

— Ué, eu só ia te falar que se você segurar oito rosas na frente de um espelho, você verá nove das coisas mais bonitas do mundo! - lançou, e pela primeira vez, não encarava Beatrice, por algum motivo estava mais envergonhado que das outras vezes, provavelmente porque estavam sozinhos ali.

— Sério, horrível. - Portinari respondeu em tom de ironia.

— Se minhas cantadinhas fossem horríveis você não ficaria vermelha e daria um sorriso bobo toda vez que eu te dedicasse alguma delas, não tente me enganar! - respondeu agora voltando seu olhar a mais nova, que quis pular a janela daquela sala naquele momento.

— Ok, fui refutada.