Levaram-me para perto daquela mulher. Cara a cara com ela.
— Prazer, Brianna. E sou a diretora Nohana, mas pode me chamar tia. Parece-me que é um costume Brasileiro que meus aprendizes gostaram e acharam engraçado adquirir.
— Ah, que legal. — falei, meio sem graça.
— Cathrina nos contou que você sabe tocar, isso é verdade?
— Sim, eu toco muitos instrumentos. — falei, corando.
— Aqui temos um piano-forte, pode tocá-lo?
— Claro — meu Deus, eu estava suando.
Sentei-me no piano. Hesitei olhar para todos. E toquei. Mais uma vez aquela brisa. Isso me impulsionou e senti meus olhos queimarem. Não havia lágrimas neles. Havia determinação, paixão, desespero, como se, estivesse gritando e correndo dentro de mim para encontrar a mim mesma. Como se necessitasse de mim mesma.
Terminei. Botei pressão na perna, elas estavam bambas.
Levantei. Suando frio.
Todos aplaudiram de pé, e vi Thrina, a garota ruiva e a diretora limparem uma lágrima. Fiquei feliz, deveria ter sido lindo, então. Depois que a diretora me agradeceu, uma trombeta tocou e as pessoas ali começaram a sair. Daniel, Thrina e a ruiva vieram até mim.
— Nossa... você foi incrível! — falou a ruiva com entusiasmo.
— Verdade, uma arte. — vi Daniel dando um leve sorriso mas logo se desfez quando olhei, acho que ele é bem reservado.
— Vamos deusa, vamos. — Thrina passou o braço por meus ombros e andamos até o seu quarto junto da ruiva.
— Bela melodia novata. — falou o garoto de mais cedo. Ele era... ligeiramente angelical. Loiro. De pele clara, olhos azuis, ombros largos, um belo porte. E era alto. Um maxilar marcado. Lindo. Simplesmente, lindo.
— Obriga... — me virei e ele tinha sumido —... da.
— Ninguém te ensinou que é feio falar sozinha? — sorriu Thrina.
— Não – falei com sarcasmo.
— Então mocinha, aprenda! — nós três rimos.
~
— Achei perfeito. É sua cara! — Thrina deu um sorriso largo.
— Isso é muito extravagante!!! — falei com os olhos arregalados.
— Para o evento de hoje, ele é preciso! — senti um ar de deboche vindo dela.
— Por que eu vim logo agora meu Deus. — resmunguei.
Três batida na porta.
— Já vai! — gritou Thrina do banheiro — pode abrir a porta Bri? — concordei e abri.
— Vocês já estão prontas? — falou a ruiva dando a entender que estávamos atrasadas. Ela já estava entrando quando a impedi.
— Você só entra quando disser seu nome.
— Ah, é. Tinha esquecido esse detalhe. Meu nome é Ava, amor.
— Acesso liberado! — sorri.
— Vamos fada? — Ava sorriu com falsidade.
— Vamos! — falou saindo do banheiro — Estou pronta.
— Estou vendo, quer pegar quem vestida assim? — sorriu com sarcasmo.
— Hello? Eu sou uma mulher, visto o que quiser por mim mesma. Deveria experimentar, se chama: autoconfiança.
Saímos de lá aos risos.
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Laço de Sangue
Fantasy(+16) Brianna sempre foi uma sobrevivente. E agora mais do que nunca, iria ter que lutar mais uma vez. Em uma realidade muito diferente da que viveu na infância e na adolescência, ela vai ter que sobreviver de novo e de novo. Tendo que lidar com pre...