UMA DOCE PROFESSORA- NOSHANY (ADAPTAÇÃO)

CAPÍTULO 34

ANY:

ALGUNS DIAS DEPOIS:

Acordo mas fecho os olhos rapidamente, a luz forte veio nos meus olhos e doeu, os abro depois de um tempo e começo a ficar assustada, estou em um hospital, cheios de fios grudados em mim, está nevando lá fora, mas esses dias estava um calor de trinta graus, começo a ficar mais desesperada e tiro os fios de mim, minha garganta está seca demais, pego uma jarra de água e tomo ali mesmo, vejo um casaco no sofá e o pego, coloco e saio dali, corro pra fora desse hospital e sinto uma dor no pé da barriga, a olho e ela está grande e dura, ignoro e corro pra rua, quero ir pra minha casa, só isso.

Corro o máximo que posso, mas a dor só vai aumentando, estou em uma avenida bem movimentada, pessoas passando pra lá e pra cá, o que faz eu cair no chão e gemer de dor, minha barriga começa a mexer o que dói muito, me levanto e vou para um beco, me sento no chão e faço... Xixi? Tento controlar, mas isso simplesmente não para. Aí meu Deus do céu, a dor aumenta cada vez mais e solto um grito abafado depois de morder a manga do casaco, a dor é alucinante.

- Moça, o que aconteceu? Precisa de ajuda?

Uma mulher aparece de repente e se ajoelha em minha frente, ela me olha assustada, mas respira fundo e balança a cabeça

- Por favor, me ajuda

Sussurro desesperada e lágrimas caem descompensadas de meus olhos, soluço e ela tira sua blusa e coloca embaixo das minhas pernas, a desconhecida olha para a minha barriga e fica desesperada

- Ok, você está entrando em trabalho de parto, não tenho celular, você tem aí?

Nego assustada, eu pensei em qualquer coisa, menos gravidez, o que está acontecendo? Começo a suar frio quando uma dor aguda me acerta

- Olha, eu vou fazer o impossível pra ajudar você, precisamos tirar seu casaco

Ela o abre, fazendo com que eu fique com a roupa do hospital, ela me olha com curiosidade, mas não fala nada, levanta a camisola na altura da minha barriga me deixando exposta totalmente, ela tira uma manta da mochila e deixa em cima do casaco que ela colocou embaixo das minhas pernas

- Faz força ok? Muita força mesmo

Faço o que ela mandou e sinto como se estivesse sendo rasgada, respiro fundo várias vezes e volto a fazer força

- Estou vendo a cabeça, você precisa aguentar, você precisa ser forte

- Eu não tô aguentando, eu não vou aguentar

Grito quando sinto a dor aumentar em um nível insuportável

- Está quase, você vai aguentar ok? Vai, você precisa ser forte

Faço força e depois de poucos minutos que mais pareceram anos, escuto um chorinho agudo, olho para os braços da moça desconhecida, ela está com um bebê no colo, ela o enrola na manta e vem colocar em meu colo

- Eu... Eu não quero, não segurar, eu não me lembro de absolutamente nada, eu não sei quando engravidei, eu não quero

Nego várias vezes com a cabeça, ela me olha assustada, mas compreensiva, sinto um líquido sair de dentro de mim e coloco a mão entre minhas pernas, a tiro de lá e ela está forrada de sangue, sinto ficar fraca e a respiração começar a ficar cada vez mais fraca

- Não, não vai, olha eu vou te ajudar, POR FAVOR NÃO VAI

Ela fala desesperada e da leves tapas em meu rosto

- Sua filha precisa de você, por favor, presta atenção na minha voz...

Não ouço o que ela fala, apenas me sinto fraca, ficocom os olhos abertos, mas não consigo falar nem ouvir muito bem, apenas vejo a moçacompletamente desesperada, ela olha para o bebê e olha pra mim repetidamente,ela olha para a direita e aparentemente grita, antes que eu feche os olhos,sinto ser pega no colo e finalmente a escuridão chega