Em "Hollywood Spotlight", mergulhe na vida tumultuada e emocionante de Sue-Janell, uma talentosa atriz cuja jornada é entrelaçada com os altos e baixos da fama e do amor.
O ano é 1989 e Sue-Janell está prestes a completar 19 anos, uma jovem promessa...
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❝ 𝟐𝟎 𝐝𝐞 𝐀𝐆𝐎𝐒𝐓𝐎 𝐝𝐞 𝟏𝟗𝟕𝟎 ❞
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Em uma noite envolta pela serenidade das ruas parisienses, Angelle Reese Cartier e Benjamin LeBlanc corriam em direção ao majestoso Hospital Salpetriere, o epicentro médico da Cidade Luz. O jovem casal, com corações palpitantes de expectativa e nervosismo, aguardava ansiosamente a chegada do seu primogênito, batizado carinhosamente como Stephen, cujo nascimento iminente estava prestes a inaugurar uma nova fase em suas vidas.
Embora a data oficial para a chegada da criança fosse o dia 25 do mês corrente, Stephen parecia ter sua própria agenda. Com um capricho precoce, decidiu antecipar sua vinda ao mundo em cinco dias, surpreendendo seus pais com uma chegada adiantada e inesperada. Essa reviravolta emocionante transformou a noite tranquila em um turbilhão de emoções para Angelle e Benjamin, que agora corriam em direção ao hospital com uma mistura de ansiedade e alegria pulsando em seus corações.
Ao chegarem ao imponente edifício do Hospital Salpetriere, o jovem Diretor, agiu rapidamente em busca de atendimento imediato para sua esposa Angelle. Ela, por sua vez, esforçava-se ao máximo para conter os berros e xingamentos, desejando evitar qualquer tipo de escândalo na recepção do prédio. A atmosfera era carregada de tensão e urgência, enquanto o casal se movia pelos corredores em direção à ala de maternidade.
A sorte estava ao lado deles naquela noite, pois o hospital não estava tão movimentado quanto de costume. A gentil recepcionista percebeu a urgência da situação e agiu com presteza, acionando imediatamente a equipe da maternidade para preparar a cirurgia de Angelle. O trabalho em equipe e a eficiência do hospital foram fundamentais nesse momento crucial, garantindo que tudo estivesse pronto para receber o novo membro da família LeBlanc.
Em questão de minutos, Angelle já se encontrava em trabalho de parto, rodeada por uma equipe médica eficiente e o apoio constante de seu marido, Benjamim. Ele permaneceu ao seu lado sem vacilar, segurando firmemente sua mão e oferecendo palavras de encorajamento e conforto a cada momento. A conexão entre eles era palpável, um farol de esperança e força em meio à intensidade do nascimento iminente.
── Ele nasceu! ─ Anunciou o obstetra com um sorriso, ao levantar o recém-nascido, cujos primeiros choros encheram a sala de um novo som de vida. A notícia trouxe um brilho de felicidade aos olhos de Benjamin e um alívio palpável a Angelle, que estava exausta de dor, mas também radiante de alegria.
── Nosso filho nasceu, meu amor! ─ Exclamou Benjamin, com a voz embargada de emoção e os olhos marejados, enquanto olhava para Angelle com um misto de admiração e felicidade.
Angelle sorria, realizada, ao contemplar de longe seu recém-nascido. Stephen, com suas madeixas quase ruivas contrastando com a pele bronzeada, era uma visão encantadora. Seu nariz mediano e a boca extremamente carnuda formavam uma combinação harmoniosa, refletindo perfeitamente a mistura das características de seus pais. Para Angelle, ele era a personificação do amor e da união entre ela e Benjamin, um símbolo vivo da jornada que iniciavam juntos como família.
── Oh! ─ Exclamou Angelle, sentindo uma pontada aguda de dor que a fez estremecer. O obstetra franziu a testa, intrigado, enquanto Benjamin, ainda encantado ao admirar o filho recém-nascido, imediatamente voltou sua atenção para a esposa.
── Minha barriga... ─ Murmurou Angelle, com a voz fraca, enquanto a dor familiar e intensa retornava.
O obstetra rapidamente retomou sua posição, observando atentamente. Instintivamente, Angelle começou a fazer força novamente, e Benjamin apertou seus dedos nos dela, oferecendo o mesmo apoio inabalável.
── Há mais uma criança! Santo Deus... ─ Anunciou o obstetra, surpreso e alarmado.
As palavras do médico fizeram o coração do casal disparar, aumentando o nervosismo e a ansiedade. A surpresa de uma segunda criança trouxe uma nova onda de emoção e apreensão, enquanto se preparavam para dar as boas-vindas ao segundo bebê.
Eram gêmeos, e eles nem sequer suspeitavam!
Minutos depois, após algumas pequenas complicações, um segundo choro ecoou pela sala.
── É uma menina! ─ exclamou o obstetra com alegria.
O casal, ainda surpreso, permitiu-se sorrir ao ouvir a notícia. Embora a felicidade brilhasse em seus olhos, o susto ainda era claramente visível em suas expressões, refletindo a inesperada reviravolta em sua noite já emocionante.
De fato, eles não haviam se preparado para uma segunda criança. Tudo o que compraram e ganharam ─ tanto dos familiares quanto dos amigos próximos ─ foi especialmente pensado para Stephen. Todo o enxoval já estava preparado, até mesmo os gastos, cuidadosamente planejados e revisados pelo casal durante os últimos meses. Isso era um tanto curioso, considerando que viviam uma vida de bastante conforto, onde nada lhes faltava e nada faltaria.
Nos braços do obstetra, que realizara o segundo parto com considerável surpresa, estava a figura pequena e delicada de uma menina, a cópia perfeita de seu irmão gêmeo. Embora compartilhassem os mesmos traços, a menina possuía uma aparência mais angelical. Era tão linda quanto Stephen.
Finalmente, o casal de irmãos foi entregue aos pais, que aguardavam ansiosamente por este momento. Angelle, segurando seu pequeno pacotinho nos braços, admirava os traços perfeitos, embora adormecidos, de seu filho. Benjamin, por sua vez, contemplava as feições acordadas e atentas de sua filha, maravilhado com a semelhança que ela compartilhava com a mãe.
Benjamin não pôde negar que a pequenina era a cópia exata de sua mãe, Angelle Reese Cartier. Na verdade, ambos os bebês possuíam traços marcantes de Angelle, mas Stephen, apesar de sua semelhança com a mãe, tinha uma forte aparência de Benjamin. Já a menina, sem dúvida alguma, era a imagem viva de Angelle. Ela herdou até mesmo os olhos profundamente azuis, perpetuando a beleza distintiva das mulheres da família Reese. A semelhança entre mãe e filha era tão impressionante que Benjamin mal podia acreditar no que via, encantado com a perfeição dos traços que agora eram parte de sua família.
── Sue-Janell. ─ Exclamou Angelle em voz baixa, com um brilho nos olhos.
Benjamin, sem entender de imediato, perguntou:
── O que você disse, meu amor?
── A nossa menina. Seu nome será Sue-Janell. ─ Explicou Angelle, com um sorriso terno.
── Sue-Janell Cartier LeBlanc! ─ Repetiu Benjamin em voz alta, deixando que o nome da nova integrante da família fluísse de forma doce por seus lábios — Stephenn e Sue-Janell Cartier LeBlanc! ─ Ele olhou para Angelle, que sorriu em aprovação e felicidade, sentindo-se completa ao lado de seus preciosos filhos e do amado marido.
O jovem casal, mesmo diante dos desafios e surpresas inesperadas que enfrentaram, descobriu que a verdadeira felicidade estava presente em cada momento vivido. No final daquele dia memorável, precisamente às 20:25, cada obstáculo superado se revelou como uma etapa recompensadora. Enquanto saíam do hospital, não apenas com um, mas com dois preciosos bebês nos braços, uma profunda sensação de gratidão e alegria preenchia seus corações. A jornada até ali pode ter sido desafiadora, mas o amor e a família que agora se formava eram tesouros inestimáveis, trazendo um novo significado à sua vida e fortalecendo seus laços como família LeBlanc.
Embora o início da família LeBlanc tenha sido marcado por surpresas, eles ainda não sabiam que em um futuro próximo estariam entregando sua mais nova jóia aos holofotes. Essa perspectiva de dar continuidade ao nome e legado da família trazia um misto de emoções, fazendo-os refletir sobre o que o destino reservava para eles.
A incerteza sobre o impacto disso, se seria bom ou ruim, pairava no ar, mas a esperança e o amor que permeavam aquela nova jornada eram mais fortes do que qualquer dúvida. Afinal, a força da família e o apoio mútuo seriam suas âncoras, independentemente do caminho que escolhessem seguir.
