Capitulo 1

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Nossa vida é um constante loop, afinal, nossos sentimentos nunca acabam e isso acontece pelo simples facto de que tudo em nós está ligado. Desde aos nossos ossos, aos nossos músculos, ou talvez desde os nossos órgãos aos nossos corpos, ou até talvez, das nossas veias aos nossos corações.

A vida é limitada, mas a vida é apenas um cronograma do tempo que a comunidade afirmou que teríamos de aproveitar. Ao invés disso, porque eu não posso ficar sentanda em uma cama, mexendo no celular 24horas por dia levantando apenas para comer ou beber água. Afinal, estou aproveitando a vida, porém, da minha forma. Da forma mais discreta possível.

Uma garota do ensino médio provavelmente nem conseguiria ficar em pé. Os nossos sentimentos são grandes ondas de emoções que às vezes, acabam por transbordar ou passar da costa e então, acontece o tsunami.

Por toda a minha vida eu me limitei a seguir o que a comunidade falava. Teve um dia em que eu olhei para o espelho e ergui a minha cara feia diante daquele espelho do banheiro e falei: "Foda-se eu, foda-se você, foda-se todo o mundo." Desde aí eu estrago a minha vida a cada instante. Drogas e drogas, essa é a minha vida.

"O que você faz nos fins de semanas?"

DROGAS!

"Onde você passou as férias"

NAS DROGAS!

"Quem você mais ama?"

A minha mãe, óbvio. Mas claro, AS DROGAS TAMBÉM!

Esse papinho furado de amor próprio é apenas uma desculpa para as pessoas que são fantoches dos tão bem ditos psicólogos.

Você tem que me falar algo, se não, nunca a poderei ajudar! Bling, Bling, Bling! Ara, ara, afinal o burro tem cérebro.

— Nunca disse que precisaria ser ajudada.

— Por favor senhora Parckinson, colabore.

— Colaborar o caralho, vocês apenas ficam sentados em frente de uma pessoa ouvindo as merdas que elas falam como se vocês ligassem. Sabe o que é?? SABE? — Isso mesmo, que se foda! — Você é mó babaca, falando de me ajudar para apenas receber dinheiro. Quero ver me ajudar sem ganhar nada, idiota.

Existe uma coisa chamada: Mal educação. Bom, eu não diria isso. Eu diria: Sem Paciência.

Eu poderia estar cheirando um pó, porém, estou aqui, vendo esse homem carente. Nem parece que quando chegar em casa vai transar com uma garota novinha. Nojento.

— Eu lamento imenso, ela está nervosa e...Minha mãe, como sempre, se desculpando. Eu tô cansada dessa porra toda.

Enquanto o psicólogo fechava a porta, eu ia para o meu quarto. Vesti o meu casaco, fiz um coque do tipo "foda'se" e saí.

— Vai onde?

— Sair.

— Sair para a onde? Começou.

— Quer saber? Não te interessa.

Bom, acho que você já sabe para onde eu fui. Afinal, viciada uma vez, viciada para sempre...

CONTINUA...

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⏰ Última atualização: Apr 17, 2021 ⏰

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O Verdadeiro Ensino Médio | Geovanna Santos | (+16)Onde histórias criam vida. Descubra agora