43- Viagem² :/

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Ponto de vista Babi

Medo e desespero, sentimenos presentes em mim no mesmo momento que Mob caiu sangrando com a mão no pescoço, esperei que todos comecassem a correr mas antes que eu pudesse por conta própria me movimentar Carol puxou meu braço pra iniciar a corrida. O homem nada fez, parecia ver calmamente Mob engasgar com o próprio sangue enquanto ficava sem ar, nem se moveu pra ir atrás da gente.

Ao entrar na casa a primeira coisa que Gs faz é iniciar o sistema de segurança, super compreensivo, Milena se senta no espaço plano e alto perto da cama e parecia estar em pânico, óbvio, seu melhor amigo acabou de ser esfaqueado na sua frente, respiro fundo algumas vezes pra não gritar com Gs.

Quando ele termina de ativar todas as janelas se fecham automaticamente, portas também e cortinas, as luzes lá de fora se acenderam e as de dentro diminuiram para as cortinas não serem inúteis. Vi pela porta o homem carregar o corpo morto de Mob e tudo que sobrou ali foi uma grande poça de sangue.

-- GS VOCÊ TA MALUCO? -- Bak grita empurra Gs contra a parede. -- EM QUE MERDA DE LUGAR VOCÊ METEU A GENTE?

Gs parecia sem forças, muito estunado, nem reagiu ao que Bak falou e nem ao empurrão na parede. Poucos segundos depois Gs estava chorando despeserado.

-- É culpa minha... -- Ele diz tremendo. -- É culpa minha.

Na mesma hora a gente respira fundo, nesse momento é melhor deixar todo mundo bem pra depois ver as consequências, segurar o fardo de perder o melhor amigo por culpa sua. Milena se abaixa pra tentar consolar ele mesmo chorando horrores também. Me junto a Coringa e falo baixo pra ele.

-- Se a luz cair o que vamos fazer? -- Pergunto só pra ele ouvir enquanto o resto estava com Gs.

-- Eu não sei... -- Ele anda até a cozinha e o sigo. -- Você é mais rápida mas não quero te deixar correndo dessa pessoa.

Afirmo com a cabeça e a chuva lá fora só aumentava, o medo de cair a energia era enorme. Deixar a casa desprotegida ainda mais ele com dois andares é pedir pra ser encurralado. Coringa pega um copo de água pra Gs e voltamos pra perto da porta. Entregamos a água e Thaiga vem até a gente.

-- Se a energia cair vocês vão precisar tomar cuidado... o pessoal não vai querer que ninguém saia mas vocês vão precisar... e por favor gente tomem cuidado, por favor. -- Seu olhar era preocupado e suplicante.

Eu e Coringa ficamos lado a lado pensando, a tensão dessa chuva nos desmonta, apenas acenamos positivamente pra ela e esperamos Gs melhorar da crise de pânico.

-- Consegue explicar agora? -- Bak pergunta quando Gs se acalma e acaba de beber a água.

Ele respira fundo e se levanta, olha pra gente e seu olhar para em mim e em Coringa quando um raio corta o céu do lado de fora.

-- Fiquei sabendo dessa ilha a um tempo, aqui ocorria uma lenda local que, de noite, um encapuzado rodava a cidade e se você saisse ele te matava. -- Aparentemente ele vai resumir um pouco a história, Gs suspira. -- Pra mim isso era um tipo de marketing pra... seilá... atrair olhares curiosos pra cá, até achei estranho essa casa ser tao barata... -- Ele da uma pausa cansada. -- Ninguém vem pra cá... e eu queria caçar a lenda, ver se era real... eu sei que deveria ter vindo sozinho mas eu tinha quase certeza de que nada iria acontecer.

Ele voltou a chorar, Carol que estava ajudando ele vem na minha direção e me abraça, a adrenalina e o medo estão no meu corpo não me permitiam sentir a dor toda de perder o Mob. Ficamos nesse clima até o esperado por todos acontecer.

A luz cair.

No mesmo segundo que a luz caiu, tudo lá fora se tornou um grande breu, as janelas agora poderiam facilmente serem abertas e o andar de cima, que não tinha ninguém, estava muito desprotegido, agora temos várias entradas. Ligamos a lanterna dos celulares e ficamod apontando em volta, Carol abraçada comigo, senti seu coração bater rápido.

One Day I Will Be BackOnde histórias criam vida. Descubra agora