Harry Potter - Vitória após a Batalha

Capítulo 6

O dia amanheceu bonito. Era como se o mundo bruxo soubesse que tudo estava bem.

O céu azul, límpido; o sol brilhante no alto jogando seus raios sobre as verdes pastagens ao redor d'A Toca.

Harry acordou e percebeu estar sozinho no quarto. A cama de Rony bagunçada. Da janela pode ver o amigo junto de Hermione, sua nova namorada, executando alguma magia. Os dois gargalhavam. O brilho em seus olhos só não eram mais fortes que os brilhos do sol.

- É Leviosa, não Leviosá. - Hermione falava em meio a sorrisos. - Francamente Rony, depois de sete anos ainda não entendeu isso?

Rony sorriu.

- Eu sei. Mas gosto quando você faz isso.

Hermione sorria, admirada enquanto Rony lançou um feitiço que fez pequenas pétalas, de várias cores, dançarem ao redor deles. De alguma forma, também conjurou uma música romântica e tirou Hermione para dançar.

Eles estavam desengonçados. A garota rodopiava em seus braços.

- Então, Ronald Weasley se rendeu a um ser dançante?

- Ei! Eu danço muito bem. E tenho um ótimo gosto musical.

Agora Hermione gargalhou mais alto, uma risada gostosa. Rony a girou pelos braços e a puxou para perto de si, segurando-a firme pela cintura.

- Agora que isso está mesmo acontecendo, meu único remorso é não ter permitido acontecer antes, quando me dei conta de que estava apaixonado por você.

- Aconteceu no momento certo. Mesmo estando apaixonados um pelo outro, não estávamos prontos um para o outro. - Rony assentiu.

- Mas bem que eu gostaria de saber quando você se deu conta de que estava apaixonado por mim. - Ela sorria. Rony corou. Abaixou a cabeça e deu um sorriso de canto.

- Na verdade, eu sempre senti algo diferente por você. Quando te conheci, a detestava, não vou negar. - Os dois riram. - Depois que nos tornamos amigos, percebi o quão adorável você é e percebi outras qualidades também, mas na época eu não conseguia compreender isso, você sabe, você mesma disse que o meu emocional é equivalente à uma colher de chá.

Agora Hermione gargalhava e Rony a admirava, abobalhado.

- No quarto ano, no Baile de Inverno, foi a primeira vez que te enxerguei além da Hermione, minha amiga, minha companhia de aventuras e furadas com o Harry. - Rony corou mais uma vez. - Eu senti um ciúme absurdo ao te ver com o Krum. Senti raiva. Mas o que me perturbou foi perceber que não era o ciúme e a raiva que eu sentia ao ver a Gina com um garoto. Tentei ignorar isso, é claro que tentei. Mas eu tinha certeza, naquele momento eu enxerguei você como uma garota. Uma garota bonita, atraente. Uma garota que chamava minha atenção mais do que qualquer Veela poderia chamar.

Hermione o encarava, o rosto transbordando paixão.

- No sexto ano, quando fui envenenado, estava na ala hospitalar, delirando. Tenho alguns flashback, não consigo distinguir o que estava em minha cabeça do que estava realmente acontecendo. Lembro-me de estar sozinho. Lembro-me de desejar muito alguém. E esse alguém era você. Então, chamei o seu nome. Você não apareceu, mas era como se estivesse ali do meu lado. Na época estávamos afastados porque eu estava de namoro com a Lilá e mesmo assim você deixou o orgulho de lado e foi se encontrar comigo. Foi lá ficar comigo. Como eu disse, não sei distinguir o que era real e o que não era. Mas sei que naquele momento eu estava decididamente apaixonado por você e não iria mais esconder isso.

Hermione só conseguia sorrir, emocionada com a declaração. Rony deu-lhe um beijo na bochecha.

- Se eu pudesse voltar no tempo, convidaria você para ir ao Baile de Inverno comigo. - Hermione arqueou as sobrancelhas, esperando algo mais. - Como minha primeira e única opção, é claro. - Rony completou, sorrindo.

Ele passou sua mão direita entre os cabelos soltos de Hermione, colocando-os atrás da orelha, fitando seus olhos castanhos e pressionou seus lábios contra os dela, suavemente.

- É com você que quero dançar todas as danças, em todos os bailes, por toda a minha vida. Sempre foi você. Eu só não entendia isso. Eu te amo, Hermione Granger.

- Eu também te amo, Ronald Weasley.

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