end up here. (dahmo)

forty nine

Chaeyoung deu uma última olhada em Dahyun antes de fechar a porta do quarto de hóspedes da sua casa, que ficava no andar de baixo.

— Ela dormiu mesmo? — sentiu os braços de Mina rodearem sua cintura por trás e assentiu. — Quando nos tornamos mães dela?

— Mas olha só, conseguimos fazê-la parar de chorar e prometer falar com a Momo. Somos ótimas mães, Minari. — Chaeyoung respondeu com um sorriso, virando-se para olhar a namorada.

— Eu sempre soube que seríamos ótimas mães. — a maior deu um selinho na mais nova, fazendo ambas sorrirem. — Podemos voltar a dormir agora?

Chaeyoung não pôde evitar rir do bico que se formou nos lábios da namorada; Mina era tão adorável. As duas entrelaçam os dedos e subiram juntas as escadas até o segundo andar, onde ficava o quarto de Chaeyoung. Esta não morava numa mansão como a da namorada, sua casa era simples, porém aconchegante, uma casa média e familiar.

Os pais da mais nova tiraram férias juntos e estavam viajando. Os mesmos não viram problema em permitir que Mina ficasse fazendo companhia à sua filha enquanto estavam fora, visto que os pais da mesma também não estavam em casa; eles raramente estavam.

Enquanto os pais de Chaeyoung realmente gostavam da nora e apoiavam o namoro, os pais de Mina não gostavam nem um pouco da ideia. Por incrível que pareça, o problema para eles não era Chaeyoung ser uma garota, mas sim o fato de não ser rica.

Bem, isso não importava realmente para Mina, que preferiu não escutar os pais; estava perdidamente apaixonada pela mais nova e não a abandonaria por algo tão bobo.

— Que horas são? — Mina sussurrou sem abrir os olhos, após poucos minutos deitada na cama com a cabeça descansando no peito da namorada.

— 01:45 da manhã. — Chaeyoung respondeu após olhar o relógio a sua frente.

— Dahyun nos deve uma. — riu. Não se incomodava realmente, a garota mais nova era uma boa pessoa.

— Não fale como se já não estivéssemos visto o sol nascer nesse quarto, Minari. — Chaeyoung também riu, recebendo um tapa fraco no braço.

Lembravam-se de como se conheceram. O pai de Chaeyoung era um dos funcionários da empresa da família de Mina e resolveu levar sua filha para uma das festas da companhia. Ambas jamais esqueceriam a sensação de quando puseram os olhos uma na outra pela primeira vez ou quando trocaram as primeiras palavras; foi como se tudo mudasse a partir dali.

Trocaram números, marcaram encontros e passaram meses apenas se vendo, mantendo uma amizade baseada na falta de coragem para dar o próximo passo. Passo esse que Chaeyoung tomou na sala da casa da mais velha, quando os créditos de um filme qualquer estavam subindo.

— Minari... e-eu gosto de você. — dissera finalmente, fazendo Mina arregalar os olhos e corar violentamente. — Eu gosto de você já faz um bom tempo e-

Não pôde completar a frase, pois Mina segurou os dois lados de seu rosto e juntou seus lábios delicadamente. Não foi um beijo longo ou quente; apenas confortável, apaixonado e significativo.

— Eu também gosto de você. — a maior respondeu com um sorriso após separarem o beijo.

— Chae. — Mina chamou novamente, recebendo um "hm" como resposta. — Eu te amo.

Chaeyoung abriu um grande sorriso e olhou pra baixo, encontrando os olhos da namorada que brilhavam no meio do quarto quase completamente escuro. A abraçou forte, depositando um beijo no topo da sua cabeça. Tinham quase a mesma altura, mas a mais velha sempre gostou de deitar-se um pouco mais pra baixo, apenas para poder dormir com a cabeça no peito da outra

— Eu também te amo. Muito. — respondeu, arrancando um sorriso da namorada.

E assim a madrugada se passou com mais algumas declarações de amor sussurradas no escuro, até que finalmente caíram no sono, abraçadas como de costume.