Eu podia sentir o calor do local me queimar de dentro por fora. Meus olhos estavam fechados e eu sentia o grosso tecido por cima. O suor escorria pelo meu pescoço, minha camisa já parecia completamente encharcada. Minha boca está tão seca, minha dor de cabeça é tanta e o nível do meu enjoo é tão gigante que parece que eu participei do novo filme do "Se beber não case".
- Que... - minha garganta arranha pela secura. - Que porra de lugar quente é esse? - Ouço uma gargalhada masculina cortar o silêncio do local e minha venda é tirada. Revelando um belo homem de terno, loiro, traços grandes, pontiagudos com uma barba leve e grandes olhos azuis.
- Desculpe-me pela precariedade do local. É a única locação da minha empresa nessa cidade. - Ele fala isso soltando minhas mãos e me entregando um lenço. - E desculpe-me pela brutalidade de meus capangas, estamos tendo que tomar algumas prevenções em questão de visibilidade. Não quero minhas localidades se tornando públicas.
- Você tá zoando? Esse está sendo o melhor sequestro que eu já sofri! - Falo rindo.
- Não é seu primeiro? - Ele pergunta horrorizado.
- Eu tenho um QI de 210. Ninguém nunca na terra conseguiu isso. Obviamente eu fui sequestrada diversas vezes. Enfim, ossos do ofício. Qual o seu nome mesmo?
- Perdão, Dra.Holt. Meu nome é August Ängstlich, eu sou um grande empresário.
- Alemão. - Eu o corto e ele me oferece água, que eu prontamente aceito e bebo. - Qual é o plot da coisa. Lança logo que eu já estou tendo a ideia.
- Eu sou...
- Espera me deixa adivinhar! - Ele ri e faz que sim com a cabeça. - Você vende armas pra máfia alemã e viu a minha máquina de transporte e agora quer que eu dê ela pra você?
- Não.
- Fanático por física quântica?
- Não...?
- Admirador secreto? - eu lanço um sorriso de canto e dou risada. - Tô brincando. Eu sou sapatão.
- Eu sou o último Lebensborn nascido. - Ele diz como se tivesse ido comprar pão, caralho o cara é Nazi e acha isso suave...
- Ah mas puta merda, hein. Nazistas? Porra tava bom demais isso aqui. O que é essa água? Por que assim, eu sou uma mulher latina, gay e você está me tratando bem.
- Latinos durante anos foram nossos aliados. Aprendemos que se não pode contra eles vamos a favor. Além de que certas coisas estão fora de linha. Amor é tudo e gays estão em toda parte.
- Não convenceu. Com licença que eu estou indo embora. - Eu me levanto e sigo em direção para uma porta atrás de August.
- Ah, mas não vai mesmo. - Ele aponta uma pistola em minha direção e eu sinto meu peito ferver.
- Ah, se vou. - Eu levanto minha cabeça, sentindo meu corpo se refrescar enquanto um tecido branco se junta em minha pele. - Eu controlo essa situação. - a movimentação de minhas mãos levanta o homem do chão. - Essa, e todas as outras. A vida nasce em Vênus. - eu passo a mão em minha cabeça, sentindo o peso e o formato de uma grande coroa em minha cabeça. - Se arrependa e se junte a mim. - Meus braços estão abertos, esticados em um movimento de boas vindas.
- NUNCA! - Ele grita atirando. Eu levanto a mão parando a bala no ar.
- Insolente. - Digo o atirando através do galpão imundo. Quando ele bate na parede do local ela se quebra.
- Você não sabe nem quem é! - August fala se levantando.
- Eu sou Vênus, August. Todas as mulheres, toda a vida. Tudo está em minha mãos. O espaço, a vida e o nascimento são meus. - Minha cabeça está latejando e eu sinto tudo ao meu redor.
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The Venus fall is in Mars - Black Widdow
General Fiction"O meu grande amor foi uma heroína, a mais incrível que já existiu. Ela não soltava raios e nem era uma bruxa mística. Mas ela era a mais especial do mundo. Eu acho que já deu a hora de eu contar essa história pra vocês. Lembrando que essa história...