Capítulo 1: Por que eu não liguei?

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- Não posso dizer que é fácil dizer quando foi a primeira vez que eu a vi. - Faço uma pausa cruzando meus dedos da mão. - Provavelmente foi na televisão quando passou alguma matéria jornalística sobre seus feitos heroicos, quando ela lutava contra mal feitores. Nazistas, alienígenas e até mesmo Deuses. 

- Deuses? - Um dos gêmeos pergunta curioso, enquanto se inclina para frente.

- Eu lembro exatamente quando foi a última vez. Mas a que eu me recordo melhor foi quando nossos olhares se cruzaram pela primeira vez... 

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16 de Abril de 2015, NY.

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    Eu me esmago ao que eu tento incansavelmente ultrapassar a grande multidão louca para ver o grupo de heróis lutando contra uma invasão de robôs na Time Square. Antes do que eu pudesse desviar eu me torno um escudo para um deles, o braço metálico ao redor do meu pescoço tirava meu ar, antes que eu pudesse desmaiar eu senti um baque e meu corpo ser segurado. Olhando para a pessoa que me segurou eu vejo uma linda ruiva de olhos verdes perguntando se eu estou bem. Eu somente consigo checar o volume de seus seios bem marcados na roupa de peça única feita de malha fibrosa.
 
    E com um grande sorriso nos lábios minha visão se torna turva e tudo se escurece. Ouço um bip incansável e uma dor de garganta muito grande, juntamente de uma enxaqueca aguda. Respiro fundo e abro meus olhos, procurando saber aonde estou.

    Uma luz muito forte atinge meus olhos e eu só consigo ver a mesma ruiva de antes sentada numa cadeira na minha frente. Eu abro um sorriso, não é sempre que uma gostosa me resgata e me espera no hospital.

- Eu devo ter morrido e ido pro céu, porquê essa definitivamente é a visão do paraíso.  - Ela me olha com o cenho franzido - Me diz, é código de ética dos Vingadores acompanharem as vítimas de ataque no hospital ou foi o meu sorriso que te fez ficar? - Ela solta uma risada nasal e vem até mim.

- Quem é você? - ela pergunta me olhando confusa e com um sorriso de canto.

- S/n Holt, ao seu dispor. - Respondo estendendo a mão até ela.

- Quem você realmente é? Não é todo dia que eu vejo alguém fazer o que você fez. - Ela diz com um olhar impaciente.

- O que? Desmaiar depois de ser resgatada por uma gostosa? Achei que você já estava acostumada. Tu não tem uns 90 anos? - Ela solta uma gargalhada alta e eu a acompanho de forma nervosa.

    Sua mão entra em encontro com o meu pescoço e ela sobre em mim me imobilizando com as pernas, apontando uma arma para mim.

- Estamos flertando ou...?

- Cala a boca. Quem você realmente é? Nenhum de nós nunca vimos alguém fazer o que fez. Quem é você? - Ela aperta mais o meu pescoço e eu consigo sentir que a calcinha fina que eu utilizava já se encontrava completamente molhada.

- Primeiro, eu não sei do que você está falando. Eu literalmente desmaiei lá. E se você não soltar o meu pescoço eu juro pelos Deuses que eu não vou controlar meus atos e alguém pode sair beijado dessa situação. - Ela semicerra os olhos apertando mais ainda meu pescoço, tirando totalmente meu ar.

    Em um impulso incontrolável um gemido escapa da minha garganta e meu centro pulsa. Eu a desarmo com a mão direita, e jogo meu corpo para frente, beijando-a. Um forte tapa é deferido contra meu rosto com a mão que antes estava em meu pescoço, com um sorriso cafajeste no rosto eu massageio minha bochecha. A ruiva em minha frente me beija novamente, dessa vez invadindo minha boca com sua língua, uma dança sensual que ela comanda me inebria e me faz querer mais ainda o corpo da mulher que está comigo.

The Venus fall is in Mars - Black WiddowOnde histórias criam vida. Descubra agora