Capítulo 1 - A infância

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Quando a conexão é de almas, não há nada que impeça…

— Não corra tão rápido Bia! Não consigo te acompanhar. — Heitor diz tentando alcançar sua amiga.

— Você é muito lerdo Heitor, precisa de umas aulas comigo. — Beatriz riu.

— Mesmo com você me ensinando, não iria conseguir te acompanhar. — Heitor se senta debaixo de uma árvore e sua amiga se senta ao seu lado.

— Não se preocupe, quando eu crescer e me tornar inventora, vou inventar sapatos foguetes super rápidos para você sair na frente de todos quando estiver em corridas! — Bia diz com os olhos brilhantes e sonhadores.

Heitor e Beatriz são amigos desde que eram bebês, suas famílias sempre foram bastante próximas, fazendo com que os dois se tornassem amigos inseparáveis. Além de serem vizinhos, eles estudavam na mesma escola, estavam sempre aprontando juntos e eles sempre se protegiam, não importa o que aconteça. 

Os dois iam para a escola juntos, a mãe de Heitor passava na casa de Bia e levava os dois pequenos para as aulas, eram típicos amigos que não ficavam calados quando estavam juntos, o que levava os pais deles irem diversas vezes a escola pois eles acabavam atrapalhando as aulas com suas conversas. Os pais não achavam saudável que privasse as crianças de serem elas mesmas, de conversarem, mas eles sempre orientavam os filhos para que não atrapalhasse as aulas. Mas quando você tem mil e um assuntos para discutir com sua amiga, é meio difícil se conter, foi quando a escola tomou a decisão de separar os dois, os deixando em salas diferentes. Foi uma flechada no coração dos dois pequenos, poderiam se ver apenas no recreio, como colocariam tantos assuntos em dia com tão pouco tempo?

Foi quando eles começaram a frequentar mais a casa um do outro depois das aulas, às vezes Bia dormia na casa de Heitor e vice-versa, faziam noites do pijama cheias de doces e sonhos. 

[...]

Certo dia voltando da escola, Heitor passa em uma loja de conveniência com sua mãe e ela lhe dá um pacote de doces, no caminho de sua casa ele vai se deliciando com os doces até que acaba mordendo algo inesperado.

— Que lindo!!! Preciso mostrar para a Bia urgente! — Heitor diz admirando seu novo tesouro, ele corre até a casa de sua amiga. 

— Bia, Bia, olha o que eu encontrei no meu pacote de doces! — Heitor diz eufórico segurando um anel rosa de plástico.

— Que lindo! Ele parece ser bem valioso. — Ela diz com os olhos brilhantes ao ver o anel. 

— Sabia que eu vou dar ele pra uma pessoa muito, mas muito especial? — Heitor diz meio sem jeito. 

— Nossa, que legal! Essa pessoa deve ser muito especial pra ganhar algo tão lindo assim. — A garota diz. — E quem é essa pessoa?

— É… É… — Heitor estava extremamente vermelho e bem envergonhado, Beatriz nunca o tinha visto assim. — É pra você! — Ele abaixa a cabeça e estica seus braços em direção a sua amiga para lhe entregar o anel.

— Ahh, eu não acredito!!! Muito obrigada Heitor, eu amei. — Beatriz disse eufórica. 

— Promete que vai guardar pra sempre?

— Só se você me prometer que a gente vai ficar junto pra sempre. 

— É uma promessa! — O garoto diz estendendo seu dedo mindinho. — Promessa de dedinho!

— Promessa de dedinho! — Beatriz fez o mesmo que seu amigo e eles entrelaçaram seus dedos mindinhos, selando assim sua promessa.

Promessa de DedinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora