Prólogo

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Solto um suspiro satisfeito após terminar de ler minha coleção de livros preferida pela milésima vez. Crepúsculo tem seus defeitos, como a personagem principal, mas isso é apenas um detalhe. Nada é perfeito e é por isso que me afundo em livros de fantasia e ficção. Qualquer "lugar" é melhor que o mundo real.

Levo um pequeno susto com batidas na porta de meu quarto, me tirando de meus devaneios de adolescente descontente com a realidade da vida.

—Querida? Já está acordada? - Na verdade eu nem dormi. Mas se eu dissesse isso, ele ficaria furioso.

— Acabei de acordar pai. - ele abre a porta com um grande sorriso, não conseguindo evitar, sorrio também.

— Feliz aniversário! - Diz alongando o "o" da palavra enquanto me abraça apertado. — Nem acredito que você já tem dezoito anos, eu estou ficando velho. - Reviro os olhos o apertando forte e não resisto em rir de sua bobice. — Você precisa ter juízo, afinal, já pode ser presa. - ele diz não contendo as piadinhas.

— Velho você já estava, não me culpe. - Nos afastamos rindo um do outro. Olho suas covinhas que tive a sorte em puxar, somos muito parecidos e me orgulho disso. Se fosse parecida com minha mãe, não sei se conseguiria me olhar no espelho.

— Eu fiz um café da manhã especial 'pra você, temos torradas com queijo e suco de laranja. - Ele diz orgulhoso do feito enquanto bagunça meus cabelos.

Com sua ajuda, sento na cadeira de rodas e faço um coque no cabelo rebelde. Ele já sabendo o que eu ia pedir, começa a empurrar a cadeira.

— Espera! Pega meu celular por favor? 'Ta aí na cama. - Ele vasculha entre os cobertores procurando o celular, resmunga alguma coisa sobre "bagunça" e o encontra embaixo dos travesseiros. — Obrigada pai.

Passo as mãos nas pernas sem coragem de olhar. Meus olhos começam a arder e sinto uma enxurrada de lágrimas querendo vir a tona. Respirando fundo, afasto a vontade de chorar e agradeço por papai estar atrás e não conseguir ver.

É difícil dizer se dói mais em mim ou nele. É inútil pensar nisso, afinal, iremos sofrer com isso o resto da vida graças ao ser que me colocou no mundo.

Balanço a cabeça afastando os pensamentos ruins, é um dia feliz. Estou com a pessoa que mais amo no mundo, comendo torradas com queijo no meu aniversário de 18 anos e já sei o que pedir de presente.

—Pai, o senhor viu que abriu uma lojinha muito interessante aqui na esquina? - Não resisto em abrir um sorriso travesso.

— Eu sabia que você ia querer ir lá! - Ele levanta na cadeira e vai até a sala, voltando de lá com um pequeno embrulho na mão. —Já dei uma passada e comprei um presentinho, tomara que você goste minha princesa. - Ponho a mão em frente a boca em surpresa e pego o presente. Sacudo a caixinha de leve tentando adivinhar o que tem dentro.

Abro o pacote com curiosidade, eu amo ganhar presentes. Uma caixinha vermelha com detalhes prateados e uma dedicatória na tampa amolece meu coração.

— Com amor, papai. - Leio em voz alta e abro ansiosa, sem segurar um suspiro admirando o colar brilhante e delicado. Uma pequena pedra vermelha em uma corrente de prata. — Meu Deus pai, eu amei! Muito obrigada! - Digo emocionada com o belo presente em minha cor preferida.

— Não precisa agradecer, querida. É um presente singelo, você merece muito mais. - sorrio agradecida e estendo os braços sendo prontamente recebida com outro abraço gostoso. Meu pai tem os melhores abraços do mundo.






É mais ou menos assim que eu imagino a Gina mas vocês são livres pra imaginar ela como quiserem.

Infelizmente não achei o nome dessa moça pra pôr aqui

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Infelizmente não achei o nome dessa moça pra pôr aqui.

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