5 - Preocupação

272 55 1
                                    


Marco bateu o pé impaciente, ainda com o menor em mente. Perguntava-se cada vez mais o motivo de Luffy estar assim e principalmente, de ter levado aquela bebida. Porque ele estava naquele estado? Talvez fosse por causa da pessoa que ele disse que iria encontrar? Isso o preocupava ainda mais. Ele vivia com alguém que o maltratasse psicologicamente? Isso estava relacionado ao seu estado? Por isso ele estava tão acabado?

Com uma grande dor de cabeça de tanto pensar, acabou vasculhando a casa em busca de algo que o pudesse ajudar. Abriu o portátil um pouco lento pelo desuso com intenção de tentar achar algum contacto que pudesse ter em comum com o garoto e que pudesse lhe dar uma resposta sobre o que estava havendo com ele. Acabou encontrando dois. Um, era de Sabo, o outro, de um garoto de cabelos verdes chamado Zoro. Ligou para o segundo, seu antigo companheiro de bebida na esperança de que o número ainda fosse o mesmo.

“Alô?” – E para sua sorte, era.

- Zoro! E ai, quanto tempo!

“Marco! E aí parceiro, vamos beber?”

- Não desta vez, amigo. Tem algo que lhe quero perguntar, é sobre o irmão do Ace.

“Ah, o Luffy! Não falo com ele faz tempo, mas tô pensando em dar uma festa aqui em casa para reunir o pessoal. Você sabe, temos andado meio distantes… Ah, que saudade do grupo, nossa!”

- Se tiver bebida me convida, eu apareço – sorriu o loiro – mas antes disso. Você sabe alguma coisa sobre um tal… Torao?

“Torao? Ah, deve estar falando do Trafalgar. Ele é médico, é o marido do Luff-”

- Trafalgar? TRAFALGAR LAW? O MARIDO DELE É O LAW?

“Bom, sim… O que tem isso? ”

Marco tremeu. A notícia da morte do melhor médico cirurgião da cidade havia percorrido o hospital como uma bomba, fazendo agora o seu pânico aumentar ao perceber que ele era próximo do irmão do ex-namorado. “Quero ver o Torao. Eu preciso de ir ter com ele.” – Naquele momento, aquelas palavras fizeram todo o seu corpo ficar tenso. Está certo, Luffy podia estar a falar de um túmulo mas algo lhe dizia que não era isso. O estado dele junto com aquele olhar vazio de quem perdera tudo o que ainda tinha de importante na vida, indicavam a Marco que o menor não estava a pensar numa simples visita ao cemitério.

- Ele morreu.

“Quê?”

- O Trafalgar. Morreu…

“Ei, que brincadeira é essa, Marco? Não tira sarro comigo! ”

- Ele não vai voltar para casa – Marco mordeu o lábio. Merda!

“Do que está falando?”

- Me dê o número do Luffy!

“Quê? O que houve com o Luffy? ”

- ANDE LOGO!!

“T… Tá bom… Eu vou enviar para você. Mas vai ter de me explicar isso direito depois!”

Marco desligou deixando Zoro confuso do outro lado do celular, saiu de casa a correr e em alguns minutos, estava na porta de Sabo. Não sabia que merda tinha acontecido entre os dois para chegarem naquele ponto, nem queria saber se o outro loiro tinha intenções de resolver aquela discussão que os separou. Mas mesmo que fosse apenas para aquele momento e antes que outra vida se perdesse naquela família, Marco tinha de o chamar á razão. O Luffy precisava de ajuda, era hora de pararem de brigar…

Enquanto isso...

- O que foi? – Perguntou Sanji junto do esverdeado que encarava a tela do aparelho ainda sem reação.

- O Marco disse que o Law morreu.

- Quê? Deve ser brincadeira. Se algo de ruim tivesse acontecido, o Luffy nos contava…

- É, eu acho que sim também.

- Não se preocupe, venha logo almoçar. Podemos ligar para ele no fim para esclarecer isso e aproveitamos para convidar os dois para a festa. Que tal?

- Boa ideia. Mas só almoço se tiver você para a sobremesa.

Zoro sorriu. Sanji revirou os olhos. “Marino idiota” – murmurou sem a verdadeira intenção de o contrariar.




Antes do último suspiroOnde histórias criam vida. Descubra agora