O Floco de Neve - Yoonmin

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O barulho dos saltos batendo no chão ecoavam, calmos e frios por entre os corredores, quebrando todo o agoniante silêncio que existia por ali.

Uma porta dupla foi calmamente aberta e em uma sala com tamanho médio a atual Rainha entrou, a espera dela estava um homem alto, um dos guardas do castelo de sua maior confiança, ela sabia que ele faria o trabalho muito bem.

— chegou a hora – sentou-se a frente do homem – faça o que conversamos – entregou para ele a sua adaga embrulhada em panos – traga -me suja com o Sangue da Neve.

O homem apenas assentiu as palavras da Rainha, logo saindo do lugar a passos pesados.

O ar em volta do castelo era cortante, agoniante, o clima prévia os acontecimentos, nublado, frio, a neve se apropriava do lugar.

Yoongi estava em seu quarto, graças aos céus ele tinha o dia livre, deitado em sua cama e enrolado a vários cobertores, ele apenas observava os pequenos flocos caindo proximos a sua janela. Um deles, um pouco mais rebelde, adentrou o lugar indo até Yoongi e pousando em sua bochecha, tirando um pequeno sorriso do menino.

A Neve cuidava de si, eles eram ligados, ele ousava acreditar que a neve e ele eram um só, uma junção, uma harmonia. Sua mãe costumava dizer que ele era diferente, enquanto todos os Homens vieram do pó, Yoongi veio da Neve.

Algumas batidas são ouvidas na porta e Yoongi preguiçosamente se levanta para ir atendê-la encontrando lá o que ele chama de capachinho da Rainha.

— O que é? – Sua voz grave ecoa, consequência da puberdade.

— Vossa presença é solicitada na entrada do castelo, vista-se com suas roupas de neve e vá lá o mais rápido possível – logo saiu andando, sem ao menos deixar Yoongi questionário.

É, seus planos de descanso acabaram de ser frustrados.

Já propriamente vestido, o garoto caminhou até o local, encontrando lá um homem a sua espera, esse que ele reconheceu como um dos guardas do castelo.

— Príncipe Min! – se curvou em respeito e Yoongi deu um aceno de cabeça.

— É com você que devo falar? – deu mais alguns passos em direção ao homem.

— Sim, um treinamento de luta na neve foi proposto para o senhor e nós devemos ir – Yoongi revirou os olhos. Ele era um jovem inteligente e diria que um excelente estrategista, mas lutas... Isso não era com ele.

O garoto reconhecia que um rei deveria saber lutar, mas se considerava tão impróprio para ação. Não é que ele fosse horrível nisso, mas era um tanto quanto, desajeitado, estabanado, Preguiçoso...

— Isso é realmente necessário? – seu desânimo era claro.

— São ordens Alteza – o adolescente suspirou e seguiu o soldado para fora do castelo.

Eles caminharam por um longo tempo, a neve já estava ficando alta, o frio extremo e o vendo forte mas não paravam. As arvores altas balançavam contrastando o verde, branco e marrom escuro, seria bonito se não desse medo.

Eles pararam em um tipo de campo aberto coberto de neve, Yoongi olhou em volta percebendo que a Neblina deixava sua vista limitada e isso o deixava agoniado.

— você pode ir indo a diante – o Homem ao seu lado falou, Yoongi o regulou de cima a baixo e foi.

Um

Dois

Três

Quatro

Cinco passos e o Garoto ouviu a voz de uma lâmina e logo se virou com velocidade. O homem o encarava com a adaga em mãos.

— Por favor príncipe, não faça isso ser mais difícil – o homem veio em sua direção lhe apontando a adaga mas Yoongi desviou por pouco. Outras tentativas foram frustradas pelo garoto. O homem guardou a adaga no bolso e uma luta corporal iniciou-se

Chutes, socos, pontapés.
Yoongi estava lutando pela sua vida. Ele não iria morrer, ele não deixaria o trono pertencente a sua família na mão daquela mulher.

Ele já havia sofrido tanto, perdeu os pais tão novo, teve que lidar com um mundo terrível sozinho, ele cresceu rápido demais  não iria permitir que tudo fosse em vão, todas as suas lágrimas derramadas. Ele não iria morrer.

Ele não gostava, mas nunca disse ser ruim nas lutas. Estava conseguindo. Mas era fato o homem a sua frente era muito mais experiente que si. Ele foi ao chão, seus pés foram agarrados e seu corpo imobilizado. O barulho da lâmina preencheu todo o lugar, mais uma vez.

— NÃO! POR FAVOR NÃO! – Ele gritou e uma ventania forte passou por todo o lugar – NÃO ME DEIXE MORRER!

O homem parou seus movimentos.

— Por favor, não me mate, eu lhe imploro, não tire minha vida! – lágrimas silenciosas caíram.

O homem analisou o garoto no chão. Era o Príncipe Min, filho do rei e da Rainha Min, uma família que tanto ajudou a sua quando precisou, graças ao rei ele ainda está vivo. Respirou fundo. Ele teria tantos problemas se fizesse o que passou em sua mente.

A adaga foi guardada no cós de sua calça.

— Vá Príncipe, vá para bem longe, salve-se e quando estiver pronto venha salvar o seu povo, por que ela acabará com tudo! – o homem soltou o corpo do Garoto que se levantou, curvou se minimamente e pós se a correr com velocidade.

O guarda voltou ao castelo com um saco em mãos, lá continha o coração de um bezerro mas a Rainha não precisava saber disso.

Ele entrou pela parte de trás do lugar e foi até onde sabia que a Rainha o esperaria.

— Onde está? – ela mal havia adentrado a sala e já foi questionado.

— Está aqui minha Rainha – entregou para ela o saco onde estava o coração. E ela o comeu, alí mesmo, sem ao menos exitar, ela devorou o coração que pensava ser do Príncipe. O homem engoliu em seco, era uma cena terrível.

— Me dê – abriu as mãos e o guarda a entregou, a adaga manchada com o sangue da neve. Ela a lambeu, passou seus dedos por ela, saboreou todo o gosto da sua vitória, no jeito mais literal possível. Sua risada macabra era alta, estridente, medonha.

Deus tenha piedade de nosso povo! 

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Queria agradecer muitíssimo as minha lindíssimas amigas que me motivaram a escrever AnaSantos696697 e a Mynapad
Amo vocês babys

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