Fadas

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Olá amores! Leiam as notas finais :)

Boa leitura!



Olhei o parque ao meu redor me sentindo orgulhosa, a pequena floresta estava perfeita, era o início da primavera e as flores começavam a desabrochar, o cheiro de pólen deixava tudo mais convidativo e o som dos pequenos seres vivos me dizia que tudo estava em seu devido lugar.

Não era fácil ser responsável por esse lugar, mas eu havia sido bem treinada. Meu pai era o rei daquele lugar e minha mãe havia sido a rainha mais amada por todos, ela era linda e extremamente gentil; doce e amável. Todos diziam que eu havia puxado as melhores qualidades dela.

E vivíamos felizes até que os humanos apareceram... Muitos ainda acreditam em nós fadas, mas nós preferimos que deixem de acreditar! Quanto mais eles sabem sobre nós, menos vivemos. Foi assim que minha mãe faleceu, vivíamos em um esconderijo próximo a cidade e um humano a viu se transformar, a partir daquele momento eles nos perseguiram até encontrar nossa colônia.

Meu pai e todos os soldados lutaram, mas foi inevitável, naquele dia muitos de nós morreram e tivemos de partir, ficamos de luto por muito tempo e meu pai ainda sofria pela perda, desde aquele momento os humanos viraram nosso maior medo e inimigo, e para nós, eles eram sinônimo de destruição.

- Ei, Ella, venha aqui – Jimin me chamou e passou voando como um raio ao meu lado, sorri e abri minhas asas o seguindo, ele voou até as abelhas e passou por elas, elas zanzavam pelas flores e faziam uma dança sincronizada, ele olhou para mim e imitou uma delas, eu ri alto e ele seguiu caminho comigo em sua cola.

- Mais devagar Park, eu estou cansada – Falei alto e ele diminuiu a velocidade, mas só parou quando chegamos ao pequeno banco que havia próximo das fronteiras da colônia; fronteira que nos levava aos humanos, se corrêssemos para lá, em um raio de 200 km chegaríamos à cidade. Quase nunca íamos para lá. Eu nunca havia ido.

- Você está ficando velha – Jimin guardou suas asas e se sentou, eu fiz o mesmo.

- Ei, temos quase a mesma idade – Rebati e ele deu de ombros, Jimin era apenas um ano mais velho que eu – Acontece que eu trabalho mais.

Ele gargalhou.

- Você apenas cuida da decoração, eu sou um soldado do rei. Meu trabalho exige muito mais! – Afirmou convencido e passou a mão no uniforme azul marinho.

Jimin era o chefe da cavalaria de meu pai, ele era a fada mais forte e ágil, além de ser extremamente bonito e gentil. Ele era a perdição de quase toda a colônia e sabia disso, mas parecia não ligar. Havíamos crescido juntos e era como se fossemos destinados, as fadas acreditavam muito no amor e era algo que apreciávamos ver, o desabrochar do enamorar de alguém. Eu gostava de Jimin, mas não tinha certeza se o amava.

No mundo das fadas o amor é eterno, só se ama apenas uma vez e é para sempre.

Meu pai e todo o reino, esperava que nós nos amassemos, eu também esperava que isso acontecesse, apenas não sabia quando e como fazê-lo.

Sorri para Jimin e ele suspirou alongando o pescoço.

- O que vai fazer hoje à noite? – Perguntou despretensioso, dei de ombros.

- Dormir – Brinquei e ele rolou os olhos – Nada.

- Quer jantar comigo? – Ele se virou para mim e por um segundo eu encarei seus olhos, Jimin era realmente lindo, parecia o príncipe das história que minha mãe me contava, todas reais, os tais contos de fadas no mundo dos humanos, eram histórias antigas de nossos antepassados, quando humanos e seres místicos ainda podiam conviver em paz, antes da ganância do homem crescer e dominar o coração mais do que o próprio amor.

Os cabelos loiros, a sobrancelha cheia, o nariz pequeno e os lábios cheios. Observei cada detalhe de Jimin esperando que algo queimasse dentro de mim, mas tudo que vi fora apenas uma pequena faísca. Minha mãe havia me dito que quando eu encontrasse o meu amor, eu veria fogo, uma chama tão grande que pareceria que o mundo ao meu redor estava pegando fogo. Sempre que eu via Jimin eu esperava que isso acontecesse, mas tudo que eu via era uma faísca, soltei um muxoxo.

- Se você não quiser, está tudo bem – Ele disse compressivo e me deu um meio sorriso, eu neguei de imediato.

- Eu quero, claro! – Sorri e ele sorriu de volta, Jimin tocou minha mão e a apertou um pouco.

- Nos vemos mais tarde, então – Se colocou de pé e beijou minha testa antes de abrir suas enormes asas.

Até as asas de Jimin eram bonitas, diferentes das demais fadas homens, as dele eram maiores quase do tamanho das do rei, e brilhavam, as linhas que formavam os desenhos incertos mostravam que ele havia nascido para governar e ser líder, um dos motivos que desde o seu nascimento ele havia sido separado e treinado para ser o capitão. Jimin lutava tão bem quanto meu pai ou qualquer outro líder e criatura.

Eu mesma já o tinha visto lutar com um lobo e vencido. Esse dia havia sido um dos mais temidos por mim, eu ainda era nova e Jimin tinha acabado de completar a maior idade, estávamos fazendo um piquenique e um lobo apareceu, eu jurei que aquele era o nosso fim, mas Jimin apenas disse que eu podia ficar tranquila, a luta não durou mais que cinco minutos e Jimin saiu ileso, apenas com um pouco de suor e o cabelo fora do lugar, eu mal pude acreditar!

Fiquei mais algum tempo ali e olhei a fronteira, grandes árvores nos separavam, quem olhava do lado de lá, via uma mata densa, quase fechada, já nós que olhávamos daqui, víamos grandes árvores, mas o acesso era fácil, caminhei para um pouco mais perto e vi algo brilhar, senti meu corpo estremecer. Havia alguém ali? Em pequenos e silenciosos passos me aproximei um pouco mais olhando atentamente, por um momento me certifiquei que minhas asas estavam guardadas e que havia pó de fadas comigo.

Pó de fada era a arma mais poderosa que uma fada podia ter, ele funcionava de acordo a nossa intenção, podia ser algo adorável tanto quanto podia ser letal. Eu nunca o havia usado como meio de defesa, sempre o usava com outros animais, os fazendo voar ou ver imagens bonitas, mas já havia escutado relatos de outras fadas que já mataram com uma simples baforada de pó.

Olhei por entre as árvores e o brilho estava lá, uma pequena fagulha. O que era aquilo? Sem perceber já estava quase do outro lado da fronteira, meu corpo estava sendo atraído pelo brilho sem que eu pudesse controlar. Era como um imã. Dei mais alguns passos e ouvi uma voz, uma voz suave e depois passos, mais uma vez um calafrio e então senti uma mão grande me puxar com força pelo pulso.




NOTAS FINAIS:

Uhhul, muito obrigada a você que chegou até aqui, antes de qualquer coisa eu gostaria de saber: O que você achou? Me conte nos comentários!

Sério, essa história surgiu através de uma sugestão de uma leitora pelo insta e eu que nunca havia escrito nada parecido me arrisquei e estou amando!! Obrigada Ella pela sua sugestão e não foi a toa que dei esse nome a personagem principal!

Espero que gostem e se divirtam, muitas coisas estão para acontecer e a aventura será enorme!

Não esqueçam de dar a estrelinha e de comentar o que estão achando, esse feedback é importante para mim!

Obs: Haverá 1 post por semana, mas no decorrer você pode me acompanhar no insta bangtanimgex.





Era uma vez - O fogo Onde histórias criam vida. Descubra agora