My Angel

cap 16

Josh Beauchamp

Nos levantamos e fomos até a cozinha, tiramos as compras das sacolas e as colocamos na ilha da cozinha, realmente Any comprou muitas besteiras, como consegui ter esse corpo e comer de tudo?

Me pergunto olhando seu corpo modelado, sua cintura fina e suas coxas grossas, me perco admirando seu belo corpo, como nunca percebi isso antes?

Any é tão bonita, seu sorriso é encantador, me pergunto com ainda não namora, deveriam estar caindo ao seus pés, ela diz que está bem solteira, me pergunto como nenhum homem foi capaz de convida-la para sair, eu parei de sair com meus amigos alguns meses atrás, mas quando eu saía com eles, nenhum rapaz olhava para Any.

Any nunca teve medo de mostrar seu corpo, ela não gosta do mesmo mas não se limita de usar as roupas que gosta por medo da opinião dos outros, ela é ela mesma, sem rotulos. Fico a encarando enquanto ela guarda as compras, estamos dependentes da luz da lanterna, então onde vamos temos que levá-la conosco.

-O que acha de colocarmos os colchões na sala e dormimos aqui hoje?

Any pergunta após fechar a geladeira e guardar a ultima compra no armário.

-Igual quando éramos crianças?

Pergunto sorrindo.

-Igual quando éramos crianças.

Ela afirma e sorrio.

-Ok, vamos pegar as coisas.

Any sobe as escadas e eu a sigo, entramos no quarto de visitas e pegamos os colchões de solteiro e os levamos para o andar de baixo, subimos novamente e pegamos os travesseiros, há apenas um cobertor de solteiro disponivel, então Any ficará com o cobertor e eu ficarei com um lençol.

Descemos as escadas e vimos que a tempestade piorava no lado de fora, as árvores se mexendo freneticamente, a chuva forte junta do vento formam uma névoa dificultando a visão do lado de fora.

Afastamos a mesa de centro e colocamos os colchões no meio da sala, colocamos um lençol sobre os mesmos e colocamos os travesseiros na ponta dos colchões, estendemos o cobertor e nos sentamos sobre o mesmo.

- Isso me trás várias recordações.

Digo me deitando sobre o colchão e arrumando o travesseiro sobre minha cabeça.

-Quando éramos pequenos faziamos isso todo final de semana.

Any diz se sentando ao meu lado.

-As vezes quando pensava em acabar com tudo me lembrava de quando fazíamos essas coisas, me pegava sorrindo fitando o teto, as lembranças da nossa infância coloriam meus pensamentos e sorria sozinho em meu quarto, lembrava das coisas que eu e Noah aprontavamos quando crianças, que quebravamos as janelas da vizinhança quando jogávamos bola no quintal.

Digo e Any se deita com a cabeça em seu travesseiro a espera que continue.

-Noah sempre esperto, me puxou para a casa na árvore da vizinha ao lado e nos escondemos lá até a vizinha entrar e podermos sair, quando a barra ficou limpa corremos como se não houvesse amanhã.

Conto e Any ri.

-Vocês eram uns pestinhas, perdi várias bonecas por causa de vocês.

Any diz e sorrio.

-Noah que pensou na ideia de pegar suas bonecas e destrui-las.

Me defendo.

-Mas você foi cúmplice.

Ela diz deitando de barriga para baixo apoiando seu rosto sobre as mãos.

-Também tenho culpa.

Digo é nós dois rimos.

Um barulho estrondoso no lado de fora nos assusta, a cada minuto que passa a temperatura parece diminuir a cada minuto, Any se deita e se enrola no cobertor, eu me junto a ela me enrolando no lençol.

-Você vai dormir só com esse lençol?

Ela pergunta olhando o fino pano que me cobria.

-Oque tem?

Pergunto olhando o tecido sobre mim.

-Está frio, esse pano fino não lhe esquentará.

Ela diz pegando o tecido em mãos e sentido o quão fino ele é.

-Eu me viro.

Digo arrumando o fino pano sobre mim.

Sem aviso Any se aproxima de mim é me cobre com a coberta quentinha, ela se acomoda ao meu lado e não consigo evitar de sorrir.

-Só você mesmo.

Digo e ela sorri.

Passo por trás da mesma a trazendo para mais perto, estamos apenas com a iluminação da lanterna, ela não vai durar muito tempo, depois que nossas baterias se forem, estaremos na completa escuridão.

-É impressão minha ou a cada minuto que passa fica mais frio?

Ela pergunta se encolhendo ao meu lado.

-Sim, parece ficar mais frio a cada minuto.

Digo e a aperto em meu abraço.

Involuntariamente minha mão acaricia os cabelos de Any, a mesma se arruma e parece adormecer, fico a encarando dormir, seu rosto sereno, sua mente relaxada me faz sentir um pouco de inveja, minhas noites são turbulentas e repletas de pensamentos anti sono, queria ter a facilidade que Any tem para dormir.

Fico a observando, acariciando seus cabelos, de repente Any abraça meu tronco apertado e acomoda sua cabeça sobre meu peito.Minha mente está confusa, ela está com um ponto de interrogação em mãos e com uma cara perdida, eu e Any somos amigos desde sempre, mas depois de hoje tudo parece ficar estranho.

Fico lembrando do nosso beijo, sua boca na minha, o mundo parando em torno de nós, eu não deveria mas eu quero de novo, quero sentir seus lábios carnudos nos meus, nossas línguas guerrilhando por espaço.

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