POV ANNE
Já estou esperando Dinah sair por aquela porta já faz dez minutos… Será que ela desistiu? Não posso pensar negativo… Isso chega a ser loucura, eu achar que Dinah Jane está interessada em mim… É eu sei, é impossível, talvez ela aceitou meu convite pois não queria me chatear.
O que um mulherão daqueles vai querer comigo?
Não digo isso pela profissão dela, afinal, antes de ser famosa ela é uma pessoa normal e ela me mostrou isso… Mas de qualquer forma, não vou forçar nada, vou ficar na minha, se no final da noite acontecer algo… Eu vou ser a mulher mais sortuda do mundo.
E lá estava ela vindo em direção a minha moto, de tênis, calça jeans claro, uma blusa que deixa sua barriga de fora, um moletom por cima, cabelos levemente presos em um rabo na lateral e um batom rosa… Tão simples e tão linda.
– Oi – Tirei meu capacete.
– Oi! Como você está? – Ela me deu um abraço forte.
– Bem e você? – Entreguei o capacete dela em suas mãos.
– Muito bem! – Dinah analisava aquele capacete. – Capacete novo? Desde quando você gosta de rosa e dourado?
– Bom, você sabe que minha cor predileta é verde, mas esse capacete eu comprei para você.
– Sério? – Dinah abriu a boca em um perfeito “O”
– Sim, no final da noite você pode levar ele para sua casa… É teu, pra quando for sair de moto com a Lauren ou comigo.
– Lauren não desistiu dessa ideia de ter uma moto
– Tudo indica que não, ontem ela me chamou no whatsapp ficamos conversando sobre carros e motos, vou até levar ela aonde comprei a minha.
– Lolo não aprende, depois do acidente, se fosse eu, andaria só de bicicleta… Nada de carro ou moto! – Dinah deu uma risada, sempre amei esse bom humor dela.
– Ela ama velocidade, quando se ama isso… Não tem como largar.
– Diz isso com conhecimento de causa não é?
– Total! Agora, suba aí senhorita. – Dinah colocou o capacete e se sentou atrás de mim. – Pronta? – Hoje vou te levar a dois lugares, vamos primeiro a diversão… Fechou a viseira?
– Sim.
– Ok, então vamos! – Dinah me abraçou, envolveu minha cintura com suas mãos, eu fiquei sem reação, olhando as mãos dela na minha cintura, todas as vezes que andamos de moto, ela segurava em qualquer lugar, menos em mim… Acho que ela percebeu que eu estava olhando para suas mãos, e aos poucos foi tirando as mãos de mim. – Não, não… Deixa, eu não achei ruim. – Peguei suas mãos e envolvi na minha cintura.
Dirigi até um lugar praticamente abandonado, um galpão todo escuro.
Estacionei a moto, deixamos os capacetes ali.– Que lugar é esse? Vai me sequestrar?
– Segredo, meu Deus como é bom olhar para você e não ter que subir tanto o olhar! – Soltei uma risada. – Você tem quanto de altura?