"Passei a ver ela com outros olhos "

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POV NORMANI

Ver a pessoa que você ama, dormindo do seu lado… Não tem preço.
Minha vida é muito corrida, cada hora estou em um lugar desse mundo, fazendo minha arte, a dança. Eu gostava dos aplausos, de ser notada pelo público. Mas a parte que eu mais gostava, era quando eu olhava para plateia, ou para o lado, escondidinha no meio das cortinas, e eu via Ally, ela me olha com tanto carinho, com tanto amor! A melhor coisa do mundo era receber seu abraço depois de uma apresentação.

A vida não tem sido fácil, as pessoas falam coisas horríveis de mim, ficam indignados por eu amar uma mulher branca… Na verdade, o problema não é por ela ser mulher, e sim, por ela ser branca. Os “fãs” da Ally são extremamente intensos, ciumentos… E alguns deles, racistas.

Ally fica máster nervosa com isso tudo, mas eu finjo que não me importo, que não ligo com as besteiras que eles colocam no meu instagram, e me mandam no twitter. Não é fácil mentir, fingir que nem ligo… No fundo se eu estou sozinha eu sempre desabo a chorar, isso me fere. Apesar disso, eu amo Ally, e quero segurar a mão dela para sempre.

As pessoas mais próximas, nos dão total apoio, lembro que quando nos viram juntas, nossos amigos em comum ficaram meio sem entender, porque eu nunca dei sinal de que era bissexual, e nem Ally. E como sempre fomos grandes amigas, eles demoraram a assimilar que agora éramos um casal.

O casamento da Tay Jauregui foi lindo! Cantar aquela música olhando para Ally, foi magico… Cantar com minhas garotas, foi como voltar ao passado, quando Camila começou a cantar, eu arrepiei, minha gatinha cubana não me decepcionou, aquela voz… Parecia um gigante que tinha acordado depois de dez anos, e tinha acordado com vontade de cantar para todo mundo ouvir.

Que orgulho, orgulho da harmonia no refrão, sem mesmo termos ensaiado em conjunto. Ouvir falar sobre Fifth Harmony sempre me arrepiou, pois eu sempre soube o quão magico era nossas vozes juntas.
Em algumas entrevistas, me perguntavam porque o grupo não tentou carreira, eu nunca me importei com as perguntas, as vezes nas exposições de joias desenhadas por Lauren a perguntavam, e ela sempre falava com um carinho enorme sobre o que fomos, e o que somos.

Eu estou bastante feliz, só de lembrar Lauren e Camila dançando junto, nesses dez anos, eu, Ally e Dinah sempre nos mantemos neutras, sem ser do time Camila e nem do time Lauren, até porque nem sabemos o que realmente aconteceu com as duas, a ponto de Camila odiar Lauren… E Lauren fugir de Camila como o diabo foge da cruz.

Mas ontem as duas dançando próximas, eu até vi uma mão boba da Camila na cintura da Lauren! As duas formam um casal lindo, bem que as duas poderiam resolver seus problemas, já que fica claro que Camila ainda evita muito o contato com Lauren, e sempre é grossa com a pobre da Lauren, que no começo parecia se borrar de medo da Camila, pelo o que eu vi ontem, esse medo durou pouco, Lauren estava mais leve, mais debochada, eu até arriscaria o palpite de que Lauren estava meio afim de Camila… Mas deixa isso pra lá, tomara que no final disso tudo as duas pelo menos voltem a ser unha e carne, amigas como antes.

Ally continuava dormindo encolhidinha do meu lado, eu iria me levantar, mas, bom, vocês sabem o quanto a Ally é fofa… Dormindo a fofura dela triplica, resolvi me virar e ficar observando ela dormir… Contemplando a melhor paisagem do mundo… Minha namorada, minha melhor amiga… Meu amor. Vou lhes contar como o nosso amor surgiu, espero que estejam preparados, vou tentar resumir, mas, mesmo assim é bastante história.

DOIS ANOS ATRÁS:

Nova York continua surpreendente, depois de uma boa temporada na França, em turnê com a minha companhia de dança, abandonei a tour, e voltei para ajudar a Ally com a parte de dança do novo CD.
Eu trabalhava para ela e pra mais um monte de gente, as pessoas me perguntavam como eu conseguia sempre inovar na dança, de artistas tão diferentes. A resposta sempre foi fácil, Dinah é um ser diferente de Beyonce, que é diferente de Ally, Shakira, Britney e muitos outros… Acho que é por isso que eu sempre fui cogitada, por capitar mais do que um trabalho, capitar a alma do artista e a intenção dele em cada música. Eu amo meu trabalho! Era uma forma sutil de ficar perto de uma outra paixão, o canto, eu amo cantar… Mas não me arrependo de ter escolhido a dança ao invés da música, sempre que penso sobre isso, acho que fiz a coisa certa.

 Consequência "Camren Para Sempre "Onde histórias criam vida. Descubra agora