Capítulo 1: Onde nós estamos?

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Era um final de tarde tranquilo na faculdade. Enquanto alguns alunos descansavam em seus quartos e outros jogavam basquete na quadra do prédio, havia um pequeno grupo escondido nos fundos, entre eles Third Reich, mais conhecido como Nazi, e seu colega Brasil. O cheiro de maconha preenchia o quarto, e uma atmosfera de cumplicidade pairava no ar.

— Brasilien, confesso que uma dúvida tem me perturbado há algum tempo — disse Nazi, seu sotaque alemão carregado enquanto falava na língua comum.

Brasil, relaxado e imerso na fumaça, riu levemente. — Dependendo da pergunta, posso responder sem problemas.

— Você, por algum acaso...

Antes que Nazi pudesse completar a frase, Brasil caiu no chão, imóvel, como se tivesse sido derrubado por um peso invisível.

— Brasil?! — Nazi exclamou, alarmado, sentindo uma tontura repentina. Cambaleou, e a última coisa que viu antes de desmaiar foi o rosto apagado de Brasil, inerte no chão.

Quando Nazi abriu os olhos, sua cabeça latejava de dor. Ele estava em um ambiente diferente, uma espécie de auditório. Ao seu lado, Brasil ainda estava desacordado, murmurando palavras desconexas enquanto tentava se mexer.

— Hey... Brasil, acorde... — Nazi balançou o colega, que resistia a despertar completamente.

Um som alto e estridente, semelhante ao disparo de uma arma, ecoou pela sala, trazendo Brasil de volta à consciência. Ao redor, outros países que haviam caído na inconsciência agora começavam a acordar, confusos e desorientados.

— Mas que diabos é isso? — resmungou um deles.

— Onde estamos? — perguntou outro, com a voz carregada de inquietação.

— Acho que exagerei na bebida... — murmurou alguém do fundo.

Outro disparo ecoou, e todos voltaram seus olhares para o palco no fundo da sala. Ali, um homem alto e sorridente se destacava, sua presença magnética dominava o lugar.

— Boa noite, países do passado! — anunciou com entusiasmo. — Meu nome é ONU. No futuro, eu sou uma organização mundial encarregada de manter a paz entre as nações.

Os olhares de desconfiança que se voltaram para ONU não pareciam incomodá-lo. Ele apenas sorriu, continuando com sua apresentação, indiferente à hostilidade ao seu redor.

— Vejo muitos rostos históricos aqui. Alguns de vocês são figuras que estudei detalhadamente. Hoje, estamos aqui para discutir os eventos do futuro e rever alguns fatos históricos bem... interessantes.

O silêncio foi quebrado pela voz firme e gelada do Império Russo.

— E o que te faz pensar que vamos acreditar em você?

ONU sorriu, mas o sorriso não era acolhedor. Era afiado, calculado, um sorriso que parecia conhecer todos os segredos e falhas de seus espectadores.

— Ah, Império Russo — disse, seu tom carregado de ironia. — Eu estudei você, como todos os outros aqui. No futuro, há quem considere sua presença insuportável, mas essa não é a pauta de hoje. Estamos aqui para discutir o que está por vir. Os fatos... os futuros...

A sala mergulhou em um silêncio tenso. As próximas revelações mudariam a forma como esses países se viam e, talvez, como enfrentariam o destino que ainda estava por vir.

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