Capítulo 4: Ecos do Futuro

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O pequeno intervalo concedido pelo ser do futuro era uma pausa incomum para Reich e seus amigos, o Eixo. Sentados em um círculo improvisado, conversavam sobre tudo o que havia acontecido até aquele momento. Havia uma mistura de excitação e inquietude no ar, como se soubessem que estavam à beira de algo grandioso, mas também incerto.

- Só eu que achei o Brasil super atraente no futuro? - perguntou Bulgária, com um sorriso malicioso nos lábios, lançando um olhar para o brasileiro. Ele estava um pouco afastado, alheio à conversa, imerso em um livro, com a postura calma e pensativa. Seus músculos definidos, que cobriam seus braços chamavam a atenção, mesmo à distância.

O Japão Imperialista, sempre provocador, soltou uma risada antes de completar:

- Eu achei muito atraente aquelas tatuagens. Simplesmente ficaram lindas naquele corpo musculoso dele. - Ela passou a língua nos lábios, como se saboreasse a lembrança, e logo soltou um suspiro prolongado.

Reich, que até então tentava manter-se focado nos próximos passos, sentiu uma pontada de incômodo. Não sabia dizer ao certo o que o irritava mais: os elogios que os outros lançavam ao brasileiro ou o fato de que, por algum motivo, isso o afetava tanto. Ele desviou o olhar, lutando para manter a compostura.

Antes que a conversa pudesse seguir, uma voz conhecida e artificialmente doce interrompeu o momento. Era ONU, sempre com aquele tom de falsa gentileza, como se tudo estivesse sob seu controle.

- Muito bem, meus queridos. Vamos todos voltar aos nossos lugares. Tenho algo a mostrar para vocês. Um vislumbre do futuro. - Suas palavras flutuam pelo ambiente, carregadas de uma promessa que ninguém ali sabia se era boa ou ruim.

Os olhos de todos se voltaram para ONU, a figura que, desde o início dessa jornada estranha, os guiava com propósitos misteriosos. Reich não podia deixar de sentir um arrepio percorrendo sua espinha. O futuro que estavam prestes a testemunhar seria uma resposta ou mais um enigma? Ele sabia que, de uma forma ou de outra, nada seria o mesmo depois daquele vídeo.

Todos se ajeitaram, em silêncio, enquanto a luz do projetor começava a iluminar a sala. O som de uma música distante ecoou pelas paredes, anunciando que o futuro, como sempre, estava mais próximo do que gostariam de admitir.

"O escritório estava envolto em uma penumbra desconfortável, com a luz do abajur oscilando sobre a mesa de mogno. Um homem de cabelos curtos e escuros, com olhos vermelhos escarlate, estava sentado atrás da imponente mesa. A sua expressão carregava o peso dos anos, mesmo que ainda aparentasse ter cerca de trinta. Ele suspirou pesadamente antes de abrir a boca.

— Puta que me pariu! Vocês são inúteis! — A voz grave e cansada ressoou pela sala, tingida com um forte sotaque alemão.

Os soldados, encolhidos, trocavam olhares nervosos. Um deles gaguejou, tentando manter a compostura.

S-Senhor, devemos chamar o senhor Brasil?

Third Reich, o homem atrás da mesa, ergueu o olhar com desdém, franzindo a testa ao ouvir a sugestão. Seus olhos vermelhos brilharam com irritação, mas também com uma pitada de algo mais profundo — talvez exaustão.

— Por que vocês querem incomodar o meu amado Brasilien? — Ele bufou, apoiando-se na cadeira. — Ele está ocupado demais cuidando de uma nação para se preocupar com uma guerra idiota.

O silêncio que se seguiu foi quebrado por uma batida na porta. Os soldados, ainda tensos, se afastaram instintivamente da mesa. Third Reich fez um gesto com a mão, concedendo permissão para que o visitante entrasse.

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⏰ Última atualização: Oct 09 ⏰

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