Quando o amante quer ser algo mais.

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Que horas vai chegar hoje, amor?

— Eu ainda não sei, Shinhye... — batucou os dedos longos em sua mesa, olhando as horas no monitor. — Não me espere para o jantar.

De novo isso, Tae... A gente quase não se vê mais.

Do outro lado da linha, a Kim tinha seu coração em mãos.

A pequena Nari lhe olhava com os orbes miúdos e pretos, brilhando em uma manipulação emocional que seu pai não poderia ver. Porque se visse, cairia aos seus pezinhos sem mais nem menos.

Era uma pena ele não estar ali, pois ela sentia sua falta, assim como a mãe.

— Eu sei, eu sei. — suspirou, massageando as têmporas e fechando os olhos com força. Estava fazendo tudo errado. — Mas o trabalho está me sugando, Shin e eu preciso dar uma vida melhor a vocês duas.

Tá... — era sempre a mesma desculpa. — Vê se não demora muito, tá bom? Nós estamos com saudades. — ouviu ela suspirar. — Eu principalmente.

Já sabia o que ela queria dizer com aquilo e isso lhe causou um nó no estômago, pois não poderia dizer o mesmo.

Taehyung soprou um riso incrédulo, encerrando a chamada.

💭

Jeongguk contava os minutos para poder sair daquela aula tediosa e correr para seu apartamento, a ansiedade lhe subindo como uma batata enorme pela garganta.

Olhou seu celular de relance, checando as horas e procurando algo nas notificações, porém, nada. Ele com certeza estava ocupado e dificilmente o mais velho falava consigo quando estava no trabalho ou em casa.

O fim das aulas chegou e o moreno agradeceu mentalmente, guardando seus pertences e se levantando em seguida. Só queria sua casa, sua cama e ele.

— Ei, Jeongguk!

Parou seus passos na porta, sendo empurrado por uma garota que saiu bem mais apressada que si. Olhou para trás e viu Dongyeon vindo em sua direção. O rosto marcado pela mola do caderno.

— Rápido, rápido. — apressou o amigo. — O que foi? — perguntou quando ele chegou perto o suficiente para seguirem pela saída da faculdade.

— Anotou alguma coisa dessa aula chata? Eu acabei... — foi interrompido por um bocejo, então, balançou a cabeça para se manter acordado. — Dormindo a aula inteira

— Se fodeu, eu não anotei porcaria nenhuma.

— Sério? Você sempre anota.

— Relaxa, não tinha nada de importante. Pelo menos, pra mim. — deu de ombros.

— Tsc...

Os dois seguiram em silêncio até o estacionamento e se despediram ao chegarem em suas respectivas vagas. Jeongguk montou em sua bicicleta e acenou para o amigo quando seus caminhos se dividiram.

Moravam não muito longe da faculdade e era mais econômico ir de bicicleta. O ruim era quando chovia, pois tinham que correr para pegar a condução lotada.

Jeongguk odiava e Dongyeon muito mais.

💭

Já se passavam das 21h quando ouviu o barulho que sua porta fazia ao ser destrancada. E por saber de quem se tratava, Jeongguk apenas saiu correndo do quarto, sorrindo de orelha a orelha ao ver Taehyung abrir os braços para si e sorrir também.

Se jogou no colo do mais velho, pouco se importando com o seu peso. Sentir os braços dele envolta de sua cintura, lhe apertando forte como se não se vissem há tempos, era revigorante para seu coração apaixonado.

algo mais - taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora