Rio de janeiro|Brasil|25 de abril de 2021|
Quinta-Feira|7:00 AMDepois de tantas horas sem dormir consigo curtas mas milagrosas oitos horas de sono, eu praticamente não saio do hospital, eles precisam de mim 23hrs horas por dia, isso deixa a minha vida extremamente corrida e é oque eu gosto, essa correria de estar em um hopital na emergência cuidando sempre tudo, lidando com vários pacientes alguns quase beirando a morte, a vida é a coisa que eu mais prezo nesse mundo, e é um enorme prazer tirar esses pacientes da quase morte. É isso que eu amo.
Levanto da cama quase lutando com ela que estava quase me puxando pra deitar de novo, caminho praticamente caindo pro banheiro, as minhas curtas 8 horas foram embora e já está na hora de voltar, confesso que queria mais tempo pra mim, talvez caminhar ou até ir a uma academia, tento ser o mais saudável possível, não sou uma sedentária mas também não sou uma grande mulher saudável, minha alimentação nao é tão restritiva mas com certeza é mais saudável do que a de muita gente.
Começo a tomar um banho morno decido lavar meu cabelo que estava um horror. separo uma roupa confortável e um tênis, me visto, seco o cabelo, faço uma mini maquiagem bem básica porque depois de 48hrs sem dormir minhas olheiras estavam no joelho. Pego todas as minhas coisas e saio de casa.
- Bom dia seu Benjamin - sorrio para o senhor fofo e gentil do meu prédio.
- Bom dia senhorita, saindo pra trabalhar de novo? você não descansa mesmo, está muito bonita nesta manhã - sorrio pra ela.
- Ah obrigada, são seu olhos, e sabe é aquilo oque dizem "mente vazia oficina do diabo" então vamos trabalhar, tchau senhor Benjamin - sorrio e me dirijo até o estacionamento, entro em meu carro o começo o meu caminho até o hospital, depois de um tempinho chego lá, estaciono como sempre na mesma vaga, tenho a sensação de que ela é reservada para mim, iludida? eu? nunca, estaciono e entro no hospital cumprimentando a todos.
- Bom dia Clara - digo sorrindo assim que a vejo na recepção do hospital.
- Bom dia senhorita Luna, dormiu bem? - ela sorri de volta.
- Sim, foram as oito horas mais calmas da minha semana
- Eu imagino amiga, mas então temos uma grande emergência hoje no setor infantil - ela diz pegando em meu braço.
- Qual é? acidente de carro? - pergunto curiosa e levemente preocupada, crianças sao muito sensíveis de lidar.
- Não, aguarde e verá - ela diz sorrindo e me assusta um pouco, chegamos até a aonde a criança está.
- Tia, não, eu nao vou, isso dói - vejo uma meninha olhando com medo pra seringa na mao de any.
- Ah emergência é pra salvar a any ou a criança? - sussurro para clara segurando o riso.
- A titia nao vai te machucar amor - any diz tentando acalmar a criança que só fica mais nervosa.
- Definitivamente a criança - ela sussurra de volta rindo baixo.