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Cinco anos se passaram desde tudo isso, hoje sou a quarta melhor super-heróina do Japão, atrás de Deku, Bakugou e Todoroki, como primeiro, segundo e terceiro lugar respectivamente. Meu nome de super-herói é Levitation.

Desde que me formei, viajei por todo Japão e por vários países vizinhos, nesse tempo consegui ajudar muita gente e aprender muita coisa. Agora finalmente estou voltando para a U.A depois de todos esses anos, mal vejo a hora de ver todos, ou pelo menos a maioria da antiga classe 1-A; a última vez que vi toda a classe reunida foi na formatura e na famosa Final Battle, onde finalmente vencemos All for One e a União de Vilões.

Foi difícil, perdi uma das pessoas que mais se importava comigo no mundo, Gran Torino. Apesar de todas as perdas, atualmente estamos numa das melhores épocas da sociedade de heróis - embora o crime nunca descanse. Todos se tornaram ótimos heróis.

─ Lar doce lar. - estava parada em frente da porta do meu novo apartamento na U.A, era igualzinho eu havia pedido. Eu iria começar a lecionar na U.A esse ano, estava realmente animada. Iria fazer o mesmo trabalho que All Might fazia conosco, auxiliando em testes práticos.

Fazia muito tempo que não via a cidade e hoje estava excepcionalmente animada para lutar contra alguns criminosos.

Peguei meu uniforme de super-herói, um macacão colado com um tênis plataforma que me deixava um pouco mais alta, usava um suporte no pescoço, tudo era customizado em tons azul, verde e amarelo com o famoso logo "Levitation" escrito em algumas partes do uniforme; deixei meu cabelo solto. Me vesti rapidamente e sai para andar, estava sentindo que algo interessante iria acontecer.

Tirei algumas fotos na rua com alguns fãs e dei alguns autógrafos. Gosto de ver os olhinhos das meninas brilhando quando olham para mim. Eu virei heroína para representar aqueles que são considerados fracos pela sociedade e mostrar a força desses, e, honestamente, estou indo muito bem.

Depois de alguns minutos andando ouço um barulho alto vindo da parte residencial da cidade, corro rapidamente para o lugar, o barulho vem do meio de algumas casas, em específico num beco, havia policiais e muito barulho de tiros, nenhum herói na área. A situação perfeita.

Repentinamente o silêncio toma conta do lugar, os policiais estavam... Caídos no chão? Me aproximo um pouco mais quando vejo, no meio da falta de luz do beco, um polvo gigante, uma mistura de humano e polvo para falar a verdade, tinha vários braços (ou seriam pernas?) e era laranja. Ele estava soltando alguma um gás escuro que só piorava a visão, parecido com aquilo que os polvos soltam.

Aparentemente fazia todos aqueles que respirassem esse ar caírem desmaiados no chão, digo após checar os batimentos de um policial caído no chão.

─ HAHAHA! Vocês não são nada contra mim! - alguém fala, quase que gritando, do meio do beco. Espreitando os olhos consigo ver mais claramente, ele estava segurando um policial desmaiado em seus braços, o apertando.

Isso seria um pouco complicado, pois não conseguia saber exatamente quantos braços esse polvo tinha e ele estava totalmente descontrolado. Além de não saber a situação que gerou tudo isso - e não ter alguém para perguntar, já que estão todos desmaiados.

Me abaixo para trás de um dos carros da polícia para que ele não me veja, tenho certeza que ele só vai surtar mais e não é uma boa escolha quando ele está com um refém.

Estou sentada no chão quando vejo uma figura preta pulando entre os prédios de um jeito que eu conheço bem. A fita branca e os cabelos negros voando para trás. Um uniforme que eu reconheceria não importa o quão longe estivesse. É ele. Aizawa. Eu congelo por um segundo.

Ele parece mais velho, mais cansado, mas continua com o mesmo porte de sempre - talvez um pouco mais musculoso.

─ Tsk, te encontrar logo agora. - digo baixinho enquanto me seguro para não abrir um sorriso.

Em cima do telhado de uma pequena casa, Aizawa parece observar a situação. Quando seu olhar encontra o meu sinto uma pontada no peito.

Acho que são gases.

Ele me observa por alguns segundos, estava disposta a o encarar de volta porém o homem-polvo soltou um rugido alto, estava carregado para soltar sua individualidade de novo. Me pergunto se ele não está drogado, suas ações são de alguém que não tem o menor controle em si próprio... Mas é um vilão, afinal.

─ Certo. - me levanto lentamente tentando não fazer muito barulho, quebrando o contato com o moreno. - Não posso ficar esperando por Aizawa vir salvar o dia. - solto para mim mesma enquanto me aproximo em frente ao beco.

A individualidade desse criminoso é bem forte, basta respirar um pouco desse gás que você desmaia. Sorte minha. O problema de fato aqui é as suas várias pernas (ou seriam braços?) que grudam assim que encostam em alguém. Tenho que dar apenas um golpe nele, antes que ele me pegue.

─ Bem... - viro minha cabeça para os lados, entralando meu pescoço. - Vamos nessa. - dou o primeiro passo e entro na área com gás.

Aizawa SenseiOnde histórias criam vida. Descubra agora