CAP 5 - Delícia de colírio

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Fernando



Desde que voltei pro Brasil, estava à procura de sossegar meu pau. Já comi mulher demais nessa vida e mesmo depois de um relacionamento estável, meu objetivo era apenas um; terminar a faculdade. Tudo bem que o fato de eu e meu pai não nos darmos bem deu um empurrão pra que eu voltasse mais rápido, mas também queria fugir de todos os problemas que aquela maldita Inglaterra me trouxe. Morar com a minha mãe é ótimo. Ela é uma mulher delicada, amável e me apoia em tudo que eu faço, inclusive as cagadas. Essa é a vantagem de ser filho único.

Agora meu foco está nessa monografia. Meu pai querendo me foder, se recusa a me dar a vice presidência da empresa. Ele havia me prometido para quando eu terminasse a faculdade, mas como dei umas mancadas lá em Londres ele me tirou da empresa e quer que eu me forme no Brasil. Também teve a brilhante ideia de pedir para um amigo, um tal de Sérgio Motta, rico pra cacete, pra arranjar um emprego para mim enquanto eu termino meu curso. Agora vou trabalhar no departamento de recursos humanos fazendo sei lá o que, já que meu curso é marketing.

—*—

Assim que chego no meu primeiro dia de trabalho, vou procurar minha "chefe"; uma tal de Maria Júlia. To pensando que é uma velha, com óculos armação anos 70, roupa xadrez e cabelo cheio de laquê, mas não, pelo contrário. Minha chefe é uma novinha, gostosa pra cacete! Psicóloga. Deve conseguir interpretar todo o meu tesão por ela. Já a imaginei em cima do meu pau e eu chupando aqueles seios maravilhosos. Mas to fora de confusão. Chega de zona na minha vida. Preciso procurar uma mulher hoje à noite sem falta, pensei olhando pra ela.

Júlia sempre se mostrou séria, mas muito educada, centrada, competente e sabe explicar as coisas direitinho, no entanto vira e mexe imaginava diversas obscenidades com ela. Júlia era muito fechada. Não falava sobre sua vida fora da empresa. Só sabia que era casada por causa do bracelete dourado que ela tinha no dedo. Seu marido era um puta sortudo e devia comer ela todo dia. Viajaram e tudo.

Mas eu, com esse meu jeito maroto e atrevido sempre dou umas pitadinhas nas nossas conversas. Às vezes, ela não demonstra nada, mas outras vezes percebia seu desconforto a ponto de fazê-la arfar. Ficava vermelha e quente. É loucura da minha cabeça, mas queria muito foder a Júlia. Sei que nunca me daria chance, contudo, sonhar no banheiro lá de casa é minha escapatória.

Mas ontem tudo se encaminhou para o que eu mais queria.

Quando eu estava indo pra faculdade só pra entregar a última parte da minha monografia lembrei que deixara o pen drive na empresa. Sorte conhecer o segurança do prédio, que liberou minha entrada. Mas para minha bela surpresa, vejo a Júlia sentadinha lá no fundo, meio assustada olhando na minha direção. Ela estava meio apavorada. E ouvindo Radiohead! Pirei mais ainda. Ela deve estar pagando hora da viajem que fez com o marido. Júlia já estava indo embora e descemos juntos no elevador. Ela estava muito séria, o que me deixou desconfortável. Eu queria tanto empurrar ela, beijar aquela boca maravilhosa, mas ela abaixou a cabeça meio se encolhendo. Na hora pensei "Deve ser viajem da minha cabeça, nunca rolaria nada".

Mas o restante dos acontecimentos me fizeram ver o quanto eu estava enganado. Ela me queria tanto quanto eu a ela. Nos éramos uma corrente de eletricidade que daria curto mais cedo ou mais tarde. Seu carro deu pau e eu fui leva-la em casa. Seus comentários sobre seu casamento mostraram claramente o quanto ela estava infeliz. Ela vestia uma capa de durona, mas estava extremamente carente. Era quase palpável o quanto ela queria ser tocada. Porra! Segunda lua de mel com oito meses de casada! Ta de brincadeira. Quando vi estava em cima dela, beijando loucamente aqueles lábios macios que desejei por tantos meses. Ela tomou a iniciativa e fomos pra casa dela, onde tive a melhor noite de sexo da minha vida! Ela é incrível! Fogosa, no ponto. Eu ficaria com ela a noite toda. Queria ela dormindo nos meus braços, queria sentir aquele perfume e me perder naqueles cabelos. Mas ela não me quer. Quer resolver sua vida, seu casamento falido. Que porra de marido é esse que deixa uma mulher como a Julia escapar?

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