1 - Running Away

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* Los Angeles - Califórnia *

Lauren POV

A única coisa que existia em volta de mim era a escuridão, com certeza por conta do saco preto que foi colocado na minha cabeça, mas eu sabia muito bem pra onde estava indo e pra quem estavam me levando. Eu me debatia e tentava me soltar, mas era inútil, as cordas nos meus pulsos e pernas eram apertadas demais, então apenas esperei. Depois de quase uma hora percebi que o carro tinha parado, ouvi uma porta abrindo, depois mais outra, e então uma mão agarrou forte meu braço me puxando pra fora, me empurrou fazendo com que desse alguns passos cambaleantes e finalmente me chocar com o chão, batendo com o rosto no mesmo. Pude sentir o gosto metálico do sangue na minha boca. Logo senti os fortes braços me erguerem novamente e fui arremessada sobre algo macio, e então se deu a luz! Quando finalmente tiraram o saco preto da minha cabeça pude ter certeza de onde eu estava.

Aquele sofá onde tantas vezes me joguei depois de chegar da aula, onde jogava vídeo game com Chris e assistia filmes com Taylor, onde eu sentava com minha mãe pra ler novos livros, onde eu tinha dado meu primeiro beijo... O sofá da grande sala da mansão dos Jauregui. Na minha frente, sentado em uma poltrona e com um charuto cubano na boca estava ele, Michael, também conhecido como meu pai. O sorriso triunfante no seu rosto me dava náuseas. Ao seu lado, seus dois guarda costas de confiança e em cima da mesa a caixa de charutos e sua Glock.

Michael - Você realmente achou que iria me virar as costas e ia ficar por isso mesmo? - ele se levantou e veio até mim, se inclinando levemente para que seu rosto ficasse apenas poucos centímetros do meu - Você me pertence, e da mesma forma como eu te dei a vida, posso tirar. Se quiser continuar viva, vai fazer exatamente o que eu mando! - Meus olhos ardiam, eu queria chorar de ódio, queria gritar, queria matar aquele homem, mas tudo o que eu pude fazer foi reunir minhas forças e cuspir na sua cara.

- EU NUNCA VOU SER SUA MICHAEL! EU PREFIRO MORRER DO QUE CEDER AS SUAS VONTADES!

Ele sorriu, e aquele sorriso fez gelar minha espinha e arrepiar cada fio de cabelo do meu corpo. Ele levou a mão ao bolso, tirou um lenço e se limpou, em seguida fez um sinal com as mãos pra alguém atrás dele. Em questão de segundos eu não conseguia mais respirar. Um de seus brutamontes acertou um soco em minha barriga que fez meu corpo arquear e pender pro lado e antes que eu sequer tentasse respirar novamente ou fazer qualquer outra coisa, senti outros socos, no rosto, nas costas e na barriga, eu comecei a ver tudo rodando, e antes de apagar completamente pude ouvir as últimas palavras de Michael pra mim.

Michael - Vou te dar mais essa noite pra pensar, amanhã seu prazo acaba, e se continuar me desobedecendo, vai se encontrar com sua querida mãezinha...

[...]

Minha garganta estava seca, ardia, era difícil respirar. Minha cabeça e meu corpo doíam, eu tentava abrir meus olhos mas era impossível. Eu sentia os nós ainda apertando meus pulsos e minhas pernas, abaixo de mim uma superfície fria e dura. Tentei gritar por ajuda, mas o grunhido que saiu por meus lábios apenas serviu pra aumentar a dor em minha garganta. Eu tentei chorar, mas nem lágrimas saíram... Era meu fim! Ouvi um barulho de cadeado, então o som de uma grade sendo aberta e alguém se jogando ao meu lado e me sacudindo de leve. "Laur!", sim, essa sou eu! Eu não consegui identificar quem estava falando, meus olhos se abriram minimamente, mas tudo estava embaçado. Com dificuldade consegui gaguejar a única coisa que me importava naquele momento "a-agua, p-por f-favor". A pessoa se levantou, e logo que percebi sua presença novamente algo tocou meus lábios... Água! Aquele líquido divino invadiu meu corpo, eu sentia alívio, me engasguei algumas vezes mas não me importava, aquilo me fez sentir viva de novo. "Toma, engole isso", a voz disse novamente colocando algo na minha boca, acho que um comprimido. Mais agua. Eu não tinha escolha, eu não tinha forças pra cuspir, então apenas engoli o que quer que seja e deixei meu corpo pender novamente, deixando vir aquela escuridão com a qual eu estava quase me acostumando...

Revenge Against Blood  (Camren | G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora