Depois do fiasco do banho (que eu demorei mais do que deveria) resolvi nem puxar papo com Sehun. Quando todo mundo ficou arrumado – Luna fez minha maquiagem de novo –, entramos na Lamborghini vermelha (sente só!) e fomos para a festa. Eu não me importaria de ir à pé, afinal a casa da Amber ficava a quatro quarteirões dali, mas Tao insistiu e bateu o pé que queria "uma entrada digna para o aniversariante". Ah, mas esse menino tá me provocando.
Chegamos ao local em dois minutos. Bati no portão e Amber atendeu, abrindo só um pequeno espaço pra passarmos e para que sua pastora belga, Buttercup, não fosse para a rua. Ainda faltava uma hora para o início da festa, então, enquanto o resto do pessoal não chegava, ficamos jogando Just Dance. Fiquei em segundo lugar e o Jongin em primeiro, é óbvio.
Quando eram mais ou menos nove da noite as pessoas começaram a chegar, algumas traziam até presentes! Se eu já estava puto com Tao, imagina quando vi SeungHye passar pela porta e dar um abraço em Sehun enquanto esganiçava um "Feliz aniversário!". Sério, não tinha como ficar pior.
Mas ficou.
A música já soava alta dentro da casa. Amber e Krystal (o apelido daquele rolo da Amb) preparavam as bebidas na cozinha e o pessoal dançava no espaço da sala. Eu, Luna e Jongin dançávamos juntos, já tínhamos até bebido alguns copos e estávamos meio altos.
-You can be my new thang! Pã pã pã pãrã... - tá, talvez estivéssemos bem altos.
À meia-noite Sehun pegou o microfone do karaokê, ligando aquilo para poder ser ouvido por todos.
-Primeiro de tudo, eu... Queria agradecer a todos que vieram ao meu aniversário e também aos meus amigos que organizaram tudo, principalmente obrigado à Amber, que cedeu a casa dela. Te devo uma, Amb! – ele deu uma piscadela na direção da mesma.
-Hora do Parabéns! – Minho gritou da cozinha, logo aparecendo com InHwan na sala, os dois carregando um bolo enorme de chocolate, onde tinham duas velas com os números 1 e 8. Todo mundo começou a cantar/gritar e a bater palmas, Sehun soprou as velinhas e o bolo foi repartido e distribuído. Comi quatro pedaços sem culpa.
-Calma gente, ainda tem mais uma coisa – SeungHye pegou o microfone e subiu na cadeira. Mas que merda essa vagabunda ia aprontar? – A homenagem do Luhan.
Espera, o quê?
Foi então que eu vi. Na mão dela. Meu trabalho de Sociologia.
Gelei.
"Oh Sehun é muito mais do que eu imaginava. Eu o via como alguém meio fechado, que só se abria, mesmo que minimamente, com seus amigos mais próximos; mas é que, na verdade, ele é apenas alguém incompreendido, que tem um pouco de vergonha de interagir.
Ele devia sorrir mais, sempre digo isso a ele. Devia não ter vergonha dos seus gostos tão peculiares. Nesse trabalho eu acabei descobrindo que Sehun é uma pessoa maravilhosa; ele é engraçado e vê o mundo à sua maneira, algo que o torna único.
Claro, ele tem seus defeitos, mas quando você o conhece verdadeiramente todos eles são esquecidos, pois são ofuscados por tantas qualidades. É por isso que, para mim, Sehun é uma pessoa tão especial."
O silêncio que se seguiu depois foi total. SeungHye sorriu de canto e me olhou, como todos estavam fazendo. Cerrei os punhos e senti meus olhos arderem, mas segurei as lágrimas, pois não iria chorar na frente daquelas pessoas.
De repente alguém pousou a mão em meu ombro. Era Luna.
-Luhan... – não respondi, apenas me virei e fui andando para fora daquela casa.
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As Desvantagens de Ser Eu
RandomComo consegui cometer a burrice de me apaixonar por Oh Sehun? Ele é um babaca, mas é bem gostosinho. Conquistá-lo não vai ser nada fácil nesse rio cheio de piranhas, ainda mais para um homem como eu. Me desejem sorte, pois eu vou precisar.