29 Mourning?

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POV Selena






Pego a bacia com pipoca dentro quentinha, caminho até a sala aonde meus pais estão e me sento no meio deles no sofá. Sorrio ao ver que o nosso filme favorito começou e começamos a comer a deliciosa pipoca, enquanto fazemos comentários em algumas cenas divertidas. Meu pai resmunga alto quando chega o intervalo e minha mãe cruza os braços insatisfeita também, me arrancando uma risada nada discreta, mas ela cessa ao ver uma coisa interessante passando na tevê no jornal de dois minutos que sempre passa em casa intervalo. Um casal que eu lembro bem a fisionomia e que está fazendo meu coração acelerar sem parar.







- Madelyn e Josh...- murmuro ao recordar os nomes dos tios de Demétria.

- Você os conhece, filha? - papai me questiona confuso diante da minha surpresa.

- São os tios que abusaram da Demi. - conto fazendo meus pais enrijecerem no sofá.

- Bem... Para o céu eles não vão! - mamãe constata encarando a faixa do jornal a qual informa que o casal foi encontrado morto em uma pousada praticamente abandonada fora da cidade - O que...? Aonde vai, meu amor?

- Preciso falar com a Demi. - corro para fora da sala, subindo a escada rapidamente e adentrando meu quarto a procura do meu celular.







Quando o acho, rapidamente entro na lista de contatos e procuro o dela, respirando fundo antes de clicar em cima e levar a orelha. Ele toca por alguns bons segundos, me fazendo quase roer as unhas em nervosismo e paraliso ao escutar uma fungada na linha antes de ouvir um "Oi" tímido vindo dela.






- Você soube? - pergunto baixo com medo da sua reação e ela afirma com um som nasal - E como você está?

- Foi por culpa minha, não foi? - questiona com sua voz embargada fazendo meu peito se apertar.

- Claro que não, amor. - nego convicta para que ela acredite em mim - Eles tiveram o destino que mereceram... Pelo menos eu acho.

- Selly... Você pode dormir aqui comigo? - pede envergonhada pelo tom da sua voz e eu suspiro vendo que já são 20:30 da noite - Eu peço o Adam para te buscar.

- Vou avisar meus pais e já já chego aí, vida. - ela agradece e eu desligo já começando a arrumar minha bolsa - MÃE? PAI? VOU PASSAR A NOITE NA CASA DA DEMI, OKAY?

- OKAY! - papai grita de volta e eu escuto um barulho de tapa - AI, MULHER!

- NÃO GOSTO DE GENTE QUE FICA GRITANDO! - resmunga gritando fazendo não só meu pai, mas como eu também rir.






Nego terminando de pegar tudo o que vou precisar, jogo meu celular e meu carregador na bolsa, não deixando minha carteira para trás. Coloco uma roupa de frio confortável e nada chamativa, saio do meu quarto e desço a escada rapidamente encontrando meus velhos no sofá vendo o filme enuqnato comem o restante da pipoca.






- Desculpa deixar vocês assim... Demi está precisando de mim. - explico em um suspiro e mamãe sorri vindo até mim, segurando meu rosto e beijando minha testa com carinho.

- Está tudo bem, meu amor. - sorri acariciando meus braços e meu pai concorda com ela - Se cuida e se comporte também, pelo amor de Deus!

- Eu sei. - sorrio já sabendo que a preocupação dela seja que por um acontecimento inoportuno eu acabe aborrecendo dona Dianna e de raiva ela demita minha mãe do seu emprego - Boa noite, eu amo vocês!

- Nós também te amamos. - meu pai vem até mim e me dá um leve abraça e um bagunçar de cabelo - Minha pernilonguinha.

- Ai, pai! - resmungo o empurrando de leve e isso faz ele rir enquanto minha mãe nega sorrindo - Beijos!

- Oh! Se comporte e escove os dentes antes de dormir... Não esqueça de tomar água e comer direitinho. - pede acariciando meus ombros.

- Ela sabe se cuidar, Amanda! - papai implica fazendo mamãe suspirar quase derrotada enquanto eu sorrio feito boba.

- Eu só me preocupo com a minha filha, Ricardo. Você é pai, não a ama da mesma forma que eu a amo! - se explica com um pequeno bico nos lábios me fazendo rir desmanchando ele com um selinho.

- Eu vou me cuidar, amo vocês! - sorrio saindo de casa e esperando o motorista dos pais da Demi chegar.







Assim que o carro cinza escuro para em frente a calçada aonde estou, o homem loiro desce e rapidamente da a volta abrindo a porta do carro para mim. Adentro no banco de trás e deposito minha bolsa do meu lado pegando meu celular e vendo algumas notificações bobas, começo a jogar um joguinho qualquer para me distrair e bons minutos depois, chegamos a mansão enorme a qual ainda me deixa surpresa. O motorista para em frente a porta principal da casa branca iluminada por várias luzes levemente amareladas para dar um ar até que elegante em toda casa, só Deus sabe o que é conseguir chegar na entrada após ter que atravessar todo o jardim extenso.








- Obrigada, boa noite! - desejo ao homem que assente retribuindo e eu adentro a casa de forma tímida, mas relaxo ao ver minha pequena descendo a escada enquanto eu ainda estou no hall da entrada.







Sem demandas, sinto o corpo frágil e quentinho da minha garota se chocar contra os meus, envolvo meus braços ao redor dela e cheiro seus cabelos sedosos, bem cuidados. Sorrio dando um cheirinho em seu pescoço a fazendo sentir cosquinhas e se afastar levemente rindo.







- Tudo bem? - pergunto colocando uma mecha do seu cabelo atrás da sua orelha.

- Na medida do possível... Mas estou melhor agora. - sorri tímida. Olhando assim, nem parece aquela garota de atitude que me fodeu na bancada da sua cozinha - E você? Já jantou?

- Estou bem. Sim, eu já jantei. - sorrio pegando minha mochila e acompanhando ela que vai em direção a grande escada - E seus pais?

- Estão conversando no escritório a um bom tempo... Sobre, o acontecimento. - conta caminhando no corredor me tendo em seu encalço, para logo depois entrar no cômodo bem cuidado - O que quer fazer? Ver filme?

- Eu quero poder cuidar da minha princesa. - a puxo para mais perto voltando a deixar minha mochila de lado.

- Pensando bem... Sem eles aqui, eu não vou sofrer de novo. - constata acariciando meus braços que envolvem sua cintura com delicadeza - Me sinto ruim e egoísta falando assim.

- Você é só uma garota que sofreu muito na mão desses dois desgraçados. - suspiro me sentando na sua cama e a puxando para o meu colo - Ao invés de pensar em coisas ruins... Porque não fazemos algo?

- Que tal... Não dá eu estou de luto. - resmunga ao se recordar e eu nego rindo - Se bem que não existe estar de luto por pessoas que ultimamente você odeia mais que tudo!

- Touché! - faço um barulho de gatilho com a boca e aponto para ela - Que tal a gente jogar alguns jogos e depois brincar de quiz... Eu gosto!

- Eu também, bora! - pula na cama já puxando a coberta e se enfiando debaixo da mesma, me fazendo rir enquanto pego meu celular e o dela que descansa na escrivaninha.

I am a problem!-SemiOnde histórias criam vida. Descubra agora