XXV - Fuga

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Angelina ficou um bom tempo sentada no chão do quarto pensativa, ouviu algumas batidas na porta:

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Angelina ficou um bom tempo sentada no chão do quarto pensativa, ouviu algumas batidas na porta:

- Armin, eu já disse que estou bem, vai embora!

- Se me chamar de Armin de novo eu derrubo essa porta!

- Levi...- Correu pra abrí-la.

- Bom, eu queria pedir desculpa, espero que um dia possa me perdoar.

- Entendo.

- Mas eu não aceitei o dinheiro do seu pai, eu sabia desde o início que era errado, então recusei, vi que era boa de verdade, antes eu te protegia por obrigação mas agora eu só quero o seu bem mesmo e sei que é capaz de estar na minha equipe, perdão...

- Muito obrigada, Capitão Levi.- Sorriu.

- Tá bom.- Disse virando de costas para ir embora.

- Levi... Por que eu acordei no seu quarto? Por que não me colocou na minha cama?

- Você dormiu sentada, aí eu não ia entrar num quarto cheio de menina dormindo, seria desrespeitoso, então eu te coloquei no meu quarto, mas não se preocupe, não encostei em você, te deixei lá e saí, eu já tô acostumado a dormir pouco.

- O que fez com os biscoitos? Não me diz que pôs no lixo!

- Eu não ia desperdiçar... Aí eu acabei comendo, eles estavam bem... Razoáveis por assim dizer mas da próxima vez faz mais cedo e serve pra todo mundo.

- Tá certo.

- Eu vou esperar a Hange lá fora, vai ficar aí?- Levi segurava a porta.

- Não, eu vou ajudar os outros na cozinha agora.

...

- Eren!- Mikasa o viu na porta.

- Eu tô bem, já passei o dia todo deitado, é minha culpa pela falta de sucesso no experimento, preciso trabalhar.- Eren pegou uma faca e uma cebola.

- Sabe que ninguém tá te culpando né.- Lina falou.

- Ata, sei.

- Mas não é culpa sua!- Mikasa falou.- Não se preocupa com isso.

- Só o que me interessa é lutar contra aquele titã bestial, eu nunca vou perdoar aquele macaco imbecil.- Connie começou a tremer a mão enquanto cortava a batata.

- Connie... deixa aí, eu faço pra você.- Lina falou.

- Obrigado, Lina... Tá na hora de trocar os vigias, você vem Mikasa?- Chamou a Ackerman e os dois saíram.

- Vocês e os outros tem seus objetivos claros, que inveja.- Historia contou enquanto mexia a panela.- Agora que a Ymir se foi, eu não sei mais o que eu quero.

- Você não quer salvar a Ymir?- Eren perguntou.

- Eu quero... Mas na hora eu não acreditei no que ela fez mesmo querendo salvá-la, é que agora eu penso diferente. A Ymir já escolheu o caminho dela e eu não tenho direito nenhum de interferir nisso.

- Mas é bom te ver falando de novo, quando chegamos, você contou a sua história e depois disso parou de sorrir e passou a ficar calada.- Disse Eren.

- É porque dói!- Historia falou.- Desculpem, a Krista boazinha que vocês conheceram já não existe mais.

- Eu acho que assim tá bem melhor, antes eu tinha sensação de que você usava uma máscara e era tão forçado que me deixava nervoso.

- Eu concordo em parte com o Eren, eu sei que dói em você mas eu não entendo nem uma parte do que você teve que viver.- Lina se aproximou colocando as batatas na panela.

- Me desculpa...

- Historia, você tem que parar com essa mania de pedir desculpas por tudo, você não fez nada de errado.

- Espero que não esteja difícil de se acostumar a me chamar de Historia.

- Que nada, agora você vai ter que se acostumar a me chamar de irmã.- Lina sorriu e Historia a abraçou fortemente quase chorando.

- Hange e os outros chegaram! Vamos nos reunir no salão principal!- Sasha avisou.

- O que aconteceu?- Levi perguntou enquanto todos estavam ali reunidos.

- O pastor Nick, faleceu, na verdade, ele foi morto! Foi hoje, nos barracões do Distrito Trost.- Hange explicou.- Eu imaginei que a Igreja fosse cuidar do Nick por ter cooperado com o reconhecimento, por isso escondi a identidade dele e ele nos barracões mas eu jamais imaginei que usariam soldados para matá-lo, eu fui tão inocente, a culpa é toda minha.

- Então quer dizer que a polícia militar torturou o pastor Nick só pra descobrir a informação que ele nos deu?- Armin perguntou.

- Parece que sim, mas como foi a polícia militar do interior, eu acredito que tenha mais coisa por trás e quantas unhas arrancaram do Nick?- Levi perguntou.

- Eu só vi de relance mas parece que arrancaram todas.- Hange tentou se lembrar.

- Todos falam depois da primeira, se não falaram com uma não faz diferença arrancar as outras. O pastor Nick, eu achava que ele era só um idiota mas seguiu o que acreditava até o fim de sua vida. Ou seja, eles não tem ideia de que estamos indo atrás da Família Reiss, é que tem alguém do governo de olho na gente e eles não vão sossegar tão cedo.

- Capitão Levi, uma mensagem para o senhor do Comandante Erwin.- Uma mensageira do reconhecimento entrou entregando uma carta para Levi.- Fui contar do pastor Nick e ele me enviou isso.

- Vamos sair agora mesmo! Não deixem nenhum rastro!- Levi se levantou assustando todos.- Arrumem todas as suas coisas na mochila e vamos sair!

- Estamos prontos, Capitão!- Estavam com seus mochilas e capas.

- Podem saindo... Espera aí, Lina, amarra o cabelo.- Levi pediu.

- Mas eu...

- Prende o cabelo, ele pode ser grande e bonito mas agora temos que estar despercebidos.

- Sim mas eu deixei meu prendedor de cabelo no seu quarto...

- Ah por que não disse logo? Vai lá.- Angelina foi rápido, saiu procurando e achou o que queria mas se deparou com uma caixa cheia de cartas.

- Angelina! Vamos nos atrasar, não sabia que era tão curiosa, isso são só cartas escrita por várias mulheres com pedidos de casamento, nem leio, elas nem me conhecem e nunca falaram comigo, não entendo isso.

- Perdão, Levi, vamos.

- Traz isso aí, vai ser útil pra fazer uma fogueira... Espero que não seja uma dessas garotas.

- Capitão!- Lina falou brava.- Eu não faria esse tipo de coisa...!

- Foi mal... Foi só uma piada ruim.- Levi viu que ela realmente ficara irritada. Saíram em meio a floresta armados.

𝑫𝒐𝒏'𝒕 𝑪𝒂𝒍𝒍 𝒎𝒆 𝑨𝒏𝒈𝒆𝒍 - 𝐀𝐎𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora