Uma chance pra nós dois [ Ladynoir x Marichat x Ladrien x Adrinette ]

Me dá uma chance meu amor

Eu tentando escrever esse Adrien menos louco..... QUE PIADA!

Boa leitura e desculpa os erros

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Só Deus sabe o quanto eu me segurei naquela hora pra não "avançar" na Marinette e tomá-la em mais beijos. Não a deixaria pensar, se arrepender, apenas, se entregar pra mim como eu sabia que ela desejava.

Mas eu me contive, pois entendia que era errado.

Me limitei apenas a continuar sorrindo, cheio de medo, tremendo por dentro, mantendo a minha mão ao lado do rosto dela que me encarava confuso, como se estivesse tentando se convencer de que aquilo era, ou não era, um sonho.

- Chat...!

- My lady, sei que esta confusa, mas... sou eu. Eu sou o seu Adrien. - a minha boca continuava a dizer palavras, a revelar verdades, que o meu cérebro tentava me alertar de que era errado, mas o meu coração ordenava que continuasse.

Respirando forte, com o cenho franzido, ela se sentou na cama, pegando o lençol para se cobrir enquanto que me olhava como se eu fosse uma assombração.

Comecei a entrar em desespero. Um monte de merda veio na minha cabeça junto, parecendo uma avalanche de sentimentos ruins, temores.

Eu comecei a pensar, que ela iria brigar, gritar comigo, que iria dizer que eu não passava de um mentiroso, de um aproveitador, não sei... era tanta coisa, que os meus olhos se desfocaram por de trás da máscara.

Eu só queria que ela entendesse os meus sentimentos, que ela não pensasse tanto, e sentisse mais, sentisse, a mesma emoção que o meu coração sentia por saber que finalmente, eu a amava por completo.

Esse era o problema.

Ela muito provavelmente, não me amava tanto assim. Não como Chat Noir...

- É você então...? - a ouvi sussurrando me pedindo pra confirmar, e eu o fiz, balançando a cabeça. Ela colocou uma das mãos na boca.

-.... e você, sabe que sou eu...? A...

- Sim, my Lady, eu também sei.

- Mas como? Desde quando, como isso?

- Foi sem querer. Eu também não estava esperando que fosse acontecer....

- E... você... Ah Deus... também sabe, que... eu te amo?

- Eu sei sim, my lady...

Ela soltou o ar de uma vez, olhando para os lados, procurando um foco em seus pensamentos, uma saída, uma válvula de escape... até voltar a olhar pra mim, com seus olhos marejados.

- ...você me ama também?

O mesmo aconteceu comigo. Uma fina lágrima escorreu por debaixo da minha máscara, e eu voltei a assentir o que me perguntava.

- Sim, eu te amo muito...

- ...não... você não me ama... você ama a minha outra face. A minha outra forma...  É ela que você ama...

Merda.

O que eu poderia dizer à ela naquela altura?

"É mentira, eu sempre te amei assim" - isso sim, seria uma mentira.

Ela tinha razão em me dizer aquelas coisas, pois era o que acontecia comigo, vestido a face de Chat Noir. Ela não me amava daquele jeito, ela me amava, sendo outro.

Abaixei a minha cabeça, sussurrando melancólico.

-...você esta certa Marinette. Não posso te dizer que sempre te amei dessa maneira, porque eu sempre te amei sim, mas só uma parte sua...

Um silencio se abateu sobre o quarto, entre nós, provocando um enorme abismo que dava para ver, sentir, se afundar naquela escuridão.

Eu não deveria ter ido até lá, não deveria ter entrado naquele quarto, não deveria, ter me revelado daquele jeito.

Tudo estava errado, e eu precisava desfazer o meu erro.

Tomando um pouco de ar, e sustentando o restante da coragem que me faltava, virei o meu rosto a ela para lhe dizer:

- Me perdoe por não ter sido o homem que você sempre mereceu. Me perdoe, por não ter te entregado o amor, que você buscou em mim... mas eu te juro, que vou refazer tudo, e vou te mostrar, que eu sou capaz de te amar por completo... de todas as formas, de todos os modos, que um homem pode amar uma única mulher.

Ditando essas palavras, sem pensar direito, apenas libertando os meus sentimentos mais profundos, me levantei da cama para ir embora.

Não queria ouvir a negação dela, não queria ouvi-la dizer: Não, eu te rejeito, não te quero mais!

Por tanto, já estava prestes a sair rápido pela janela, quando senti sua mão segurando a minha, o que me fez voltar os olhos na sua direção, e vê-la se ajoelhar na cama, para ficar quase na mesma altura do meu rosto.

Sua outra mão me tocou no rosto, sobre a minha máscara, o meu maxilar.

Ela me olhou em silêncio, me admirando, me fazendo tremer de calafrios.

A minha boca, implorava em silencio por um beijo dela, mais um único beijo.

Ela tocou suavemente os meus lábios, olhando para eles como se desejasse fazer o mesmo e eu não pude resistir em segurar sua cintura, a trazendo mais para mim.

-.... você também sabe que não te amo nesses trajes, nesse formato... porque eu sempre te amei de outra forma...

- Eu sei sim my lady.... eu sei disso.... - o meu olhar não desgrudava da sua boca entreaberta, perfumada. Maravilhosa- ... mas eu não me importo.

Ela sorriu, acariciando os meus cabelos loiros.

- Eu também não, não mais...

E aproximou o rosto do meu, selando comigo mais uma vez, um beijo apaixonado.

A minha mente ficou em branco, todo o meu discernimento morreu naquele beijo, e apesar de saber que haviam outras coisas que poderiam nos afastar, naquele momento, era somente eu e ela... contra o mundo inteiro.