Quando tudo se alinha
História de uma linha
De dois apaixonados pontos
Uma ligação se fez
Nascendo uma pequena linha
Conectando o que jamais se desfez.
Pequenina e sagaz
Logo começou a se formar
Fazendo rebolados e geometrias
Evoluindo pouco a pouco
e encontrando seu lugar.
Ela logo fez o mundo
Fez um ser e a poesia
Fez a casa fez o horizonte
Fez o passar de cada dia
Tentou fazer o ponto
Mas este se aumentou
E logo sobre os seus limites
A linha se perguntou.
Se podia ser histórias
Se podia ser inspirações
Se podia ser ideias e suas concretizações
Só não podia ser o ponto,
O que seria ela então?
Sabia tantas coisas
mas não sabia tomar essa decisão
O que realmente queria ser?
Era boa em mil coisas
Em ser montanha e em ser uma pena
Talvez devesse escolher
Apenas ser pequena.
Apenas sentia
Que outrora
Nem mesmo existia.
E no meio da crise
uma lagrima criou
E foi depois da tempestade
que seu mundo se iluminou.
Ela não era somente um traço.
Ela ora, ela chora
Ela teme
Não havia outrora
Ela sente
Agora.
Então a si mesma dizia
Quero ser eu, quero ser tudo
E repetia
Quero ser uma linha.
Então ela fez a grama e fez a copa
E fez o sol que não se vê
Foi do pequeno ao infinito
Pois se encontrou no seu porquê.
Mesmo ao fazer o grande
Ela não deixa de ser pequeni(l)inha
E o que tem a ver a linha e o mundo?
Simples
Até mesmo o grandioso céu se contenta em ser somente um.
