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O garoto de fios castanhos batucava o lápis em sua própria cabeça, olhando para o lado de fora através da janela da sala de aula. As explicações da matéria de álgebra saíam em russo para o Kim, que disistiu de tentar entender a matéria há 15 minutos atrás.

Pittsburgh, uma media cidade da Pensilvânia, clima frio todos os anos, quase todos se conhecem em cada vizinhança, se alguém fizesse 'merda todos já estariam sabendo. Kim Seungmin, um adolescente qualquer de 17 anos, tem uma irmã mais nova e pais extremamentes protetores mas que se amam.

Bem, uma vida perfeita? Talvez, Seungmin era calado, mais na sua, observador, frio e calculista? Com certeza! Mas focando; Seungmin também tinha amigos, só por ele ser mais na dele não significa que também outras pessoas não tentariam puxar assunto com o garoto.

E foi assim, Lee Felix e Han Jisung, melhores amigos de Seungmin, Lee era da Austrália, mas o mesmo dizia que veio para Pittsburgh após os pais serem transferidos do trabalho. O loirinho de sardas e pele parda era gentil, até demais, extremamente irónico e brincalhão, a cabeleira loira dele era a única que brilhava naquela escola, era facilmente reconhecido no meio de outros estudantes.

Han Jisung, nasceu e cresceu na cidade pequena da Pensilvânia, era bastante reconhecido pelos outros por ali, principalmente em seu bairro. O Han quem trazia as fofocas para os amigos, sabia de cada coisa, tipo quando o tal do Johnny Suh foi pego amarrotando - comendo; para ser mais específico, específico demais na verdade - o anão do Ten Lee, filho da diretora da escola.

Ou até mesmo quando Choi San foi visto dando uma mamada no próprio namorado Wooyoung no meio do parque da cidade. Seungmin veio de fora assim como o australiano, o de castanhos veio de Seul, Coreia do Sul, ainda não era tão conhecido pelos vizinhos ou pela população.

Mas no caminho de sua casa, o garoto sempre andava pelas ruas frias e tenebrosas daquela cidade, as vezes tinha uma movimentação ou outra pelas ruas, mas nada fora do normal. Sua atenção era na casa 250, a casa de cor verde claro, com um jardim esgotado e cheio de trambolhos pela grama ressecada.

Parava sempre no caminho em frente a casa apenas para observar a mesma, o Han dizia que fazia mais de 10 anos que a mesma foi abandonada, pela familia Shinn, Jisung dizia que haviam lhe contado que eles saíram, deixando tudo para trás, sem mais e nem menos. Mas com as mãos nas alsas da mochila preta e a sobrancelha sempre arqueada, o Kim sabia que ainda havia existência de alguma outra família ali dentro; mas isso os cidadãos não haviam reparado para criarem uma grande e 'puta fofoca pelos lugares.

O garoto despertou assustado em um pulo ao ouvir o sinal de finalização das aulas tocar e ver os estudantes felizes saindo pela porta animados e até derrubando as cadeiras pelo simples fato de ser sexta feira, dia da semana na qual todos os adolescentes se reuniam e iam para bares, baladas e lanchonetes se embebedar ou apenas se divertirem.

- Vai logo, caralho! - Felix dizia animado, enquanto tentava ajudar o amigo a por os matérias na bolsa e Jisung ria da situação.

- Calma, pirralho! - Seungmin murmurou e fechou a mochila, pondo as mesmas nas costas - Lanchonete do Hwang?

- Ainda pergunta? - Jisung sorriu irónico -Simbora, meus gostosos! Sexta feira 'tá de pé!

O trio riu e seguiram em direção a lanchonete do Hwang, amigo deles também, mas não estudava na escola dos pirralhos, trabalhava em uma lanchonete não tão reconhecida mas até que bem frequentada na sexta-feira, Hwang trabalhava para tentar por dinheiro dentro de casa, sua mãe tinha câncer, eles não tinham dinheiro suficiente para tratamento e muito menos remédios e isso preocupava o mais novo.

Tinha uma irmã de 5 anos, ela era sua luz, sempre ao seu lado e lhe alegrando, se lembrará de quando estava tendo uma crise e a mesma apareceu na porta de seu quarto, correndo até si e o abraçando, perguntando baixinho para o irmão mais velho o quê havia acontecido para estar saindo água dos olhinhos do mesmo, aquilo havia feito o mesmo rir, sua irmã era completamente inocente e doce demais para estar vivendo em um mundo nojento e cheio de hipócritas.

𝖺 𝖼𝖺𝗌𝖺 𝟤𝟧𝟢 ( 𝗰𝗵𝗮𝗻𝗺𝗶𝗻 ! )Onde histórias criam vida. Descubra agora