𝖺 𝖼𝖺𝗌𝖺 𝟤𝟧𝟢 ( 𝗰𝗵𝗮𝗻𝗺𝗶𝗻 ! )

005

— Claro, Vivi! Certa resposta!

E mais uma vez Seungmin estava lá, viajando nas suas ondas e ondas, e milhares de ondas de pensamentos. Para ser bem sincero, já nem mais o próprio professor se surpreendia caso o outro não lhe respondesse, mesmo isso acontecendo; diversas vezes, Sr. Chang não levava o mesmo para diretoria, sabendo o que o garoto passava em casa.

Por quê o mais velho não lhe ajudava? Bem... Seungmin não sabia o porquê, mas ao menos ligava, sabia se virar; era o que ele achava claro. Piscando os olhos ao ver o primeiro pingo de chuva cair na janela e assim mais pingos virem, Seungmin suspirou em total frustração. Estava cansado mentalmente, com a confusão de pensamentos sobre o garoto de fios escuros e que parecia sempre ter cheiro de cigarro tragado nas vestes.

Olhando agora para o caderno vendo que havia copiado metade das matérias, se levantou ao escutar o sinal tocar e logo tratou de guardar suas coisas rapidamente dentro da bolsa, pegando a mesma e vendo Felix e Jisung se aproximarem, iria sair juntos dos amigos se não fosse chamado pelo Chang, olhou para os amigos e insinuou para os mesmos irem na frente.

Se virou para o homem mais velho e se aproximou de sua mesa, tentando ao menos não ter contato com o professor, que lhe olhava seriamente. Chang suspirou e se ajeitou sobre a cadeira giratória, enquanto Seungmin o julgava por estar fazendo tanto suspense.

— Irei te levar para a deteção, Seungmin.

— O quê?! — arregalou os olhos e olhou para o homem, que se levantou da cadeira e ficou de frente para o mesmo.

— Não se preocupe, não irei informar aos seus pais e muito menos a diretora, mas você está parando de copiar as matérias Kim! Como irá estudar para as provas?! — Seungmin mordiscou os lábios e concordou em excitação.

— Está bem, Sr. Chang.

Seungmin nunca havia ido para a detenção, uma as primeiras vez indo e estava com medo de todo jeito, o professor contar aos seus pais e a diretora de sua ida para a detenção. Andando até a sala, o percurso foi todo em total silêncio, o Kim adentrou ao cômodo e sua atenção foi direta para si.

Olhando para o professor que tinha uma feição tão calma, empurrou de leve o menino, para que andasse logo para sua carteira na qual sentaria. Mordendo o canto da bochecha, Seungmin passou pelas pessoas ali e se sentou no fundo, olhando o garoto ao lado e a que estava em sua esquerda.

Era um silêncio, silêncio extremamente constrangedor para o menor, a única coisa que se ouvia era sons de chicletes sendo mascados, um lápis sendo pressionado contra alguma folha de papel e o som do volume alto que saía dos fones de ouvido da menina sentada na frente. Seungmin se assustou ao sentir a folhinha de papel bater contra sua cabeça e resmungou, olhando para o canto da sala e vendo a tal pessoa que havia jogado a folha.

— Você não é o Kim Seungmin?

— Sim, por quê? — perguntou sem interesse algum e todos se viraram para o mais novo, que se encolheu um pouco.

— Seungmin?! — uma das outras meninas perguntou.

— Filho dos Kim's? — mais outro perguntou e o garoto respondeu que sim.

— Quê porra você faz aqui, guri? — Yugyeom, aluno do terceiro ano do ensino médio; na qual conhecia muito bem, perguntou.

— Não ando copiando as tarefas e muito menos participando das aulas. — riu soprado da pequena besteira que havia falado, parando para pensar, era ridículo estar ali só por conta daquilo.

— E eu parando aqui porque quebrei o vidro do carro da professora. — o menino que havia jogado a bolinha riu sarcástico e todos fizeram o mesmo.

— Ei, seu amiguinho lá... — a menina que estava do seu lado chamou a atenção do Kim — Jisung! Ele aceita ter um lance comigo?