capítulo 5

30 2 1
                                    

– Isso não era necessário, Koenma. – Kurama disse em voz firme, tentando conter sua irritação. – Já pensou que eu poderia estar ganhando a confiança dela e pegando informações? – Ele não estava fazendo isso, mas pensou ser um argumento válido.

– Nós temos homens especializados nisso Kurama, se eu quisesse já teria arrancado qualquer informação dela.

O governante fez questão de acompanhar Kurama até a saída do Reikai.

– O que você pretende fazer com ela?

– Ela vai ter um julgamento justo e ser punida a altura, como todos os outros criminosos aqui.

Eles finalmente chegaram a saída e a raposa já estava do lado de fora, ele se virou para Koenma.

– Sabe que não vai resolver a situação assim, não é? Ela não estava sozinha.

– É claro que sei. –  Ele suspirou. – É por isso que vou mandar vocês lá de novo, mas não agora. Adeus Kurama, aguarde minhas ordens.

Ele fechou a porta, deixando a raposa com raiva. As vezes ele entendia Hiei e como ele odiava ter que receber ordens de Koenma.

Mas não adianta reclamar agora, voltaria para o Ningenkai e só lhe restava fazer o que a criança lhe mandou.
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
A noite caiu, mas no Reikai não fazia diferença. O céu era sempre claro em tons pastéis de rosa e azul.

Yumi olhava pela pequena janela de sua cela as cores, pensando o quanto era diferente do Makai. Tudo tão colorido e puro...

– " Eu não pertenço a esse lugar." – Ela pensou seguido de um suspiro.

E por isso mesmo que ela ia sair dali. Levantou a pequena chave dourada presa a trocentas outras na altura dos olhos e a observou, esperaria o guarda passar pela última ronda para escapar.

Um tempo depois de Kurama sair vieram lhe trazer comida e foi aí que ela aproveitou quando o homem se aproximou da cela para jogar charme e traze-lo para ainda mais perto.

Enquanto o guarda se distraia com seu corpo, ela passou cuidadosamente a mão pelas barras e pegou o molho de chaves no bolso do casaco.

Ele nem percebeu e ainda saiu acenando, a lembrança trouxe um sorriso convencido nos lábios da alva.

Um barulho chegou aos seus ouvidos e ela escondeu novamente as chaves.

Como esperado, um guarda passou observando calmamente cada uma das celas. Caminhou até o fim do corredor e depois fez seu caminho de volta, fechando a grande porta branca.

O silêncio se instalou novamente, ate os outros presos estavam quietos.

Então Yumi colocou seu plano em prática, com a chave abriu sua cela e silenciosamente a fechou.

Foi até a cela em frente a sua e bateu levemente nas grades.

– Eii, psiu.

Chamou em um sussurro, um monstro que deitado onde estava não parecia tão grande mas levantou e demonstrou o contrário, ele foi até ela.

– Quer sair daqui, amigo? – A alva lhe deu um sorriso doce.

A criatura a observou de cima a baixo antes de voltar seu olhar dourado para o escarlate da alva e dar um sorriso macabro.

Ela lhe entregou o molho de chaves e o instruiu para esperar 5 minutos depois que ela saísse, provavelmente seria o tempo dele procurar a chave certa também, depois poderia fazer o que quisesse.

Jogo de azar.Onde histórias criam vida. Descubra agora