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                                 Nate

Estou no apartamento com Reva, eu nem estava com sede quando pedi água, só queria mesmo ficar mais um pouco com ela, está cada vez mais difícil ignorar oque sinto quando estamos juntos, hoje foi um dia incrível apesar de só termos andado de moto eu nunca me senti tão conectado com à ela, não sei explicar mas sou alguém totalmente diferente junto dela, alguém que eu gosto de ser. Reva está no banheiro enquanto espero nossa comida chegar, eu ia embora mas ela pediu pra ficar e jantar, claro que não ia dizer não, ontem me arrependi de não ter aceitado seu convite para entrar.

Quando ela volta do banheiro está usando um sortinho preto de moletom e uma blusa larga branca com os cabelos enrolados em uma toalha, é uma visão e tanto, ela é completamente maravilhosa de todas as formas, pelo jeito que me olha devo esta com cara de bobo.

"Quer assistir alguma coisa enquanto a comida não chega?" - Ela se senta no sofá ao meu lado pega o controle da tv e começa a procurar. - "Você gosta de filmes de terror?"

"Prefiro um de comédia." - Eu odeio filmes de terror principalmente aqueles com susto, muito sangue e tudo mais.

"Ahh Nate você tem medo de filme de terror." - Ela zomba de mim e começa a rir.

"Eu não tenho medo de filme de terror, só estava pensando em você, que vai ficar sozinha depois." - Tento me safar.

"Haram sei, então pelo meu próprio bem, e não porque você tem medo de filme de terror vamos assistir um filme de comédia." - Ela rir.

"Ótimo, eu me preocupo com você." - Quando digo isso ela para de sorrir, será que falei algo errado? Mas logo sorrir de volta e coloca o filme.

Eu não sei se o filme é engraçado, pois não estou prestando atenção, só consigo ver ela, rindo feito uma criança, observo como se joga pra frente enquanto rir descontroladamente, sua risada é a coisa mais linda que já ouvi na vida, vejo como seu peito sobe e desce a cada gargalhada, e de vez enquando ela me olha com lágrimas no canto dos olhos de tanto rir, ela fica vermelha e suas bochecas enchadas. Eu não sei quando isso aconteceu, eu não sei quando comecei a sentir algo por ela, só sei que a presença dela se tornou algo que eu preciso e mesmo que eu não queira admitir, mesmo que eu tente sufocar e esconder esse sentimento, qualquer pessoa que nos veja juntos consegue enchergar que estou terrivelmente apaixonada por Ela.

"Você gosta de filme de comédia mas deve ta achando esse uma bosta né?" - Ela me olha ainda rindo.

"Não, esse filme é legal." - Olho para tv e tento parecer o mais convincente.

"Você não está nem prestando atenção Nate." - Ela diz. - "Ta tudo bem?" - Pausa o filme e se vira me olhando nos olhos.

"Ta sim, tudo ótimo." - Digo dando de ombros. - "Na verdade queria falar um coisa pra você." - Engulo em seco.

"Ta, pode falar." - Ela parece tão apreensiva quanto eu, acho melhor falar tirar isso da garganta, ai ela me da um fora logo e posso desencanar.

"Reva eu acho..." - Então a droga da campainha toca.

"A comida chegou, perai já volto." - Ela levanta do sofá e vai atender a porta logo volta com nossa barca de sushi e o yakisoba coloca em cima da mesinha de centro, se senta no sofá novamente. - "Então, pode continuar oque você queria me falar."

"Só era que... Realmente esse filme é uma bosta." - Perco a coragem, não quero estragar nossa amizade, não quero deixar as coisas estranhas entre nós, tenho medo da sua resposta, tenho medo dela nunca mais querer me ver, melhor deixar as coisas como estão.

Por um AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora