14.

110 46 123
                                    

                                Nate

As segundas-feiras sempre são terríveis, ainda mas quando você tem que acordar cedo, são exatamente sete e quinze da manhã quando levanto da cama, tomo um banho e me arrumo, desço para cozinha e minha mãe já está pronta pra ir trabalhar.

"Bom dia querido." - Diz ela quando me ver.

"Bom dia mãe." - Lhe dou um beijo na testa.

"Você vai buscar Reva?" - Pergunta enquanto bebe seu café.

"Sim, falei com o Tucker ontem e o trabalho é dela." - Vou até o armário e tiro a caixa de cereal e coloco em uma tigela, depois coloco um pouco de leite.

"Ótimo, já estou atrasada, você se vira com o seu almoço? Prometo fazer algo bom para o jantar." - Ela me da um beijo na bocheca coloca a xícara na pia, pega sua bolsa e sai.

Como meu cereal e coloco as louças na lavadora, mando mensagem pra Reva dizendo que já estou indo lhe buscar, e mais um vez a resposta dela é um "Ok"
pelo jeito continua chateada, espero que não role nenhum climão no carro, mas com Reva é impossível saber, ela parece uma bomba relógio, além de ser totalmente imprevisível. Pego o carro e vou a caminho da casa dela, ela já está me esperando do lado de fora do prédio, entra e senta no banco do carona sem dizer nada.

"Bom dia." - Digo a ela.

"Bom dia." - Responde sem olhar pra mim.

"Você tá com raiva de mim? Eu fiz alguma coisa? É porque não mandei mensagem depois do jantar na casa do Trayton?" - Falo tudo rápido demais, eu pareço terrivelmente desesperado.

"Como se eu ficasse olhando o celular o dia todo esperando sua mensagem, se toca." - Ela fala seca.

"Não foi oque eu quis dizer, achei que estava tudo bem com a gente depois da praia." - Digo tentando manter a calma.

"Será que você pode ligar o carro? Não quero chegar atrasada." - Ela olha o celular. E então eu ligo o carro e saio na pista.

"Reva aconteceu alguma coisa?." - Respiro fundo.

"Que droga Nate, não aconteceu nada, porque você acha que todo mundo tem sempre que te dar satisfação?" - Ela fica irritada.

"Porque você tem que ser tão explosiva?" - Paro quando o sinal fica vermelho para os pedestres passarem.

"E porque você tem que ser tão intrometido?" - Ela me olha nós olhos.

"Porque a gente nunca se acerta?" - Digo sério.

"Porque você é um mala." - Ela diz e vejo um sorrisinho no canto de sua boca.

"Você é a pessoa mais indecifrável que eu já conheci." - Acelero o carro quando o sinal fica verde.

"Não aconteceu nada beleza? Não estou com raiva de você, eu só sou assim mesmo." - Ela me olha e da ombros.

"Assim como? Chata?" - Agora quem está rindo sou eu.

"É pode ser, mas com certeza eu sou mais legal que você, Nate Allen." - Ela arqueia a sombrancelha.

"E porque você acha isso? Só porque usa uma jaqueta de couro?" - Provoco ela.

"Cala boca." - Ela rir e me da um soco no ombro, finjo dor e ela rir ainda mais.

Por um AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora